APEPI Pesquisa Archives - APEPI https://apepi.org/category/apepi-pesquisa/ Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal Mon, 23 Jun 2025 17:32:04 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 https://apepi.org/wp-content/uploads/2023/09/cropped-favicon-256px-32x32.png APEPI Pesquisa Archives - APEPI https://apepi.org/category/apepi-pesquisa/ 32 32 Folha de Maconha: Tudo sobre o elemento mais famoso da planta https://apepi.org/folha-de-maconha/ https://apepi.org/folha-de-maconha/#respond Thu, 19 Jun 2025 17:27:51 +0000 https://apepi.org/?p=33682 Quando pensamos na Cannabis, talvez a imagem mais marcante que vem à mente é a folha da maconha. Por sua estrutura muito caraterística, de folha palmatil, ela se tornou um ícone pop e símbolo de resistência ao proibicionismo. Embora as flores da Cannabis concentrem a maior parte dos canabinoides, eles também estão presentes na folha […]

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Quando pensamos na Cannabis, talvez a imagem mais marcante que vem à mente é a folha da maconha. Por sua estrutura muito caraterística, de folha palmatil, ela se tornou um ícone pop e símbolo de resistência ao proibicionismo. Embora as flores da Cannabis concentrem a maior parte dos canabinoides, eles também estão presentes na folha de maconha. A folha possui não só estes componentes, como também outras propriedades que podem ser importantes para a saúde.

Venha conhecer sobre as folhas dessa planta que ajuda a salvar vidas: 

Como é a folha de maconha? 

A folha da Cannabis é um órgão vegetal com um formato palmatil. Portanto, ele apresenta o marcante formato de folha aberta, geralmente com cinco a nove folíolos serrilhados a depender da variedade. A imagem da folha é facilmente reconhecida pelo seu uso na cultura popular e como símbolo de resistência política ao proibicionismo.

Como nas outras espécies vegetais, as folhas da maconha são vitais para os ciclos da planta, por ser o órgão especializado na captação de luz, trocas gasosas com a atmosfera, para realização da fotossíntese, respiração e transpiração.

Há dois tipos de folhas, as que possuem tricomas e as sem tricomas. Tricomas são estruturas epidérmicas encontradas em plantas, que ajudam na proteção contra perda de água, herbívoros, radiação solar, além de atrair polinizadores. Por parecerem pequenos grãos brancos quando expostos ao sol, as folhas com tricomas são conhecidas como folhas de açúcar. As folhas de maconha com tricomas costumam ter melhor perfil de canabinoides, enquanto nas outras este valor é quase nulo. 

A folha de maconha tem canabinoides? 

A folha da Cannabis possui pequenas quantidades de canabinoides. Embora os fitocanabinoides estejam presentes em maior concentração nas flores, a folha também reúne canabinoides, principalmente na forma ácida e em plantas mais jovens. Por isso não é comum utilizar a folha da maconha para fumar ou outros modos de uso adulto e responsável da planta.

Os canabinoides ácidos são o ácido canabigerólico (CBGA) e o ácido tetrahidrocanabinólico (THCA). Ao longo da maturação das plantas, eles são convertidos gradativamente em outros canabinoides. O CBGA forma principalmente o canabigerol (CBG), mas também é convertido em canabidiol (CBD). Enquanto o THCA ajuda a formar o tetrahidrocanabinol (THC) e o tetrahidrocanabivarina (THCV). Outro canabinoide encontrado em maior quantidade nas folhas é o canabinol (CBN)

Uso medicinal da folha de Cannabis

Embora possua baixa concentração de canabinoides, a folha da maconha possui outras substâncias que podem ajudar a saúde. Uma delas são os terpenos canábicos, substâncias que conferem o aroma e o sabor característico da maconha. Além disso, os terpenos possuem efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e de indução ao relaxamento e ao sono

Há relatos do uso do chá das folhas da maconha para fins terapêuticos, em especial para o controle da dor ou para melhorar a qualidade do sono. Contudo, não há relatos robustos que embasem o uso terapêutico. Dessa forma, o tratamento mais recomendado é com o uso do óleo de Cannabis. 

É comum o uso da folha de Cannabis para produzir alimentos, como a manteiga canábica ou na ornamentação de pratos e bebidas. Seja para enriquecer os preparos com os benefícios da planta, seja para fins estéticos. 

Por fazer parte importante do processo de nutrição das plantas, as folhas da maconha apresentam boas concentrações de minerais como nitrogénio, fósforo, potássio, cálcio e enxofre. Assim, podem servir para a alimentação animal ou para a produção de fertilizantes naturais. 

Os benefícios da Cannabis para a saúde são um resultado da interação da planta com o sistema endocanabinoide. Esta interação torna-se mais intensa através da sinergia com todos os componentes da planta. Para saber mais, conheça tudo sobre o óleo de Cannabis full spectrum. 

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Terpenos Canábicos: O aroma especial que pode ajudar a saúde  https://apepi.org/terpenos-canabicos/ https://apepi.org/terpenos-canabicos/#respond Tue, 17 Jun 2025 20:18:17 +0000 https://apepi.org/?p=33667 A Cannabis é uma planta com diversas propriedades terapêuticas. Os benefícios mais conhecidos são os dos canabinoides, presentes em maior concentração na flor da maconha. Mas além de substâncias como o canabidiol (CBD), o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabigerol (CBG), outros componentes da planta merecem destaque quando o assunto é a nossa saúde. Esse é […]

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A Cannabis é uma planta com diversas propriedades terapêuticas. Os benefícios mais conhecidos são os dos canabinoides, presentes em maior concentração na flor da maconha. Mas além de substâncias como o canabidiol (CBD), o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabigerol (CBG), outros componentes da planta merecem destaque quando o assunto é a nossa saúde. Esse é o caso dos terpenos canábicos, um conjunto de substâncias que conferem aroma e sabor a plantas, mas que também enriquecem o seu valor medicinal. Venha conhecer mais sobre os terpenos.

