Cannabis Medicinal Archives - APEPI https://apepi.org/category/cannabis-medicinal/ Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal Mon, 23 Jun 2025 17:32:04 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 https://apepi.org/wp-content/uploads/2023/09/cropped-favicon-256px-32x32.png Cannabis Medicinal Archives - APEPI https://apepi.org/category/cannabis-medicinal/ 32 32 Folha de Maconha: Tudo sobre o elemento mais famoso da planta https://apepi.org/folha-de-maconha/ https://apepi.org/folha-de-maconha/#respond Thu, 19 Jun 2025 17:27:51 +0000 https://apepi.org/?p=33682 Quando pensamos na Cannabis, talvez a imagem mais marcante que vem à mente é a folha da maconha. Por sua estrutura muito caraterística, de folha palmatil, ela se tornou um ícone pop e símbolo de resistência ao proibicionismo. Embora as flores da Cannabis concentrem a maior parte dos canabinoides, eles também estão presentes na folha […]

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Quando pensamos na Cannabis, talvez a imagem mais marcante que vem à mente é a folha da maconha. Por sua estrutura muito caraterística, de folha palmatil, ela se tornou um ícone pop e símbolo de resistência ao proibicionismo. Embora as flores da Cannabis concentrem a maior parte dos canabinoides, eles também estão presentes na folha de maconha. A folha possui não só estes componentes, como também outras propriedades que podem ser importantes para a saúde.

Venha conhecer sobre as folhas dessa planta que ajuda a salvar vidas: 

Como é a folha de maconha? 

A folha da Cannabis é um órgão vegetal com um formato palmatil. Portanto, ele apresenta o marcante formato de folha aberta, geralmente com cinco a nove folíolos serrilhados a depender da variedade. A imagem da folha é facilmente reconhecida pelo seu uso na cultura popular e como símbolo de resistência política ao proibicionismo.

Como nas outras espécies vegetais, as folhas da maconha são vitais para os ciclos da planta, por ser o órgão especializado na captação de luz, trocas gasosas com a atmosfera, para realização da fotossíntese, respiração e transpiração.

Há dois tipos de folhas, as que possuem tricomas e as sem tricomas. Tricomas são estruturas epidérmicas encontradas em plantas, que ajudam na proteção contra perda de água, herbívoros, radiação solar, além de atrair polinizadores. Por parecerem pequenos grãos brancos quando expostos ao sol, as folhas com tricomas são conhecidas como folhas de açúcar. As folhas de maconha com tricomas costumam ter melhor perfil de canabinoides, enquanto nas outras este valor é quase nulo. 

A folha de maconha tem canabinoides? 

A folha da Cannabis possui pequenas quantidades de canabinoides. Embora os fitocanabinoides estejam presentes em maior concentração nas flores, a folha também reúne canabinoides, principalmente na forma ácida e em plantas mais jovens. Por isso não é comum utilizar a folha da maconha para fumar ou outros modos de uso adulto e responsável da planta.

Os canabinoides ácidos são o ácido canabigerólico (CBGA) e o ácido tetrahidrocanabinólico (THCA). Ao longo da maturação das plantas, eles são convertidos gradativamente em outros canabinoides. O CBGA forma principalmente o canabigerol (CBG), mas também é convertido em canabidiol (CBD). Enquanto o THCA ajuda a formar o tetrahidrocanabinol (THC) e o tetrahidrocanabivarina (THCV). Outro canabinoide encontrado em maior quantidade nas folhas é o canabinol (CBN)

Uso medicinal da folha de Cannabis

Embora possua baixa concentração de canabinoides, a folha da maconha possui outras substâncias que podem ajudar a saúde. Uma delas são os terpenos canábicos, substâncias que conferem o aroma e o sabor característico da maconha. Além disso, os terpenos possuem efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e de indução ao relaxamento e ao sono

Há relatos do uso do chá das folhas da maconha para fins terapêuticos, em especial para o controle da dor ou para melhorar a qualidade do sono. Contudo, não há relatos robustos que embasem o uso terapêutico. Dessa forma, o tratamento mais recomendado é com o uso do óleo de Cannabis. 

É comum o uso da folha de Cannabis para produzir alimentos, como a manteiga canábica ou na ornamentação de pratos e bebidas. Seja para enriquecer os preparos com os benefícios da planta, seja para fins estéticos. 

Por fazer parte importante do processo de nutrição das plantas, as folhas da maconha apresentam boas concentrações de minerais como nitrogénio, fósforo, potássio, cálcio e enxofre. Assim, podem servir para a alimentação animal ou para a produção de fertilizantes naturais. 

Os benefícios da Cannabis para a saúde são um resultado da interação da planta com o sistema endocanabinoide. Esta interação torna-se mais intensa através da sinergia com todos os componentes da planta. Para saber mais, conheça tudo sobre o óleo de Cannabis full spectrum. 

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Terpenos Canábicos: O aroma especial que pode ajudar a saúde  https://apepi.org/terpenos-canabicos/ https://apepi.org/terpenos-canabicos/#respond Tue, 17 Jun 2025 20:18:17 +0000 https://apepi.org/?p=33667 A Cannabis é uma planta com diversas propriedades terapêuticas. Os benefícios mais conhecidos são os dos canabinoides, presentes em maior concentração na flor da maconha. Mas além de substâncias como o canabidiol (CBD), o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabigerol (CBG), outros componentes da planta merecem destaque quando o assunto é a nossa saúde. Esse é […]

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A Cannabis é uma planta com diversas propriedades terapêuticas. Os benefícios mais conhecidos são os dos canabinoides, presentes em maior concentração na flor da maconha. Mas além de substâncias como o canabidiol (CBD), o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabigerol (CBG), outros componentes da planta merecem destaque quando o assunto é a nossa saúde. Esse é o caso dos terpenos canábicos, um conjunto de substâncias que conferem aroma e sabor a plantas, mas que também enriquecem o seu valor medicinal. Venha conhecer mais sobre os terpenos.

