APEPI https://apepi.org/ Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal Mon, 23 Jun 2025 17:58:44 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 https://apepi.org/wp-content/uploads/2023/09/cropped-favicon-256px-32x32.png APEPI https://apepi.org/ 32 32 APEPI Solidária: Democratizando tratamentos e mudando vidas  https://apepi.org/apepi-solidaria-democratizando-tratamentos-e-mudando-vidas/ https://apepi.org/apepi-solidaria-democratizando-tratamentos-e-mudando-vidas/#respond Fri, 27 Jun 2025 12:00:00 +0000 https://apepi.org/?p=33711 O compromisso social é uma das grandes marcas da APEPI desde a sua fundação. Ao longo de mais de 10 anos de atuação, a associação mantém não só a missão de levar óleos de Cannabis de qualidade, mas também em acolher pacientes e democratizar o acesso aos tratamentos com óleos de Cannabis. Para acolher melhor […]

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O compromisso social é uma das grandes marcas da APEPI desde a sua fundação. Ao longo de mais de 10 anos de atuação, a associação mantém não só a missão de levar óleos de Cannabis de qualidade, mas também em acolher pacientes e democratizar o acesso aos tratamentos com óleos de Cannabis. Para acolher melhor a quem precisa, a associação possui o Programa APEPI Solidária (PAS).  

Esse programa é uma iniciativa que oferece isenção ou descontos de anuidade e medicamentos a pacientes em situação de vulnerabilidade econômica. Podem receber apoio pessoas com renda familiar por pessoa de até 1,5 salário-mínimo (R$ 2.118), mediante inscrição completa e comprovação de renda. A documentação é analisada para garantir a autenticidade dos dados e assegurar o benefício.  

APEPI Solidária é cuidado de gente para gente 

A avaliação humanizada é uma característica do PAS e da APEPI como um todo. O tempo de análise para o benefício é em torno de apenas 15 dias. Ao longo dos anos, o programa vem crescendo em beneficiários, chegando à atual marca de 645 pacientes ativos, o que representa cerca de 4,5% em relação aos associados pagantes. A meta é chegar a 5% do total de associados. Dessa forma, a associação seguirá devolvendo à sociedade o resultado da cooperação de milhares de associados. 

O compromisso do associativismo é com o bem-estar e a saúde coletiva. São elos conectados que formam uma corrente de saúde e solidariedade. Além disso, ajuda a gerar empregos na sede administrativa e na Fazenda Sofia Langenbach, em Paty do Alferes, produzindo óleos com qualidade comprovada

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Quais são os tipos de Cannabis? https://apepi.org/quais-sao-os-tipos-de-cannabis/ https://apepi.org/quais-sao-os-tipos-de-cannabis/#respond Tue, 24 Jun 2025 12:00:00 +0000 https://apepi.org/?p=33707 A Cannabis é uma planta que desperta muita curiosidade. E não seria para menos. Apesar de todo o preconceito e o proibicionismo, ela segue mudando vidas e levando saúde. Afinal, os benefícios dos canabinoides, como o canabidiol (CBD), o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabigerol (CBG) são cada vez mais conhecidos pela medicina endocanabinoide. Mas então, toda planta é igual? […]

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A Cannabis é uma planta que desperta muita curiosidade. E não seria para menos. Apesar de todo o preconceito e o proibicionismo, ela segue mudando vidas e levando saúde. Afinal, os benefícios dos canabinoides, como o canabidiol (CBD), o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabigerol (CBG) são cada vez mais conhecidos pela medicina endocanabinoide. Mas então, toda planta é igual? Para explicar mais sobre os diversos tipos de Cannabis, preparamos este pequeno guia: 

Os tipos de Cannabis: Sativa, Indica e Ruderalis 

De acordo com a classificação biológica, a maconha pertence à família Cannabaceae e ao gênero Cannabis. Esse gênero é monotípico, portanto, possui uma única espécie, chamada Cannabis sativa L. A sigla L. é uma referência a Carolus Linnaeus, botânico sueco que descreveu a planta em 1753. 

Embora dentro do gênero Cannabis não haja uma divisão, há diferenças de linhagens que são classificadas com base em características botânicas, químicas e genéticas. Assim, os tipos de Cannabis são constantemente classificados pela taxonomia em três categorias principais: Cannabis sativa sativa, Cannabis sativa índica e Cannabis sativa ruderalis

O que é a Cannabis sativa sativa

Geralmente são classificadas como subespécie sativa as plantas que apresentam maior teor de THC, em proporções próximas ao do CBD. Outra característica dessas plantas é que elas costumam apresentar plantas mais altas, com caule e folhas mais finas e compridas. 