O que são terpenos canábicos?

Terpenos são hidrocarbonetos que conferem aroma e sabor a plantas, assim como a Cannabis. Estas substâncias fazem parte dos ciclos da vida dessas espécies. Assim, eles ajudam na defesa química contra predadores e patógenos, atração de polinizadores e dispersores, comunicação ecológica entre plantas, além da proteção contra estresse ambiental. Pela estrutura química, os terpenos se dividem em monoterpenos (10 carbonos) e sesquiterpenos (15 carbonos).  

Entre as diversas variedades e quimiotipos, a maconha possui mais de 150 tipos de terpenos diferentes. Os terpenos estão presentes não só na flor da Cannabis, como também em raízes, sementes e na folha da maconha. Portanto, os terpenos canábicos são parte fundamental para o desenvolvimento e aclimatação da planta. 

Aplicações terapêuticas dos terpenos da Cannabis

Alguns dos terpenos canábicos se destacam por suas propriedades medicinais. Uma delas é o efeito relaxante e de indução do sono. Os terpenos da Cannabis com efeito anti-insônia são o fitol, borneol, nerolidol e linalol. Já o mirceno, um dos terpenos canábicos mais presentes, é conhecido por seu efeito relaxante, tanto da musculatura quanto do sistema nervoso central. 

Outra aplicação terapêutica dos terpenos da maconha está em seu potencial analgésico. Os óleos à base de Cannabis costumam ser utilizados para o controle e tratamento das dores crônicas devido à ação dos canabinoides. Contudo, estudos sugerem que parte da ação inibitória de dores e inflamações são provocadas pelos terpenos.  

Nesse sentido, destacam-se o limoneno e o linalol. Estes terpenos estão presentes não só na Cannabis, como também em diversas plantas cítricas. Já o beta-cariofileno, é um terpeno com propriedades de anestesia local. O beta-cariofileno está presente também em outras plantas conhecidas como analgésicas, como o cravo-da-índia e a copaíba. 

Em outro estudo, ainda em fase de avaliação, o beta-cariofileno, assim como outros terpenos (geraniol, linalool, beta-pinene e alfa-humuleno), demonstrou boa capacidade de redução de dores neuropáticas. Esta pesquisa avaliou uma solução farmacológica de terpenos injetáveis. 

Outra possibilidade para o uso terapêutico dos terpenos canábicos está no controle da ansiedade. Um estudo preliminar avaliou o uso de óleo essencial de cânhamo (com baixo THC) rico em terpenos para a aromoteria. Como resultado, o tratamento possui evidências de efeitos positivos de relaxamento e como ansiolítico, por meio da regulação das ondas cerebrais, resposta do sistema nervoso autônomo e alteração de indicadores de humor. 

Terpenos canábicos e efeito entourage

Conforme vimos, os terpenos possuem diversas propriedades medicinais. No entanto, a medicina endocanabinoide investiga também o uso da planta de modo holístico. Nesse sentido, diversos estudos sugerem que a combinação entre os diversos canabinoides, assim como os terpenos e demais substâncias da planta gera uma interação positiva. Esta combinação é conhecida como efeito sinérgico, efeito entourage ou efeito comitativo

A melhor maneira de obter os benefícios em sinergia com o uso da Cannabis para fins medicinais é por meio do óleo full spectrum. Um óleo full spectrum preserva todos os componentes naturais da planta, como os mais diversos canabinoides, além dos terpenos e flavonoides. A interação entre os componentes da planta e o sistema endocanabinoide ajuda a regular diversas reações metabólicas. 

Agora que você conhece os benefícios e possibilidades dos terpenos canábicos para a saúde, aproveite para conhecer outros canabinoides menos famosos. É o caso do tetrahidrocanabivarina (THCV), do canabicromeno (CBC) e do canabinol (CBN) e da canabivarina (CBV).

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Cânhamo: Conheça a variante da maconha e suas possibilidades  https://apepi.org/canhamo/ https://apepi.org/canhamo/#respond Tue, 27 May 2025 14:54:40 +0000 https://apepi.org/?p=33371 A Cannabis é uma planta com inúmeras propriedades. Os benefícios do uso medicinal da maconha vêm sendo cada vez mais comprovados pela medicina. As interações entre o sistema endocanabinoide e os fitocanabinoides, como o canabidiol (CBD), tetrahidrocanabinol (THC) e o canabigerol (CBG), ajuda a regular diversas ações naturais do metabolismo. No entanto, além de ser […]

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A Cannabis é uma planta com inúmeras propriedades. Os benefícios do uso medicinal da maconha vêm sendo cada vez mais comprovados pela medicina. As interações entre o sistema endocanabinoide e os fitocanabinoides, como o canabidiol (CBD), tetrahidrocanabinol (THC) e o canabigerol (CBG), ajuda a regular diversas ações naturais do metabolismo. No entanto, além de ser uma aliada da saúde, a Cannabis ainda possui diversas aplicações. É o caso do cânhamo, uma variedade que pode servir para a produção de remédios, mas que também tem usos que vão da indústria têxtil à construção civil.  

Neste texto, vamos apresentar os principais aspectos e usos para o cânhamo. Este pode ser uma importante solução para a indústria, mais barata e com mais sustentável do que outros insumos. Venha conferir:  

O que é cânhamo?  