O que são terpenos canábicos?

Terpenos são hidrocarbonetos que conferem aroma e sabor a plantas, assim como a Cannabis. Estas substâncias fazem parte dos ciclos da vida dessas espécies. Assim, eles ajudam na defesa química contra predadores e patógenos, atração de polinizadores e dispersores, comunicação ecológica entre plantas, além da proteção contra estresse ambiental. Pela estrutura química, os terpenos se dividem em monoterpenos (10 carbonos) e sesquiterpenos (15 carbonos).  

Entre as diversas variedades e quimiotipos, a maconha possui mais de 150 tipos de terpenos diferentes. Os terpenos estão presentes não só na flor da Cannabis, como também em raízes, sementes e na folha da maconha. Portanto, os terpenos canábicos são parte fundamental para o desenvolvimento e aclimatação da planta. 

Aplicações terapêuticas dos terpenos da Cannabis

Alguns dos terpenos canábicos se destacam por suas propriedades medicinais. Uma delas é o efeito relaxante e de indução do sono. Os terpenos da Cannabis com efeito anti-insônia são o fitol, borneol, nerolidol e linalol. Já o mirceno, um dos terpenos canábicos mais presentes, é conhecido por seu efeito relaxante, tanto da musculatura quanto do sistema nervoso central. 

Outra aplicação terapêutica dos terpenos da maconha está em seu potencial analgésico. Os óleos à base de Cannabis costumam ser utilizados para o controle e tratamento das dores crônicas devido à ação dos canabinoides. Contudo, estudos sugerem que parte da ação inibitória de dores e inflamações são provocadas pelos terpenos.  

Nesse sentido, destacam-se o limoneno e o linalol. Estes terpenos estão presentes não só na Cannabis, como também em diversas plantas cítricas. Já o beta-cariofileno, é um terpeno com propriedades de anestesia local. O beta-cariofileno está presente também em outras plantas conhecidas como analgésicas, como o cravo-da-índia e a copaíba. 

Em outro estudo, ainda em fase de avaliação, o beta-cariofileno, assim como outros terpenos (geraniol, linalool, beta-pinene e alfa-humuleno), demonstrou boa capacidade de redução de dores neuropáticas. Esta pesquisa avaliou uma solução farmacológica de terpenos injetáveis. 

Outra possibilidade para o uso terapêutico dos terpenos canábicos está no controle da ansiedade. Um estudo preliminar avaliou o uso de óleo essencial de cânhamo (com baixo THC) rico em terpenos para a aromoteria. Como resultado, o tratamento possui evidências de efeitos positivos de relaxamento e como ansiolítico, por meio da regulação das ondas cerebrais, resposta do sistema nervoso autônomo e alteração de indicadores de humor. 

Terpenos canábicos e efeito entourage

Conforme vimos, os terpenos possuem diversas propriedades medicinais. No entanto, a medicina endocanabinoide investiga também o uso da planta de modo holístico. Nesse sentido, diversos estudos sugerem que a combinação entre os diversos canabinoides, assim como os terpenos e demais substâncias da planta gera uma interação positiva. Esta combinação é conhecida como efeito sinérgico, efeito entourage ou efeito comitativo

A melhor maneira de obter os benefícios em sinergia com o uso da Cannabis para fins medicinais é por meio do óleo full spectrum. Um óleo full spectrum preserva todos os componentes naturais da planta, como os mais diversos canabinoides, além dos terpenos e flavonoides. A interação entre os componentes da planta e o sistema endocanabinoide ajuda a regular diversas reações metabólicas. 

Agora que você conhece os benefícios e possibilidades dos terpenos canábicos para a saúde, aproveite para conhecer outros canabinoides menos famosos. É o caso do tetrahidrocanabivarina (THCV), do canabicromeno (CBC) e do canabinol (CBN) e da canabivarina (CBV).

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Óleo de Cannabis: Tudo sobre o uso medicinal da maconha  https://apepi.org/oleo-de-cannabis-tudo-sobre-o-uso-medicinal-da-maconha/ https://apepi.org/oleo-de-cannabis-tudo-sobre-o-uso-medicinal-da-maconha/#respond Mon, 02 Jun 2025 22:00:50 +0000 https://apepi.org/?p=33429 O uso medicinal da Cannabis oferece uma alternativa para o tratamento de diversas patologias. No entanto, o preconceito contra a maconha e a desinformação afastam muitos pacientes de conhecer mais essa possibilidade. O fato é que a medicina endocanabinoide segue, sobretudo, avançando e mudando vidas. Para ajudar você a conhecer mais sobre o uso medicinal […]

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O uso medicinal da Cannabis oferece uma alternativa para o tratamento de diversas patologias. No entanto, o preconceito contra a maconha e a desinformação afastam muitos pacientes de conhecer mais essa possibilidade. O fato é que a medicina endocanabinoide segue, sobretudo, avançando e mudando vidas. Para ajudar você a conhecer mais sobre o uso medicinal da maconha, preparamos este guia com as principais informações sobre o óleo de Cannabis de modo geral e os óleos da APEPI. Confira: 

O que são os óleos de Cannabis da APEPI?

Os óleos da APEPI são remédios produzidos com extrato orgânico de Cannabis e base de Triglicerídeos de Cadeia Média (TCM). Servem para o tratamento de diversas patologias e condições clínicas, que vão de dores crônicas e inflamações, mas também a distúrbios do sono e ansiedade.