Para fins medicinais, as Cannabis da subespécie sativa costumam ser utilizadas para obter os benefícios do THC para a saúde, como propriedades analgésica, antiemética e anti-inflamatória. Do mesmo modo, a combinação entre o CBD e o THC possui importantes aplicações, devido ao efeito sinérgico dos canabinoides. 

O que é a Cannabis sativa indica

A subespécie indica recebe este nome porque a sua origem mais provável é regiões montanhosas do subcontinente indiano, região peninsular do sul da Ásia. Do ponto de vista da botânica, as plantas da subespécie indica costumam ser mais baixas, robustas, com folhas largas e mais densas. 

Já o perfil dos canabinoides, costuma ser marcado por predominância do CBD ou de equilíbrio entre o THC e o CBD. Estas proporções podem variar de acordo com condições de cultivo. Portanto, o uso terapêutico dessas plantas pode ser indicado para o tratamento de dor crônica, insônia, ansiedade e espasmos musculares

O que é a Cannabis sativa ruderalis

A subespécie ruderalis é naturalmente originária das regiões frias da Rússia e Europa Central. Suas características botânicas mais comuns são plantas pequenas, de crescimento rápido, e folhas menores e menos ramificadas. 

A Cannabis ruderalis costuma apresentar baixíssimo teor de THC. Ao mesmo tempo, alguns quimiotipos dessa subespécie podem apresentar concentrações moderadas de canabidiol. Embora possa ter pouco valor medicinal, esta variedade pode ser utilizada para produzir materiais com o cânhamo indutrial, que vão desde materiais de construção, a tecidos e até o whey protein de maconha

Contudo, devemos pontuar que a divisão em sativa, indica e ruderalis tem raízes na botânica tradicional e na cultura popular. No entanto, estudos genéticos recentes mostram que a classificação baseada apenas na morfologia ou nos efeitos não reflete com precisão a diversidade química e genética da planta.  

Do ponto de vista da biologia, atualmente o termo mais correto para classificar as subespécies ou variantes é quimiovares ou quimiotipos. Esta classificação analisa a planta com base no perfil de canabinoides e terpenos.

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Folha de Maconha: Tudo sobre o elemento mais famoso da planta https://apepi.org/folha-de-maconha/ https://apepi.org/folha-de-maconha/#respond Thu, 19 Jun 2025 17:27:51 +0000 https://apepi.org/?p=33682 Quando pensamos na Cannabis, talvez a imagem mais marcante que vem à mente é a folha da maconha. Por sua estrutura muito caraterística, de folha palmatil, ela se tornou um ícone pop e símbolo de resistência ao proibicionismo. Embora as flores da Cannabis concentrem a maior parte dos canabinoides, eles também estão presentes na folha […]

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Quando pensamos na Cannabis, talvez a imagem mais marcante que vem à mente é a folha da maconha. Por sua estrutura muito caraterística, de folha palmatil, ela se tornou um ícone pop e símbolo de resistência ao proibicionismo. Embora as flores da Cannabis concentrem a maior parte dos canabinoides, eles também estão presentes na folha de maconha. A folha possui não só estes componentes, como também outras propriedades que podem ser importantes para a saúde.

Venha conhecer sobre as folhas dessa planta que ajuda a salvar vidas: 

Como é a folha de maconha? 

A folha da Cannabis é um órgão vegetal com um formato palmatil. Portanto, ele apresenta o marcante formato de folha aberta, geralmente com cinco a nove folíolos serrilhados a depender da variedade. A imagem da folha é facilmente reconhecida pelo seu uso na cultura popular e como símbolo de resistência política ao proibicionismo.

Como nas outras espécies vegetais, as folhas da maconha são vitais para os ciclos da planta, por ser o órgão especializado na captação de luz, trocas gasosas com a atmosfera, para realização da fotossíntese, respiração e transpiração.

Há dois tipos de folhas, as que possuem tricomas e as sem tricomas. Tricomas são estruturas epidérmicas encontradas em plantas, que ajudam na proteção contra perda de água, herbívoros, radiação solar, além de atrair polinizadores. Por parecerem pequenos grãos brancos quando expostos ao sol, as folhas com tricomas são conhecidas como folhas de açúcar. As folhas de maconha com tricomas costumam ter melhor perfil de canabinoides, enquanto nas outras este valor é quase nulo. 

A folha de maconha tem canabinoides? 

A folha da Cannabis possui pequenas quantidades de canabinoides. Embora os fitocanabinoides estejam presentes em maior concentração nas flores, a folha também reúne canabinoides, principalmente na forma ácida e em plantas mais jovens. Por isso não é comum utilizar a folha da maconha para fumar ou outros modos de uso adulto e responsável da planta.