O cânhamo é uma variedade da Cannabis. Em geral, o cânhamo possui baixa concentração de THC (cerca de 0,3%). Também chamado de cânhamo industrial, pode ser usado para produzir roupas, calçados, tijolos ecológicos e até biocombustíveis. O cânhamo também apresenta propriedades medicinais. A flor do cânhamo serve para produzir óleo de CBD. Há também relatos de benefícios no chá de folhas de cânhamo, no entanto sem estudos que sugiram a sua eficácia.   

As sementes do cânhamo também possuem importantes valores nutricionais. O óleo da semente do cânhamo pode ainda servir para a produção de biodiesel e cosméticos. Além da versatilidade de uso, o cânhamo é uma planta com forte interesse industrial também por aspectos ambientais. Em suma, a Cannabis é uma planta com forte potencial para recuperar o meio-ambiente. Pode ser, sobretudo, uma alternativa de insumo mais sustentável.  

Cânhamo industrial na área têxtil e construção civil 

As fibras obtidas através das folhas e do caule do cânhamo possuem grande versatilidade. Na indústria têxtil, ela oferece uma alternativa a matérias-primas como o algodão e o jeans, que consomem altas quantidades de água na produção. Assim, os fios e fibras podem dar origem a tecidos de roupas que vão de camisas a peças íntimas. Não só estas, como também a outras peças como cordas e calçados.  

A corda de cânhamo é conhecida por combinar resistência com um produto de origem natural. Seu uso é antigo, remonta ao tempo das grandes navegações, onde já era utilizada para produzir cordas e velas dos navios. O cânhamo também pode ser usado para produzir papeis e plásticos biodegradáveis.  

Já na construção civil, o cânhamo pode dar origem a materiais como blocos de tijolos e concreto (hempcrete). Os blocos de cânhamo possuem aplicação na alvenaria e revestimento, para regulação térmica e controle sonoro do ambiente. Outro aspecto é que o hempcrete é altamente resistente ao fogo e ao ataque de pragas, além de utilizar outros insumos naturais, como água e cal.  

Analogamente, o óleo de semente de cânhamo serve como um verniz para madeira. Ele atua na proteção do material contra mofo, pragas e desgaste natural, além de permitir a impermeabilização da madeira sem restringir a passagem do ar.  

Uso médico e nutricional do cânhamo  

Conforme vimos, o cânhamo pode ser usado para a produção de óleos medicinais de maconha, em especial o CBD. Embora haja relatos do uso do chá da folha do cânhamo, não há estudos robustos que possam sustentar seus benefícios terapêuticos, ao contrário do óleo de Cannabis.  

Outro uso do cânhamo para a saúde se dá por seu potencial nutricional. A semente do cânhamo é rica em proteínas, fibras alimentares e ácidos graxos insaturados, como ômega 3 e ômega 6. Além disso, possui baixa concentração de gordura saturada. Portanto, as sementes trituradas podem dar origem a um suplemento de proteína em pó, semelhante ao whey protein. Já o óleo da semente serve como óleo alimentar, semelhante ao azeite de oliva, ou suplemento dietético.  

O perfil lipídico do óleo permite também a sua aplicação para a produzir cosméticos, como óleos de hidratação corporal. Similarmente, também pode ser utilizado como base para a produção de sabonetes, xampus e detergentes.

Cannabis é o novo petróleo?  

Outra demonstração da versatilidade do cânhamo está no seu uso como biocombustível. O principal deles é o biodiesel, que pode tanto substituir o diesel derivado do petróleo quanto reduzir o seu uso direto. Estudos sugerem que o biodiesel de cânhamo pode ser utilizado sem perda significativa de eficiência dos motores. Além disso, o potencial de emissão de gases poluentes pode ser bem menor em comparação ao diesel.

Uma outra possibilidade é o uso da planta para gerar biomassa e biogás. Como combustível sólido, a biomassa de cânhamo pode apresentar rendimento energético 120% maior do que o da palha de trigo e semelhante ao do capim-canário, espécies utilizadas comumente para este fim. Assim, pode ser uma alternativa de cultura energética em regiões de clima frio do norte da Europa.  

Já o biogás do cânhamo obtém-se através da decomposição da planta, feita inclusive após o seu uso para diversas outras formas de uso industrial. O rendimento deste biogás pode inclusive ser maior do que o de espécies comuns para este fim, como o biogás de canola.  

Um aliado do meio ambiente

De modo geral, o cânhamo oferece uma possibilidade de insumos sustentável e com menos impactos ambientais do que formas mais tradicionais. A produção à base da planta pode até atingir emissão zero de carbono. Isto se deve às diversas vantagens que o cultivo da Cannabis oferece para o meio-ambiente.  

Estudos sugerem que a Cannabis é uma das culturas com maior potencial para sequestro de carbono da atmosfera. Ela possui até duas vezes mais capacidade de retirar dióxido de carbono (CO2) da atmosfera do que outros vegetais de mesmo porte.  

Além de melhorar a qualidade do ar e ajudar o controle da temperatura, a maconha ajuda a recuperar o solo. Isto porque a planta possui sistema radicular profundo, o que fortalece o terreno e permite o manejo de outras culturas. A Cannabis não necessita de pesticidas para crescer e florescer, o que favorece o manejo orgânico de outras espécies. 

É legal plantar cânhamo no Brasil?  

No final de 2024, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou o cultivo de cânhamo no Brasil. Atualmente falta ser regulamentado pela União, que deve finalizar o processo até setembro de 2025. A regulamentação seguirá regras definida por regras da Anvisa e os Ministérios da Saúde e Agricultura e Pecuária. 