Para garantir a máxima qualidade, o laboratório da APEPI segue rigorosos padrões sanitários e laboratoriais. Todo o processo, desde o plantio até a entrega ao associado, é rastreado e controlado para garantir qualidade e segurança, para garantir a qualidade dos fármacos oferecidos. 

Para que serve o óleo de Cannabis? 

O óleo de Cannabis pode servir para diversos tratamentos. O remédio à base da maconha possui efeito anti-inflamatório, analgésico, neuroprotetor, relaxante e indutor do sono, além de outros. Por isso, pode servir para tratar dores crônicas, epilepsia, ansiedade, insônia, entre outras ações terapêuticas. Tudo isso ocorre pela interação da planta com o sistema endocanabinoide.  

Como comprar óleo de Cannabis da APEPI? 

Para adquirir os óleos da APEPI, o primeiro passo é ser associado. Após ingressar na família APEPI e ter uma receita válida, você pode comprar os óleos direto pela área do associado. Caso você precise saber mais sobre como se associar, fale com o acolhimento

Quais são os óleos oferecidos pela APEPI. 

Atualmente a APEPI oferece 6 tipos de óleos: Canabigerol (CBG); Doctor (CBD); MIX (CBD+CBG); Purple Wreck (THC);  Schanti 1000 (CBD+THC); e Schanti (CBD+THC). Cada um atende a uma finalidade prescrita pelo médico. 

O canabidiol (CBD), principal componente do Doctor, possui propriedades anti-inflamatória, ansiolítica, analgésica e neuroprotetora. Desta forma, possui aplicação para alívio da ansiedade, dor, inflamação, melhoria da qualidade do sono e tratamento de convulsões. 

O THC, principal componente do Purple Wreck, possui efeito sedativo, analgésico, antiemético, estimulador do apetite e anti-inflamatório. Assim, possui indicação de uso em casos de dores neuropáticas crônicas, distúrbios musculares, náuseas, vômitos e no tratamento de distúrbios alimentares.  

Já o CBG apresenta efeito relaxante muscular, antioxidante, anti-inflamatório, neuroprotetor e antibacteriano. É indicado, portanto, para artrites, doenças autoimunes, autismo, TDAH e redução da pressão intraocular. 

Os óleos que combinam diferentes canabinoides, como o MIX (CBD+CBG), o Schanti e Schanti 1000 (CBD+THC), possuem os benefícios em sinergia desses canabinoides. Além disso, todos os óleos de Cannabis da APEPI são full spectrum e utilizam a base TCM

O que é a base TCM usada nos óleos? 

TCM significa triglicerídeos de cadeia média. Um tipo de lipídeo natural que serve para a diluição do extrato da Cannabis. A base TCM possui mais benefícios, como melhor absorção e sabor mais neutro, além de seguir o padrão internacional de qualidade. 

O que é um óleo de Cannabis full spectrum? 

Os óleos full spectrum são remédios que conservam o que há de melhor na Cannabis. São produzidos através de um método que conserva não só os canabinoides, mas também os demais componentes, como terpenos e flavonoides.  

Dessa forma, o óleo full spectrum permite o efeito sinérgico (ou efeito entourage), que é a interação positiva entre os fitocanabinoides. 

Os óleos da APEPI passam por testes de qualidade? 

Embora haja o rigoroso controle interno, todos os lotes passam por análises independentes realizadas pelos laboratórios CIATox – Unicamp e Dall Phytolab. Os certificados de análise (COAs) ficam disponíveis no site da APEPI. Assim, você pode conferir o certificado referente ao seu óleo, através do número do lote que consta na embalagem.

Agora que você já sabe tudo sobre os benefícios e a qualidade dos óleos de Cannabis da APEPI, que tal dar o próximo passo rumo a um tratamento mais natural, seguro e eficaz? A Cannabis tem mudado vidas, aliviado dores e devolvido a esperança a milhares de famílias. Para começar, entre em contato com nosso time de acolhimento que estará pronto lhe ajudar.

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Cânhamo: Conheça a variante da maconha e suas possibilidades  https://apepi.org/canhamo/ https://apepi.org/canhamo/#respond Tue, 27 May 2025 14:54:40 +0000 https://apepi.org/?p=33371 A Cannabis é uma planta com inúmeras propriedades. Os benefícios do uso medicinal da maconha vêm sendo cada vez mais comprovados pela medicina. As interações entre o sistema endocanabinoide e os fitocanabinoides, como o canabidiol (CBD), tetrahidrocanabinol (THC) e o canabigerol (CBG), ajuda a regular diversas ações naturais do metabolismo. No entanto, além de ser […]

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A Cannabis é uma planta com inúmeras propriedades. Os benefícios do uso medicinal da maconha vêm sendo cada vez mais comprovados pela medicina. As interações entre o sistema endocanabinoide e os fitocanabinoides, como o canabidiol (CBD), tetrahidrocanabinol (THC) e o canabigerol (CBG), ajuda a regular diversas ações naturais do metabolismo. No entanto, além de ser uma aliada da saúde, a Cannabis ainda possui diversas aplicações. É o caso do cânhamo, uma variedade que pode servir para a produção de remédios, mas que também tem usos que vão da indústria têxtil à construção civil.  

Neste texto, vamos apresentar os principais aspectos e usos para o cânhamo. Este pode ser uma importante solução para a indústria, mais barata e com mais sustentável do que outros insumos. Venha conferir:  

O que é cânhamo?  