Os canabinoides ácidos são o ácido canabigerólico (CBGA) e o ácido tetrahidrocanabinólico (THCA). Ao longo da maturação das plantas, eles são convertidos gradativamente em outros canabinoides. O CBGA forma principalmente o canabigerol (CBG), mas também é convertido em canabidiol (CBD). Enquanto o THCA ajuda a formar o tetrahidrocanabinol (THC) e o tetrahidrocanabivarina (THCV). Outro canabinoide encontrado em maior quantidade nas folhas é o canabinol (CBN)

Uso medicinal da folha de Cannabis

Embora possua baixa concentração de canabinoides, a folha da maconha possui outras substâncias que podem ajudar a saúde. Uma delas são os terpenos canábicos, substâncias que conferem o aroma e o sabor característico da maconha. Além disso, os terpenos possuem efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e de indução ao relaxamento e ao sono

Há relatos do uso do chá das folhas da maconha para fins terapêuticos, em especial para o controle da dor ou para melhorar a qualidade do sono. Contudo, não há relatos robustos que embasem o uso terapêutico. Dessa forma, o tratamento mais recomendado é com o uso do óleo de Cannabis. 

É comum o uso da folha de Cannabis para produzir alimentos, como a manteiga canábica ou na ornamentação de pratos e bebidas. Seja para enriquecer os preparos com os benefícios da planta, seja para fins estéticos. 

Por fazer parte importante do processo de nutrição das plantas, as folhas da maconha apresentam boas concentrações de minerais como nitrogénio, fósforo, potássio, cálcio e enxofre. Assim, podem servir para a alimentação animal ou para a produção de fertilizantes naturais. 

Os benefícios da Cannabis para a saúde são um resultado da interação da planta com o sistema endocanabinoide. Esta interação torna-se mais intensa através da sinergia com todos os componentes da planta. Para saber mais, conheça tudo sobre o óleo de Cannabis full spectrum. 

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Terpenos Canábicos: O aroma especial que pode ajudar a saúde  https://apepi.org/terpenos-canabicos/ https://apepi.org/terpenos-canabicos/#respond Tue, 17 Jun 2025 20:18:17 +0000 https://apepi.org/?p=33667 A Cannabis é uma planta com diversas propriedades terapêuticas. Os benefícios mais conhecidos são os dos canabinoides, presentes em maior concentração na flor da maconha. Mas além de substâncias como o canabidiol (CBD), o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabigerol (CBG), outros componentes da planta merecem destaque quando o assunto é a nossa saúde. Esse é […]

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A Cannabis é uma planta com diversas propriedades terapêuticas. Os benefícios mais conhecidos são os dos canabinoides, presentes em maior concentração na flor da maconha. Mas além de substâncias como o canabidiol (CBD), o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabigerol (CBG), outros componentes da planta merecem destaque quando o assunto é a nossa saúde. Esse é o caso dos terpenos canábicos, um conjunto de substâncias que conferem aroma e sabor a plantas, mas que também enriquecem o seu valor medicinal. Venha conhecer mais sobre os terpenos.

O que são terpenos canábicos?

Terpenos são hidrocarbonetos que conferem aroma e sabor a plantas, assim como a Cannabis. Estas substâncias fazem parte dos ciclos da vida dessas espécies. Assim, eles ajudam na defesa química contra predadores e patógenos, atração de polinizadores e dispersores, comunicação ecológica entre plantas, além da proteção contra estresse ambiental. Pela estrutura química, os terpenos se dividem em monoterpenos (10 carbonos) e sesquiterpenos (15 carbonos).  

Entre as diversas variedades e quimiotipos, a maconha possui mais de 150 tipos de terpenos diferentes. Os terpenos estão presentes não só na flor da Cannabis, como também em raízes, sementes e na folha da maconha. Portanto, os terpenos canábicos são parte fundamental para o desenvolvimento e aclimatação da planta. 

Aplicações terapêuticas dos terpenos da Cannabis

Alguns dos terpenos canábicos se destacam por suas propriedades medicinais. Uma delas é o efeito relaxante e de indução do sono. Os terpenos da Cannabis com efeito anti-insônia são o fitol, borneol, nerolidol e linalol. Já o mirceno, um dos terpenos canábicos mais presentes, é conhecido por seu efeito relaxante, tanto da musculatura quanto do sistema nervoso central. 

Outra aplicação terapêutica dos terpenos da maconha está em seu potencial analgésico. Os óleos à base de Cannabis costumam ser utilizados para o controle e tratamento das dores crônicas devido à ação dos canabinoides. Contudo, estudos sugerem que parte da ação inibitória de dores e inflamações são provocadas pelos terpenos.  

Nesse sentido, destacam-se o limoneno e o linalol. Estes terpenos estão presentes não só na Cannabis, como também em diversas plantas cítricas. Já o beta-cariofileno, é um terpeno com propriedades de anestesia local. O beta-cariofileno está presente também em outras plantas conhecidas como analgésicas, como o cravo-da-índia e a copaíba. 