Enquanto no Brasil o tema ainda caminha lentamente, em diversos países, como França, Austrália e Estados Unidos, o cultivo e a comercialização de produtos industriais à base da planta é uma importante ferramenta econômica e socioambiental. 

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APEPI será parceira em estudo com óleo de Cannabis para o tratamento do Alzheimer  https://apepi.org/apepi-sera-parceira-em-estudo-com-oleo-de-cannabis-para-o-tratamento-do-alzheimer/ https://apepi.org/apepi-sera-parceira-em-estudo-com-oleo-de-cannabis-para-o-tratamento-do-alzheimer/#respond Sat, 03 May 2025 14:18:04 +0000 https://apepi.org/?p=33175 A Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) iniciou um estudo clínico inédito no Brasil. Em parceria com a APEPI, os pesquisadores irão avaliar os efeitos da Cannabis no tratamento da doença de Alzheimer. Esta condição é uma patologia neurodegenerativa progressiva, com impactos sobre a memória, linguagem, raciocínio e comportamento, e que acomete principalmente pessoas acima […]

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A Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) iniciou um estudo clínico inédito no Brasil. Em parceria com a APEPI, os pesquisadores irão avaliar os efeitos da Cannabis no tratamento da doença de Alzheimer. Esta condição é uma patologia neurodegenerativa progressiva, com impactos sobre a memória, linguagem, raciocínio e comportamento, e que acomete principalmente pessoas acima dos 65 anos. O óleo medicinal escolhido para o estudo é o Schanti, um óleo que combina a ação do canabidiol (CBD) e do tetrahidrocanabinol (THC)

O ensaio clínico, intitulado CANTAD, irá acompanhar 124 pacientes com Alzheimer moderado, ao longo de três meses, com foco na redução da agitação. Portanto, o estudo utilizará escalas validadas de saúde e contará com um comitê independente de avaliação. A pesquisa será conduzida pela Dra. Tereza Raquel Xavier Viana, sob a orientação do Dr. José Eduardo Martinelli e coorientação do Prof. Dr. Ivan Aprahamian, com suporte da equipe de Geriatria da FMJ. 

O estudo passou por aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). No momento, a pesquisa está na fase de inscrições para a pré-seleção de pacientes, através do formulário online. O ambulatório de Geriatria da FMJ será responsável pelo recrutamento. Entre os critérios de inclusão, estão: diagnóstico de Alzheimer moderado, idade acima de 60 anos, presença de um responsável e disponibilidade de ir periodicamente ao ambulatório. 

Óleos de Cannabis para o Alzheimer 

O tratamento dos pacientes acompanhados pela pesquisa será com o uso do óleo Schanti, fornecido APEPI. A escolha se deu pela composição equilibrada entre CBD e THC na composição do óleo. Estes canabinoides já possuem evidências em aplicações separadas para o tratamento do Alzheimer. Do mesmo modo, os pesquisadores destacam a confiabilidade no processo de fabricação da APEPI.   

“O equilíbrio entre os canabinoides pode ter um impacto relevante na redução de sintomas neuropsiquiátricos, como a agitação. Estudos prévios indicam que o efeito combinado de CBD e THC, conhecido como efeito entourage, pode potencializar os benefícios terapêuticos”, explica a Dra. Tereza.  

Papel das associações para o avanço da ciência  

Segundo a Dra. Tereza, a participação da APEPI tem sido fundamental para viabilizar o estudo. “A APEPI tem um papel essencial no ensaio clínico e na democratização do acesso ao tratamento com cannabis medicinal. Tenho profunda gratidão à associação não só por transformar vidas, mas por acreditar no poder da ciência”, afirmou.  

Ademais, a pesquisadora também destacou a importância das associações no fortalecimento da pauta nacional, no apoio à pesquisa e na divulgação científica. Sob o mesmo ponto de vista, as associações de Cannabis medicinal lançaram a campanha “Repense o Óbvio”, que busca reunir assinaturas ao manifesto que pede a regulamentação de suas atividades. Conheça a campanha e ajude o progresso da ciência no Brasil. 

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Flor de Maconha: Conheça o principal componente da Cannabis  https://apepi.org/flor-de-maconha-conheca-o-principal-componente-da-cannabis/ https://apepi.org/flor-de-maconha-conheca-o-principal-componente-da-cannabis/#respond Fri, 25 Apr 2025 20:32:36 +0000 https://apepi.org/?p=33120 A Cannabis é uma planta com diversas aplicações terapêuticas. As principais delas se dão pela interação entre o sistema endocanabinoide e os fitocanabinoides. Sendo assim, os canabinoides produzidos pela planta são de extrema importância. E o local onde apresenta a maior concentração destes componentes é a flor da maconha. Neste texto iremos lhe apresentar os […]

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A Cannabis é uma planta com diversas aplicações terapêuticas. As principais delas se dão pela interação entre o sistema endocanabinoide e os fitocanabinoides. Sendo assim, os canabinoides produzidos pela planta são de extrema importância. E o local onde apresenta a maior concentração destes componentes é a flor da maconha. Neste texto iremos lhe apresentar os principais aspectos desta dádiva da natureza que pode ser uma aliada da sua saúde. 

Como é a flor da maconha?

A Cannabis é uma planta da família Cannabaceae. Desta forma, ela é uma irmã de espécies como o celtis e o lúpulo. Uma característica comum dessa família é o surgimento de flores em inflorescências, um conjunto de pequenas flores ramificadas. Portanto, quando falamos da flor da maconha, nos referimos a este conjunto. 