O cânhamo é uma variedade da Cannabis. Em geral, o cânhamo possui baixa concentração de THC (cerca de 0,3%). Também chamado de cânhamo industrial, pode ser usado para produzir roupas, calçados, tijolos ecológicos e até biocombustíveis. O cânhamo também apresenta propriedades medicinais. A flor do cânhamo serve para produzir óleo de CBD. Há também relatos de benefícios no chá de folhas de cânhamo, no entanto sem estudos que sugiram a sua eficácia.   

As sementes do cânhamo também possuem importantes valores nutricionais. O óleo da semente do cânhamo pode ainda servir para a produção de biodiesel e cosméticos. Além da versatilidade de uso, o cânhamo é uma planta com forte interesse industrial também por aspectos ambientais. Em suma, a Cannabis é uma planta com forte potencial para recuperar o meio-ambiente. Pode ser, sobretudo, uma alternativa de insumo mais sustentável.  

Cânhamo industrial na área têxtil e construção civil 

As fibras obtidas através das folhas e do caule do cânhamo possuem grande versatilidade. Na indústria têxtil, ela oferece uma alternativa a matérias-primas como o algodão e o jeans, que consomem altas quantidades de água na produção. Assim, os fios e fibras podem dar origem a tecidos de roupas que vão de camisas a peças íntimas. Não só estas, como também a outras peças como cordas e calçados.  

A corda de cânhamo é conhecida por combinar resistência com um produto de origem natural. Seu uso é antigo, remonta ao tempo das grandes navegações, onde já era utilizada para produzir cordas e velas dos navios. O cânhamo também pode ser usado para produzir papeis e plásticos biodegradáveis.  

Já na construção civil, o cânhamo pode dar origem a materiais como blocos de tijolos e concreto (hempcrete). Os blocos de cânhamo possuem aplicação na alvenaria e revestimento, para regulação térmica e controle sonoro do ambiente. Outro aspecto é que o hempcrete é altamente resistente ao fogo e ao ataque de pragas, além de utilizar outros insumos naturais, como água e cal.  

Analogamente, o óleo de semente de cânhamo serve como um verniz para madeira. Ele atua na proteção do material contra mofo, pragas e desgaste natural, além de permitir a impermeabilização da madeira sem restringir a passagem do ar.  

Uso médico e nutricional do cânhamo  

Conforme vimos, o cânhamo pode ser usado para a produção de óleos medicinais de maconha, em especial o CBD. Embora haja relatos do uso do chá da folha do cânhamo, não há estudos robustos que possam sustentar seus benefícios terapêuticos, ao contrário do óleo de Cannabis.  

Outro uso do cânhamo para a saúde se dá por seu potencial nutricional. A semente do cânhamo é rica em proteínas, fibras alimentares e ácidos graxos insaturados, como ômega 3 e ômega 6. Além disso, possui baixa concentração de gordura saturada. Portanto, as sementes trituradas podem dar origem a um suplemento de proteína em pó, semelhante ao whey protein. Já o óleo da semente serve como óleo alimentar, semelhante ao azeite de oliva, ou suplemento dietético.  

O perfil lipídico do óleo permite também a sua aplicação para a produzir cosméticos, como óleos de hidratação corporal. Similarmente, também pode ser utilizado como base para a produção de sabonetes, xampus e detergentes.

Cannabis é o novo petróleo?  

Outra demonstração da versatilidade do cânhamo está no seu uso como biocombustível. O principal deles é o biodiesel, que pode tanto substituir o diesel derivado do petróleo quanto reduzir o seu uso direto. Estudos sugerem que o biodiesel de cânhamo pode ser utilizado sem perda significativa de eficiência dos motores. Além disso, o potencial de emissão de gases poluentes pode ser bem menor em comparação ao diesel.

Uma outra possibilidade é o uso da planta para gerar biomassa e biogás. Como combustível sólido, a biomassa de cânhamo pode apresentar rendimento energético 120% maior do que o da palha de trigo e semelhante ao do capim-canário, espécies utilizadas comumente para este fim. Assim, pode ser uma alternativa de cultura energética em regiões de clima frio do norte da Europa.  

Já o biogás do cânhamo obtém-se através da decomposição da planta, feita inclusive após o seu uso para diversas outras formas de uso industrial. O rendimento deste biogás pode inclusive ser maior do que o de espécies comuns para este fim, como o biogás de canola.  

Um aliado do meio ambiente

De modo geral, o cânhamo oferece uma possibilidade de insumos sustentável e com menos impactos ambientais do que formas mais tradicionais. A produção à base da planta pode até atingir emissão zero de carbono. Isto se deve às diversas vantagens que o cultivo da Cannabis oferece para o meio-ambiente.  

Estudos sugerem que a Cannabis é uma das culturas com maior potencial para sequestro de carbono da atmosfera. Ela possui até duas vezes mais capacidade de retirar dióxido de carbono (CO2) da atmosfera do que outros vegetais de mesmo porte.  

Além de melhorar a qualidade do ar e ajudar o controle da temperatura, a maconha ajuda a recuperar o solo. Isto porque a planta possui sistema radicular profundo, o que fortalece o terreno e permite o manejo de outras culturas. A Cannabis não necessita de pesticidas para crescer e florescer, o que favorece o manejo orgânico de outras espécies. 

É legal plantar cânhamo no Brasil?  

No final de 2024, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou o cultivo de cânhamo no Brasil. Atualmente falta ser regulamentado pela União, que deve finalizar o processo até setembro de 2025. A regulamentação seguirá regras definida por regras da Anvisa e os Ministérios da Saúde e Agricultura e Pecuária. 

Enquanto no Brasil o tema ainda caminha lentamente, em diversos países, como França, Austrália e Estados Unidos, o cultivo e a comercialização de produtos industriais à base da planta é uma importante ferramenta econômica e socioambiental. 

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União apresenta Plano de Ação ao STJ para regulamentar Cannabis  https://apepi.org/uniao-apresenta-plano-de-acao-ao-stj-para-regulamentar-cannabis/ https://apepi.org/uniao-apresenta-plano-de-acao-ao-stj-para-regulamentar-cannabis/#respond Tue, 20 May 2025 20:56:58 +0000 https://apepi.org/?p=33362 A Advocacia Geral da União (AGU) apresentou a um importante documento ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Trata-se do “Plano de Ação para regulação e fiscalização da produção e acesso a derivados de Cannabis para fins exclusivamente medicinais”, protocolado na noite do dia 19 deste mês. O texto é uma resposta à decisão da Corte que, […]

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Advocacia Geral da União (AGU) apresentou a um importante documento ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Trata-se do “Plano de Ação para regulação e fiscalização da produção e acesso a derivados de Cannabis para fins exclusivamente medicinais”, protocolado na noite do dia 19 deste mês. O texto é uma resposta à decisão da Corte que, no final de 2024, aprovou por unanimidade a possibilidade de autorização, determinando que a União deveria regulamentar o cultivo de Cannabis até maio deste ano. Entre diversos aspectos, o documento reconhece pela primeira vez em caráter oficial a importância das associações de pacientes. 

O Plano de Ação apresenta uma série de esforços interministeriais que vêm sendo tomados, além de etapas e ações pretendidas. Assim, de acordo com o documento, a consolidação das atividades deve durar até setembro deste ano. Entre as atividades já tomadas, a AGU destacou o processo de revisão da RDC nº 327/2019 da Anvisa. Esta resolução dispõe sobre os procedimentos para a autorização sanitária de fabricação e a importação de derivados da maconha. 

O cronograma apresentado sugere uma série de ações, entre as quais estão uma minuta técnica e a realização de discussões com a sociedade civil. Por fim, caberá ao Ministério da Saúde o papel de consolidar os trabalhos em uma Portaria técnica e submetê-la ao aval da Anvisa, no exercício das competências da Agência. Assim, o documento sugere maior protagonismo do Ministério da Saúde, que deverá ser o catalizador dos esforços entre os entes. 

União reconhece importância das associações 

Entre diversos pontos do Plano de Trabalho, cabe importante destaque aos arranjos produtivos já existentes no país. O texto menciona em primeiro ponto as associações de pacientes de Cannabis medicinal. Além de destacar que elas atendem cerca de 672 mil pacientes, o documento destaca a geração de mais de 560 empregos diretos. Desta forma, ao menos em caráter preliminar, há uma indicação de que a União deve regulamentar o cultivo da Cannabis reconhecendo as necessidades das associações. 

Nesse sentido, as associações estiveram recentemente em Brasília, para o encontro Repense o Óbvio. Além de debater o cenário atual e traçar panoramas futuros, o grupo protocolou uma carta de intenções nos Ministérios da Saúde e Agricultura e Pecuária. Da mesma forma, apresentou o texto ao Senado e à Câmara dos Deputados. 

É preciso regulamentar Cannabis com base na realidade 

O Plano de Trabalho apresentado pela União representa um importante marco positivo. Pode ser, portanto, o início de uma regulamentação que supere o histórico proibicionista contra a maconha. No entanto, o texto sugere algumas limitações no curto prazo. A principal delas está na restrição da concentração de tetrahidrocanabinol (THC).  

O Plano sugere que a Anvisa regulamentará espécies de Cannabis que produzam teor de (THC) total menor ou igual a 0,3% p/p (peso por peso) na flor de maconha seca. Assim, valoriza a importância de quimiotipos com maior concentração de canabidiol (CBD).  

Contudo, a regulamentação poderá excluir o relevante uso do THC para fins medicinais. O uso do óleo de THC ou de uma combinação de óleo de CBD e THC pode ser utilizado para o tratamento de diversas patologias. Além disso, o THC é parte do efeito sinérgico, que ocorre com o uso de óleo full spectrum. 

O que falta para a União regulamentar a Cannabis? 

Agora com a apresentação do Plano de Trabalho, o próximo passo deve ser do poder judiciário. Isto porque o STJ deve agora se manifestar sobre o deferimento ou não do pedido. A partir disso, caberá ao Ministério da Saúde e demais órgãos envolvidos seguir o cronograma apresentado. Serão meses de discussões e atividades até o texto final. 

Do ponto de vista das associações, cabe agora manter a mobilização por uma regulamentação que contemple os direitos dos associados. Regulamentar o cultivo de Cannabis no Brasil deve passar por uma política que reconheça a importância das associações de pacientes que lutam há mais de uma década por saúde e justiça. 

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APEPI será parceira em estudo com óleo de Cannabis para o tratamento do Alzheimer  https://apepi.org/apepi-sera-parceira-em-estudo-com-oleo-de-cannabis-para-o-tratamento-do-alzheimer/ https://apepi.org/apepi-sera-parceira-em-estudo-com-oleo-de-cannabis-para-o-tratamento-do-alzheimer/#respond Sat, 03 May 2025 14:18:04 +0000 https://apepi.org/?p=33175 A Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) iniciou um estudo clínico inédito no Brasil. Em parceria com a APEPI, os pesquisadores irão avaliar os efeitos da Cannabis no tratamento da doença de Alzheimer. Esta condição é uma patologia neurodegenerativa progressiva, com impactos sobre a memória, linguagem, raciocínio e comportamento, e que acomete principalmente pessoas acima […]

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A Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) iniciou um estudo clínico inédito no Brasil. Em parceria com a APEPI, os pesquisadores irão avaliar os efeitos da Cannabis no tratamento da doença de Alzheimer. Esta condição é uma patologia neurodegenerativa progressiva, com impactos sobre a memória, linguagem, raciocínio e comportamento, e que acomete principalmente pessoas acima dos 65 anos. O óleo medicinal escolhido para o estudo é o Schanti, um óleo que combina a ação do canabidiol (CBD) e do tetrahidrocanabinol (THC)

O ensaio clínico, intitulado CANTAD, irá acompanhar 124 pacientes com Alzheimer moderado, ao longo de três meses, com foco na redução da agitação. Portanto, o estudo utilizará escalas validadas de saúde e contará com um comitê independente de avaliação. A pesquisa será conduzida pela Dra. Tereza Raquel Xavier Viana, sob a orientação do Dr. José Eduardo Martinelli e coorientação do Prof. Dr. Ivan Aprahamian, com suporte da equipe de Geriatria da FMJ. 