Este conjunto de flores se desenvolve com a planta e possui período específico para ocorrer. No entanto, através de técnicas que manipulam condições climáticas ou de luminosidade durante o processo de plantar a maconha, é possível moldar este período de florescimento. Um exemplo disso é o uso de estufas ou iluminação artificial. 

Os canabinoides estão na flor da Cannabis

A Cannabis desenvolve os canabinoides naturalmente ao longo de seu ciclo de vida, por meio dos nutrientes recebidos. Eles podem estar dispostos em baixas concentrações em outras estruturas, como as folhas. Contudo, sua maioria está presente nas flores da maconha.

Os canabinoides mais comuns presentes na flor da maconha são o canabidiol (CBD),o e tetrahidrocanabinol (THC), o canabigerol (CBG), além do canabinol (CBN), do tetrahidrocanabivarina (THCV). Outros canabinoides que merecem destaque são o canabicromeno (CBC) e a canabivarina (CBV). Os diferentes quimiotipos da planta possuem concentrações distintas destes canabinoides, de acordo com os perfis genéticos de cada planta. 

A flor de maconha pode ser usada para fins medicinais? 

Por conter a maior concentração dos canabinoides, além dos terpenos e flavonoides, a inflorescências são de extrema importância para o uso medicinal. Através de etapas de processamento, as flores dão origem ao extrato que compõem os óleos medicinais da Cannabis. Além de dar origem aos extratos, as flores podem ser usadas para vaporização. A via de tratamento, bem como a dosagem, sempre deve ser seguida de acordo com a indicação e orientação médica. 

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou a nova edição da Farmacopeia Brasil. O documento é o código oficial que guia a produção de medicamentos no país. Nesta nova edição, o órgão incluiu a flor de Cannabis. Portanto, o documento normatizou os padrões do uso da planta para produzir remédios. Estas normas incluem condições de armazenamento, climatização, entre outros.

Como comprar flor de maconha? 

De acordo com as normas atuais, não é possível adquirir diretamente as inflorescências. Anteriormente, a Anvisa permitia apenas a importação de flores para uso medicinal. No entanto, desde 2023 uma portaria do órgão suspendeu a permissão. Contudo, outro caminho para o uso direto das flores é por meio de autorização judicial. Assim, seja por meio do auto cultivo ou do modelo associativo, a via jurídica pode ser o único caminho viável.

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Regulamentação da Cannabis Medicinal: Artigo analisa como as normas atuais influenciam a qualidade de informação aos pacientes  https://apepi.org/regulamentacao-cannabis-medicinal-artigo-analisa-como-as-normas-atuais-influenciam-a-qualidade-de-informacao-aos-pacientes/ https://apepi.org/regulamentacao-cannabis-medicinal-artigo-analisa-como-as-normas-atuais-influenciam-a-qualidade-de-informacao-aos-pacientes/#respond Tue, 22 Apr 2025 15:34:00 +0000 https://apepi.org/?p=33112 Um artigo publicado por pesquisadores brasileiros traz um importante alerta sobre a regulamentação da Cannabis medicinal no Brasil. O estudo, liderado pela professora e pesquisadora Andrea Galassi, analisou a qualidade das informações contidas nos rótulos de diversos medicamentos à base de canabidiol (CBD) presentes no mercado brasileiro. O levantamento, que analisou 105 produtos autorizados no […]

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Um artigo publicado por pesquisadores brasileiros traz um importante alerta sobre a regulamentação da Cannabis medicinal no Brasil. O estudo, liderado pela professora e pesquisadora Andrea Galassi, analisou a qualidade das informações contidas nos rótulos de diversos medicamentos à base de canabidiol (CBD) presentes no mercado brasileiro. O levantamento, que analisou 105 produtos autorizados no país, concluiu que as informações de 39 destes não foram satisfatórias. Do mesmo modo, apenas 19 foram identificados como muito satisfatórios. Desta forma, o estudo pioneiro revelou os limites e dificuldades das atuais normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para derivados de maconha.

Os pesquisadores analisaram os produtos com base nas atuais normas da Anvisa. Assim, o estudo apenas considerou os produtos com autorização de importação (RDC nº 660/2022) e produtos com autorização temporária de comércio (RDC nº 327/2019). Portanto, não foram considerados os remédios produzidos pelas associações de pacientes de Cannabis. A pesquisa verificou diferenças nas práticas de rotulagem entre os dois grupos de produtos com base nas informações publicamente disponíveis.

Para estabelecer os critérios avaliativos, o grupo considerou quatro eixos. São eles: a clareza de informações de dosagem e concentração; normas de qualidade (como COAs); boas práticas da Anvisa e dos países de origem; e informações complementares. Além disso, o grupo considerou estudos de relevância sobre o tema, publicados nos principais repositórios acadêmicos. Avaliou ainda a clareza e coerência das informações. Por fim, estabeleceram notas com a ponderação devida a cada quesito. O resultado reflete, portanto, uma média de diversos indicadores.

CBD importado não foi aprovado por pesquisa

O estudo pioneiro trouxe importantes dados inéditos. Dos fármacos analisados, apenas 40 apresentaram certificado de análise de qualidades (COAs). Do mesmo modo, apenas 27 descreveram com clareza a proporção do canabinoide por dosagem do produto. Outro ponto é que boa parte dos fabricantes, em maioria os internacionais, não retornaram o contato dos pesquisadores com o pedido de complemento ou elucidação de informações.