O estudo passou por aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). No momento, a pesquisa está na fase de inscrições para a pré-seleção de pacientes, através do formulário online. O ambulatório de Geriatria da FMJ será responsável pelo recrutamento. Entre os critérios de inclusão, estão: diagnóstico de Alzheimer moderado, idade acima de 60 anos, presença de um responsável e disponibilidade de ir periodicamente ao ambulatório. 

Óleos de Cannabis para o Alzheimer 

O tratamento dos pacientes acompanhados pela pesquisa será com o uso do óleo Schanti, fornecido APEPI. A escolha se deu pela composição equilibrada entre CBD e THC na composição do óleo. Estes canabinoides já possuem evidências em aplicações separadas para o tratamento do Alzheimer. Do mesmo modo, os pesquisadores destacam a confiabilidade no processo de fabricação da APEPI.   

“O equilíbrio entre os canabinoides pode ter um impacto relevante na redução de sintomas neuropsiquiátricos, como a agitação. Estudos prévios indicam que o efeito combinado de CBD e THC, conhecido como efeito entourage, pode potencializar os benefícios terapêuticos”, explica a Dra. Tereza.  

Papel das associações para o avanço da ciência  

Segundo a Dra. Tereza, a participação da APEPI tem sido fundamental para viabilizar o estudo. “A APEPI tem um papel essencial no ensaio clínico e na democratização do acesso ao tratamento com cannabis medicinal. Tenho profunda gratidão à associação não só por transformar vidas, mas por acreditar no poder da ciência”, afirmou.  

Ademais, a pesquisadora também destacou a importância das associações no fortalecimento da pauta nacional, no apoio à pesquisa e na divulgação científica. Sob o mesmo ponto de vista, as associações de Cannabis medicinal lançaram a campanha “Repense o Óbvio”, que busca reunir assinaturas ao manifesto que pede a regulamentação de suas atividades. Conheça a campanha e ajude o progresso da ciência no Brasil. 

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THC medicinal: Conheça os benefícios do canabinoide  https://apepi.org/thc-medicinal-conheca-os-beneficios-do-canabinoide/ https://apepi.org/thc-medicinal-conheca-os-beneficios-do-canabinoide/#respond Wed, 30 Apr 2025 20:28:12 +0000 https://apepi.org/?p=33170 Ao pesquisar sobre os benefícios da Cannabis medicinal, é comum nos depararmos com as aplicações terapêuticas do canabidiol (CBD). No entanto, a planta oferece um universo de possibilidades para a saúde. Outros fitocanabinoides, como o canabigerol (CBG), bem como os menos conhecidos, como a tetrahidrocanabivarina (THCV), o canabinol (CBN) ou o canabicromeno (CBC) também podem […]

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Ao pesquisar sobre os benefícios da Cannabis medicinal, é comum nos depararmos com as aplicações terapêuticas do canabidiol (CBD). No entanto, a planta oferece um universo de possibilidades para a saúde. Outros fitocanabinoides, como o canabigerol (CBG), bem como os menos conhecidos, como a tetrahidrocanabivarina (THCV), o canabinol (CBN) ou o canabicromeno (CBC) também podem ser usados para fins medicinais. Contudo, há um famoso canabinoide que por vezes escapa da lembrança, o tetrahidrocanabinol (THC). Neste texto, convidamos você a conhecer um pouco mais sobre as propriedades e aplicações do THC medicinal. Confira:

Quais são os benefícios do THC medicinal?

O THC possui propriedade relaxante, analgésica, antiemética e anti-inflamatório. Portanto, pode ser uma alternativa para o tratamento de dores neuropáticas e oncológicas, distúrbios musculares, náuseas e vômitos. Quer em associação ao CBD quer em uso isolado do THC.

Do mesmo modo, o THC apresenta efeitos de estímulo da fome, podendo ser uma ferramenta para o tratamento de distúrbios alimentares, como anorexia ou pacientes com dificuldade de ingestão de alimentos devido a outras doenças associadas. Igualmente, ele apresenta ainda efeitos anticonvulsivantes, ansiolíticos, entre outros.

THC e sistema endocanabinoide

Os efeitos medicinais do THC, assim como o dos demais canabinoides, se dá em função da interação destes com o sistema endocanabinoide. Em resumo, o sistema endocanabinoide é um complexo conjunto de substâncias produzidas pelo corpo (endocanabinoides) e seus respectivos receptores, presentes na superfície das células em diversas partes do corpo. Estes receptores são divididos em CB1 e CB2.

Os receptores CB1 estão presentes principalmente no cérebro e sistema nervoso central e regulam funções como a coordenação, memória, humor e percepção da dor. Já os receptores CB2 estão presentes principalmente no sistema imunológico e nos tecidos periféricos, por isso estão mais envolvidos na resposta imune e anti-inflamatórias. O THC possui afinidade com ambos os receptores, ajudando a modular suas atividades de modo natural.

THC e efeito sinérgico

A associação entre dois ou mais canabinoides provoca o chamado efeito sinérgico, também conhecido como efeito entourage ou efeito comitativo. Na prática, a associação entre as substâncias potencializa os seus efeitos e sua interação com o sistema endocanabinoide.

O THC é um dos canabinoides mais presentes nos principais quimiotipos da maconha. Portanto, ele é parte integrante de remédios full spectrum. Medicamentos produzidos desta maneira preservam não só os canabinoides naturais, como também os terpenos e flavonoides da planta. Todos os óleos oferecidos pela APEPI são full spectrum, com qualidade comprovada pela CIATox-Unicamp e DallPhytoLab.

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Regulamentação da Cannabis Medicinal: Artigo analisa como as normas atuais influenciam a qualidade de informação aos pacientes  https://apepi.org/regulamentacao-cannabis-medicinal-artigo-analisa-como-as-normas-atuais-influenciam-a-qualidade-de-informacao-aos-pacientes/ https://apepi.org/regulamentacao-cannabis-medicinal-artigo-analisa-como-as-normas-atuais-influenciam-a-qualidade-de-informacao-aos-pacientes/#respond Tue, 22 Apr 2025 15:34:00 +0000 https://apepi.org/?p=33112 Um artigo publicado por pesquisadores brasileiros traz um importante alerta sobre a regulamentação da Cannabis medicinal no Brasil. O estudo, liderado pela professora e pesquisadora Andrea Galassi, analisou a qualidade das informações contidas nos rótulos de diversos medicamentos à base de canabidiol (CBD) presentes no mercado brasileiro. O levantamento, que analisou 105 produtos autorizados no […]

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Um artigo publicado por pesquisadores brasileiros traz um importante alerta sobre a regulamentação da Cannabis medicinal no Brasil. O estudo, liderado pela professora e pesquisadora Andrea Galassi, analisou a qualidade das informações contidas nos rótulos de diversos medicamentos à base de canabidiol (CBD) presentes no mercado brasileiro. O levantamento, que analisou 105 produtos autorizados no país, concluiu que as informações de 39 destes não foram satisfatórias. Do mesmo modo, apenas 19 foram identificados como muito satisfatórios. Desta forma, o estudo pioneiro revelou os limites e dificuldades das atuais normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para derivados de maconha.

Os pesquisadores analisaram os produtos com base nas atuais normas da Anvisa. Assim, o estudo apenas considerou os produtos com autorização de importação (RDC nº 660/2022) e produtos com autorização temporária de comércio (RDC nº 327/2019). Portanto, não foram considerados os remédios produzidos pelas associações de pacientes de Cannabis. A pesquisa verificou diferenças nas práticas de rotulagem entre os dois grupos de produtos com base nas informações publicamente disponíveis.

Para estabelecer os critérios avaliativos, o grupo considerou quatro eixos. São eles: a clareza de informações de dosagem e concentração; normas de qualidade (como COAs); boas práticas da Anvisa e dos países de origem; e informações complementares. Além disso, o grupo considerou estudos de relevância sobre o tema, publicados nos principais repositórios acadêmicos. Avaliou ainda a clareza e coerência das informações. Por fim, estabeleceram notas com a ponderação devida a cada quesito. O resultado reflete, portanto, uma média de diversos indicadores.

CBD importado não foi aprovado por pesquisa

O estudo pioneiro trouxe importantes dados inéditos. Dos fármacos analisados, apenas 40 apresentaram certificado de análise de qualidades (COAs). Do mesmo modo, apenas 27 descreveram com clareza a proporção do canabinoide por dosagem do produto. Outro ponto é que boa parte dos fabricantes, em maioria os internacionais, não retornaram o contato dos pesquisadores com o pedido de complemento ou elucidação de informações.

Contudo, o recorte mais aterrador do estudo mostra que todos os 39 produtos classificados como não muito satisfatórios pertence ao grupo dos remédios importados, com autorização de importação sob as normas da RDC nº 660/2022. Assim, o artigo lançou luz sobre a diferença de critérios entre importação e comércio local dentro das normas da Anvisa. Embora apresentem valores muito mais elevados, produtos importados à base de Cannabis podem não possuir a qualidade e segurança satisfatórias.

Regulamentação das Associações de Cannabis Medicinal melhora a qualidade dos remédios

Embora as associações de Cannabis medicinal representem uma importante via de acesso aos medicamentos, elas ainda aguardam a regulamentação por parte dos órgãos responsáveis. Para mudar esta realidade, o coletivo das associações lançou o manifesto “Repense o Óbvio“. O objetivo é debater o tema com a sociedade e reunir assinaturas, que serão encaminhadas aos ministérios responsáveis por regulamentar a matérias.

Mesmo à margem da atual regulamentação, as associações produzem seus remédios seguindo rigorosos critérios de qualidade. Para produzir os óleos, a APEPI investe em técnicas de plantio agroecológico, que garantem a produção orgânica e livre de agrotóxicos. Após a colheita, as plantas passam pelo beneficiamento no Centro Avançado de Cultivo e Secagem (CACS), que segue rigorosos parâmetros sanitários. Por fim, a equipe farmacêutica produz os óleos com o uso de modernos maquinários, como o rotaevaporador. Antes de chegar aos associados, cada lote produzido passa por análise de qualidade pelo CIATox – Unicamp e pelo laboratório Dall Phytolab. Os COAs atestam que as especificações contidas no rótulo condizem com o produto entregue. Aqui no site você encontra o certificado de cada lote.