Contudo, o recorte mais aterrador do estudo mostra que todos os 39 produtos classificados como não muito satisfatórios pertence ao grupo dos remédios importados, com autorização de importação sob as normas da RDC nº 660/2022. Assim, o artigo lançou luz sobre a diferença de critérios entre importação e comércio local dentro das normas da Anvisa. Embora apresentem valores muito mais elevados, produtos importados à base de Cannabis podem não possuir a qualidade e segurança satisfatórias.

Regulamentação das Associações de Cannabis Medicinal melhora a qualidade dos remédios

Embora as associações de Cannabis medicinal representem uma importante via de acesso aos medicamentos, elas ainda aguardam a regulamentação por parte dos órgãos responsáveis. Para mudar esta realidade, o coletivo das associações lançou o manifesto “Repense o Óbvio“. O objetivo é debater o tema com a sociedade e reunir assinaturas, que serão encaminhadas aos ministérios responsáveis por regulamentar a matérias.

Mesmo à margem da atual regulamentação, as associações produzem seus remédios seguindo rigorosos critérios de qualidade. Para produzir os óleos, a APEPI investe em técnicas de plantio agroecológico, que garantem a produção orgânica e livre de agrotóxicos. Após a colheita, as plantas passam pelo beneficiamento no Centro Avançado de Cultivo e Secagem (CACS), que segue rigorosos parâmetros sanitários. Por fim, a equipe farmacêutica produz os óleos com o uso de modernos maquinários, como o rotaevaporador. Antes de chegar aos associados, cada lote produzido passa por análise de qualidade pelo CIATox – Unicamp e pelo laboratório Dall Phytolab. Os COAs atestam que as especificações contidas no rótulo condizem com o produto entregue. Aqui no site você encontra o certificado de cada lote.

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Regulamentação da Cannabis: Associações, aliadas da saúde e da sociedade https://apepi.org/regulamentacao-da-cannabis-associacoes-aliadas-da-saude-e-da-sociedade/ https://apepi.org/regulamentacao-da-cannabis-associacoes-aliadas-da-saude-e-da-sociedade/#respond Mon, 14 Apr 2025 17:50:53 +0000 https://apepi.org/?p=33064 As associações de Cannabis Medicinal surgiram pela luta de pacientes e familiares para viabilizar tratamentos dignos. Da desobediência civil surgiram as primeiras mudanças legais a respeito da planta. Atualmente, o tratamento à base de Cannabis é uma realidade para cerca de 456 mil pacientes no Brasil. Sendo assim, a regulamentação das associações de Cannabis é um […]

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As associações de Cannabis Medicinal surgiram pela luta de pacientes e familiares para viabilizar tratamentos dignos. Da desobediência civil surgiram as primeiras mudanças legais a respeito da planta. Atualmente, o tratamento à base de Cannabis é uma realidade para cerca de 456 mil pacientes no Brasil. Sendo assim, a regulamentação das associações de Cannabis é um passo fundamental para garantir a democratização dos tratamentos.

Atualmente, já somos mais de 200 associações por todo o país. E é este trabalho que garante o tratamento de mais de 147 mil associados. Nos últimos anos, as associações têm sido a única esperança para milhares de pacientes, trazendo saúde e dignidade no tratamento de centenas de patologias e comorbidades. Elas melhoram a qualidade de vida, democratizam tratamentos e são aliadas da ciência.

Regulamentação da Cannabis ao lado da ciência

Para produzir medicamentos com qualidade comprovada, as associações investem em equipamentos de última geração e em pessoal capacidade. São mãos para cuidar das plantas, da extração dos óleos, da dispensação dos medicamentos, do acolhimento dos associados e das demais atividades da entidade. 

Outro compromisso das associações é com a pesquisa científica e a divulgação do conhecimento. Promovem cursos para a difusão da medicina endocanabinoide e ajudam a capacitar profissionais da saúde para lidar com pacientes.  

“Fazer esse curso está me abrindo a mente para o tanto de oportunidades que a terapia Canabinoide tem a oferecer”, conta Rogério, um médico que passou a prescrever remédios da planta após um dos cursos oferecidos pela Apepi. Isto porque este conteúdo tão importante ainda está longe do currículo de muitas graduações em medicina. 

Neste sentido, as associações se tornaram parceiras das principais universidades e centros de pesquisa do país. São instituições com o peso da Fiocruz, Unicamp, Uerj, entre outras, que ajudam a certificar a qualidade dos remédios e a promover pesquisas sobre os benefícios da Cannabis para a saúde.  

Um desses exemplos é a parceria da equipe da APEPI com pesquisadores da UFPB e da UNESP que avalia as possibilidades do uso do canabidiol para melhorar a saúde cardíaca de pacientes com hipertensão arterial. Estes estudos colocam o Brasil na vanguarda do conhecimento global, além de permitir melhores tratamentos no sistema público de saúde. 

Sendo assim, estes benefícios da planta não podem ficar restritos apenas a quem pode arcar com os altos custos das importações. Só a regulamentação trará segurança jurídica e garantirá o direito à saúde para milhares. Repense o óbvio. Assine a petição e venha conosco levar saúde a mais pessoas.  

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Pesquisa com óleo de Cannabis para pacientes de Alzheimer é aprovada, mas Governo segue sem promover regulamentação https://apepi.org/pesquisa-com-oleo-de-cannabis-para-pacientes-de-alzheimer-e-aprovada-mas-governo-segue-sem-promover-regulamentacao/ https://apepi.org/pesquisa-com-oleo-de-cannabis-para-pacientes-de-alzheimer-e-aprovada-mas-governo-segue-sem-promover-regulamentacao/#respond Fri, 14 Mar 2025 19:12:14 +0000 https://apepi.org/?p=14448 Aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, estudo pioneiro investigará os efeitos da Cannabis no Alzheimer, mas a falta de regulamentação ainda impede acesso seguro ao tratamento.  A Plataforma Brasil aprovou um estudo inovador que analisará os efeitos terapêuticos do óleo de Cannabis em pacientes com Alzheimer. A pesquisa, conduzida pelo professor José Eduardo […]

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Aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, estudo pioneiro investigará os efeitos da Cannabis no Alzheimer, mas a falta de regulamentação ainda impede acesso seguro ao tratamento. 

A Plataforma Brasil aprovou um estudo inovador que analisará os efeitos terapêuticos do óleo de Cannabis em pacientes com Alzheimer. A pesquisa, conduzida pelo professor José Eduardo Martinelli na Faculdade de Medicina de Jundiaí, conta com o apoio da APEPI – Associação de Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal.

Apesar do reconhecimento científico e da aprovação da CONEP – Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, a Anvisa e o Ministério da Saúde mantêm uma postura contraditória. Enquanto autorizam a pesquisa clínica, seguem sem regulamentar os óleos produzidos por associações de pacientes, deixando milhares de pessoas sem acesso legal e acessível ao tratamento.

“É inaceitável que o Estado reconheça o potencial terapêutico da Cannabis ao ponto de aprovar estudos rigorosos sobre sua eficácia, mas, ao mesmo tempo, não viabilize a regulamentação que garantiria o acesso dos pacientes a esses produtos de forma segura e legal”, afirma Margarete Brito, diretora e fundadora da APEPI.

A falta de regulamentação leva diversos médicos a prescreverem produtos importados, significativamente mais caros e menos fiscalizados. Enquanto isso, grandes empresas farmacêuticas já têm seus produtos aprovados e disponíveis no Brasil, criando um cenário de desigualdade no acesso à Cannabis medicinal.

A APEPI reforça seu compromisso com a pesquisa científica e a luta pelo direito dos pacientes, exigindo do governo coerência e urgência na regulamentação dos produtos das associações.

Sobre a APEPI

A APEPI é uma organização sem fins lucrativos que há anos luta pelo direito dos pacientes ao acesso seguro e ético à Cannabis medicinal. Atualmente, atende cerca de 11 mil pacientes, muitos gratuitamente, e possui uma unidade de cultivo com mais de 7 mil plantas de Cannabis no interior do RJ, totalizando aproximadamente 100 funcionários.

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Canabivarina (CBV): Uma canabinoide a ser descoberto   https://apepi.org/canabivarina-cbv-uma-canabinoide-a-ser-descoberto/ https://apepi.org/canabivarina-cbv-uma-canabinoide-a-ser-descoberto/#respond Thu, 13 Mar 2025 21:32:40 +0000 https://apepi.org/?p=14431 A canabivarina (CBV) é um canabinoide sem efeito psicoativo. Sendo assim, não apresenta os mesmos efeitos do tetrahidrocanabinol (THC) Ela também é conhecida como canabivarol ou canabivarin. Embora seja menos conhecido, o CBV é estruturalmente semelhante a outro canabinoide mais conhecido, o canabinol (CBN). Ele surge em plantas mais maduras e aparece em baixas concentrações […]

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A canabivarina (CBV) é um canabinoide sem efeito psicoativo. Sendo assim, não apresenta os mesmos efeitos do tetrahidrocanabinol (THC) Ela também é conhecida como canabivarol ou canabivarin. Embora seja menos conhecido, o CBV é estruturalmente semelhante a outro canabinoide mais conhecido, o canabinol (CBN). Ele surge em plantas mais maduras e aparece em baixas concentrações nos principais quimiotipos da Cannabis

Há ainda poucos estudos sobre as aplicações terapêuticas da canabivarina. No entanto, menos estudado do que componentes como o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC), ele pode apresentar importantes propriedades. Venha conhecer um pouco sobre o CBV e nos ajude a difundir o conhecimento sobre a maconha medicinal. Confira: 

Qual é a origem da canabivarina? 

O CBV é um dos canabinoides que surgem já com a planta madura. Dessa forma, ele se origina com a oxidação de outro componente. Neste caso, exposto à luz, ao calor e ao ar, o THCV (tetrahidrocanabivarina) é convertido em CBV. O THCV possui estruturas moleculares semelhantes ao THC, embora apresente efeitos bem diferentes. Por derivar de outro canabinoide, o CBV não costuma estar presente em grandes concentrações na Cannabis. 

Quais são as aplicações terapêuticas da canabivarina? 

Do ponto de vista da ciência, pouco se sabe a respeito do CBV. Embora este canabinoide seja conhecido desde a década de 1970, ainda faltam estudos a respeito de seus efeitos junto ao sistema endocanabinoide. No entanto, por apresentar semelhanças estruturais, ele pode apresentar efeitos semelhantes a outros componentes da maconha. A título de exemplo, o CBN, o fitocanabinoide mais parecido com o CBV, possui efeitos anti-inflamatório e neuroprotetor. Sendo assim, são necessários estudos para identificar os potenciais da canabivarina para a saúde. 

CBV e efeito sinérgico 

A canabivarina é uma dos canabinoides que está presente naturalmente na maconha. Sendo assim, ela faz parte das substâncias presentes nos óleos full spectrum. Estes óleos preservam não apenas os componentes da planta, como os canabinoides, flavonoides e terpenos. Dessa forma, estes óleos permitem maior eficiência aos tratamentos à base de Cannabis. 