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Repense o óbvio: Cannabis, uma planta com muitas possibilidades https://apepi.org/repense-o-obvio-cannabis-uma-planta-com-muitas-possibilidades/ https://apepi.org/repense-o-obvio-cannabis-uma-planta-com-muitas-possibilidades/#respond Wed, 09 Apr 2025 17:34:50 +0000 https://apepi.org/?p=20477 O uso da Cannabis para fins medicinais é uma prática milenar comprovada pela ciência moderna nas últimas décadas. Portanto, o uso de remédios à base dos componentes da planta, como o canabidiol (CBD), o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabigerol (CBG) é uma realidade para o tratamento de diversas patologias e condições clínicas. São condições como a epilepsia refratária, […]

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O uso da Cannabis para fins medicinais é uma prática milenar comprovada pela ciência moderna nas últimas décadas. Portanto, o uso de remédios à base dos componentes da planta, como o canabidiol (CBD), o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabigerol (CBG) é uma realidade para o tratamento de diversas patologias e condições clínicas. São condições como a epilepsia refratária, dores crônicas, ansiedade, depressão, doença de Parkinson, entre outras. Repense o óbvio é uma campanha do coletivo das associações de Cannabis medicinal em busca de regulamentação.

“Assim que conseguimos fornecer ao meu filho, em quatro dias ele zerou em crises convulsivas. Foi um espetáculo! Não conseguíamos nem acreditar”. É o depoimento de Cláudia, mãe de um pequeno associado e paciente com epilepsia refratária. Do mesmo modo, a alegria desta família com o tratamento é a mesma que se repete em milhares de lares em todo o país. São pessoas que conseguem aliviar dores intensas após anos, que recuperam o sono ou que superam a depressão.  

Da mesma forma, a Cannabis pode ser uma forma complementar ou alternativa a tratamentos mais tradicionais. É o caso do uso dos canabinoides em tratamentos oncológicos, como forma de atenuar efeitos colaterais das sessões de quimioterapia. Assim, a Cannabis oferece diversas possibilidades para melhoria da qualidade de vida. Isto ocorre através da interação com o sistema endocanabinoide.

Em resumo, nosso corpo, assim como os demais animais vertebrados, possui uma rede de receptores celulares que se conectam a hormônios mensageiros. Estes hormônios são estruturalmente semelhantes aos canabinoides produzidos pela planta. Desta forma, quando ingeridos, os canabinoides ajudam nosso organismo a equilibrar reações metabólicas. Por isso a Cannabis apresenta diversos efeitos anti-inflamatórios, ansiolíticos, analgésicos, neuroprotetor, entre outros.

Repense o óbvio e assine o manifesto

Os remédios à base de Cannabis podem ser aliados da sua saúde. Além disso, oferecem tratamentos eficazes com menos efeitos colaterais do que os medicamentos convencionais. Este direito não pode ficar restrito a poucos. As associações de pacientes lutam para democratizar o acesso. Portanto, não espere precisar para agir. Repense o óbvio com a gente. Assine o manifesto e convide os amigos para esta luta.

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Repense o óbvio: Venha com a gente fazer a mudança  https://apepi.org/repense-o-obvio-venha-com-a-gente-fazer-a-mudanca/ https://apepi.org/repense-o-obvio-venha-com-a-gente-fazer-a-mudanca/#respond Tue, 01 Apr 2025 20:28:08 +0000 https://apepi.org/?p=15055 Cuidar de alguém pode ser crime? Foi com base neste questionamento que as associações canábicas iniciaram a missão de cuidar das pessoas. E agora, trazemos o questionamento a você, por meio da campanha “Repense o Óbvio”. Remédios à base de Cannabis são a opção para o tratamento de diversas patologias e condições clínicas, que vão […]

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Cuidar de alguém pode ser crime? Foi com base neste questionamento que as associações canábicas iniciaram a missão de cuidar das pessoas. E agora, trazemos o questionamento a você, por meio da campanha Repense o Óbvio. Remédios à base de Cannabis são a opção para o tratamento de diversas patologias e condições clínicas, que vão de dores crônicas, depressão, ansiedade a epilepsia refratária.  

No entanto, uma parte deste direito vem sendo restringido e criminalizado por quem deveria zelar por todos, o Estado brasileiro. Isto porque os órgãos que deveriam regulamentar o direito de plantio e distribuição dos remédios produzidos pela associação. Assim, para cuidar dos associados, cada associação precisa buscar autorização temporária na justiça para garantir saúde. 

As associações de pacientes surgiram para viabilizar tratamentos e democratizar o acesso a remédios à base da planta. Este modelo é uma exclusividade brasileira, que surgiu para vencer a injusta proibição e ser a única alternativa para quem não pode arcar com elevados custos dos produtos importados. Além dos elevados custos em dólar, os produtos importados ainda precisam de frete internacional. São muitos mais caros e não passam por controle de qualidade no Brasil. Por que forçar você a pagar mais caro lá fora em vez de um produto mais barato e que gera empregos aqui no país

Embora façam este importante trabalho para a sociedade, as associações operam sem a devida regulamentação. No entanto, para mudar esta realidade, este coletivo de associações canábicas lançou o manifesto “Repense o Óbvio”.  A campanha é um convite a você. Para discutirmos o tema sem os tabus e preconceitos que envolvem a Cannabis, uma planta dada pela natureza e que é uma amiga da nossa saúde.

Repense o óbvio e assine o manifesto

Além de fomentar o debate, queremos lhe convidar a assinar um manifesto em favor da regulamentação das associações de Cannabis medicinal. Para tornarmos legal um trabalho que só faz bem para todos. O documento será entregue aos Ministérios da Saúde, Justiça e Agricultura e Pecuária e demais órgãos responsáveis pelo tema. Mudar leis injustas hoje para construir um amanhã melhor. Vem com a gente mudar o futuro. Assine o manifesto e seja a mudança

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