Isto ocorre porque existe o efeito sinérgico entre os canabinoides. Este fenômeno é a interação positiva entre as diferentes substâncias da maconha, no qual os efeitos delas são potencializados. Portanto, o CBV pode ajudar a melhorar a saúde através do efeito comitativo. 

A importância da ciência para vencer o preconceito contra a maconha 

A utilização da maconha na medicina é uma ferramenta que já beneficia uma incontável quantidade de pacientes. Atualmente a ciência já comprovou diversas possibilidades para o uso da planta. No entanto, muito há para ser descoberto ou confirmado pelos estudos. O caso da canabivarina destaca a importância das pesquisas com canabinoides, que pode revelar novas aplicações terapêuticas para levar saúde e bem-estar às pessoas.  

Contudo, as pesquisas com Cannabis ainda esbarram no preconceito contra a maconha. No Brasil, ainda há um longo caminho para a regulamentação do plantio para fins medicinais e acadêmicos. Investir em pesquisas sobre Cannabis é um dos compromissos da APEPI.  

Atuamos ao lado de importantes instituições de pesquisa e universidades, como Fiocruz e CIATox-Unicamp para buscar avanços na maconha medicinal e desenvolver opções de tratamento com preços acessíveis e justo, que possam garantir o direito à saúde.

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Cannabis e Menopausa: A maconha medicinal pode ajudar a saúde da mulher? https://apepi.org/cannabis-e-menopausa-a-maconha-medicinal-pode-ajudar-a-saude-da-mulher/ https://apepi.org/cannabis-e-menopausa-a-maconha-medicinal-pode-ajudar-a-saude-da-mulher/#respond Sat, 08 Mar 2025 13:02:00 +0000 https://apepi.org/?p=14391 A menopausa é um período natural que marca mudanças físicas e mentais. Estas modificações incluem mudanças hormonais, que podem afetar questões do cotidiano, como a qualidade do sono e o bem-estar diário. Sendo assim, muitas mulheres recorrem a terapias hormonais para regular seus ciclos naturais. No entanto, outras formas terapêuticas podem ser importantes alternativas nesta […]

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A menopausa é um período natural que marca mudanças físicas e mentais. Estas modificações incluem mudanças hormonais, que podem afetar questões do cotidiano, como a qualidade do sono e o bem-estar diário. Sendo assim, muitas mulheres recorrem a terapias hormonais para regular seus ciclos naturais. No entanto, outras formas terapêuticas podem ser importantes alternativas nesta etapa da vida. É neste cenário que a Cannabis medicinal pode ser uma aliada das mulheres na menopausa. 

Neste dia 08 de março, celebramos o Dia Internacional da Mulher. A data marca a luta global por igualdade de gênero, contra a discriminação e por direitos. Dentre estes direitos está a luta por saúde em todas as etapas da vida. Venha conhecer um pouco mais dos benefícios da maconha para fins medicinais para esta importante fase: 

O que é a menopausa?  

De acordo com o Ministério da Saúde, a menopausa se define pela ausência de menstruação por 12 meses consecutivos. Este período se chama amenorreia.  A menopausa determinada o fim da fase reprodutiva feminina. De modo geral ela ocorre entre os 45 e 55 anos de idade, podendo ocorrer precocemente, por volta dos 40. Anterior à menopausa ocorre o climatério, um período de transformações graduais entre a fase reprodutiva e a não reprodutiva. 

Os sinais da menopausa são individuais. Sendo assim, cada mulher pode ter os seus, assim como cada uma pode ser afetada de modo diferente. No entanto, alguns sintomas costumam ser percebidos com maior frequência. São eles: ondas de calor ou fogachos, suores, cansaço muscular, além de alterações de humor e nos ciclos de sono. 

Durante a menopausa, a produção de hormônios como o estrogênio e progesterona caem vertiginosamente. Este processo também altera a produção de serotonina e melatonina, hormônios que ajudam a regular o sono. A progesterona, por exemplo, tem um efeito calmante natural, e sua queda pode causar ansiedade e dificuldades para relaxar à noite. Outra alteração que pode ocorrer é o aumento dos níveis de cortisol, hormônio associado ao estresse e respostas adrenérgicas. 

Cannabis medicinal pode ajudar nos sintomas da menopausa: 

Um dos principais aspectos no qual a maconha pode ajudar na menopausa é no combate à insônia. A medicina endocanabinoide já foi capaz de comprovar diversas possibilidades da Cannabis para dormir melhor. O uso dos canabinoides, como o canabidiol (CBD) ou o tetrahidrocanabinol (THC) pode ser eficaz para garantir um sono tranquilo. Da mesma forma, outros componentes da planta, como os terpenos, responsáveis por dar aroma e sabor à planta, podem apresentam capacidade anti-insônia. Os terpenos estão presentes em remédios full spectrum, que preservam os componentes da planta. 

O uso da Cannabis também pode ajudar no tratamento de outros sintomas da menopausa. Por seus efeitos analgésicos e anti-inflamatórios, os canabinoides podem ajudar em dores e enxaquecas provenientes das alterações hormonais. Também podem ser aliados no controle da ansiedade e de alterações de humor neste período. Além do CBD e do THC, o canabigerol (CBG) pode ser uma alternativa de tratamento. 

Da mesma forma, a maconha medicinal pode ser uma ferramenta complementar no processo de terapia de reposição hormonal (TRH). Isto porque os fitocanabinoides ajudam a regular reações hormonais, através do sistema endocanabinoide. Unidos a uma alimentação saudável e atividades físicas regulares, podem ajudar a mulher a ter uma vida plena nesta nova etapa.

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