Em outro estudo, ainda em fase de avaliação, o beta-cariofileno, assim como outros terpenos (geraniol, linalool, beta-pinene e alfa-humuleno), demonstrou boa capacidade de redução de dores neuropáticas. Esta pesquisa avaliou uma solução farmacológica de terpenos injetáveis. 

Outra possibilidade para o uso terapêutico dos terpenos canábicos está no controle da ansiedade. Um estudo preliminar avaliou o uso de óleo essencial de cânhamo (com baixo THC) rico em terpenos para a aromoteria. Como resultado, o tratamento possui evidências de efeitos positivos de relaxamento e como ansiolítico, por meio da regulação das ondas cerebrais, resposta do sistema nervoso autônomo e alteração de indicadores de humor. 

Terpenos canábicos e efeito entourage

Conforme vimos, os terpenos possuem diversas propriedades medicinais. No entanto, a medicina endocanabinoide investiga também o uso da planta de modo holístico. Nesse sentido, diversos estudos sugerem que a combinação entre os diversos canabinoides, assim como os terpenos e demais substâncias da planta gera uma interação positiva. Esta combinação é conhecida como efeito sinérgico, efeito entourage ou efeito comitativo

A melhor maneira de obter os benefícios em sinergia com o uso da Cannabis para fins medicinais é por meio do óleo full spectrum. Um óleo full spectrum preserva todos os componentes naturais da planta, como os mais diversos canabinoides, além dos terpenos e flavonoides. A interação entre os componentes da planta e o sistema endocanabinoide ajuda a regular diversas reações metabólicas. 

Agora que você conhece os benefícios e possibilidades dos terpenos canábicos para a saúde, aproveite para conhecer outros canabinoides menos famosos. É o caso do tetrahidrocanabivarina (THCV), do canabicromeno (CBC) e do canabinol (CBN) e da canabivarina (CBV).

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STJ homologa plano da União para regulamentar Cannabis até setembro  https://apepi.org/stj-homologa-plano-da-uniao-para-regulamentar-cannabis-ate-setembro/ https://apepi.org/stj-homologa-plano-da-uniao-para-regulamentar-cannabis-ate-setembro/#respond Thu, 12 Jun 2025 21:11:09 +0000 https://apepi.org/?p=33643 O Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologou o plano de ação da União para a regulamentação do cultivo de Cannabis no Brasil. A Primeira Seção do STJ publicou nesta quarta-feira (11/6) o aceite ao pedido protocolado pela Advocacia-Geral da União em maio deste ano. A Corte optou por conceder um novo prazo por considerar que […]

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologou o plano de ação da União para a regulamentação do cultivo de Cannabis no Brasil. A Primeira Seção do STJ publicou nesta quarta-feira (11/6) o aceite ao pedido protocolado pela Advocacia-Geral da União em maio deste ano. A Corte optou por conceder um novo prazo por considerar que União, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Saúde demonstraram esforços para cumprir a determinação, ainda que não de forma completa. Dessa forma, os órgãos terão até 30 de setembro para definir os parâmetros. 

Relembre o caso 

Em novembro de 2024, a Primeira Seção do STJ concluiu o julgamento do Recurso Especial 2.024.250, autorização a importação e cultivo de variedades de Cannabis para fins medicinais, farmacêuticos ou industriais, desde que possuam baixo teor de tetrahidrocanabinol (THC). Estas plantas costumam ser chamadas de cânhamo ou cânhamo industrial

À época do julgamento, a Corte definiu o prazo de seis meses após a publicação do acórdão para a União apresentar a regulamentação. Meses depois, em fevereiro deste ano, a AGU apresentou um pedido de extensão do prazo, que foi negado pelo tribunal. Já em maio deste ano, ao final do prazo estabelecido, a AGU apresentou um Plano de Ação ao STJ com as atividades já realizadas e as que devem ser implementadas. 

Contudo, até agora poucas ações foram de fato realizadas. O mais próximo de algo concreto é o processo de revisão da RDC Anvisa nº 327/2019, ainda em aberto. Além disso, o Ministério da Agricultura e Pecuária regulamentou o uso veterinário da Cannabis.  

Enquanto isso, aguardamos uma regulamentação que contemple a real necessidade de pacientes e da democratização do acesso aos tratamentos. Regulamentar o cultivo de Cannabis no Brasil deve passar por uma política que reconheça a importância das associações de pacientes que lutam há mais de uma década por saúde e justiça. 

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Whey Protein de Maconha: Conheça a proteína feita de cânhamo  https://apepi.org/whey-protein-de-maconha/ https://apepi.org/whey-protein-de-maconha/#respond Tue, 10 Jun 2025 21:05:59 +0000 https://apepi.org/?p=33465 Já conhecemos diversos benefícios e aplicações da Cannabis para a saúde. Substâncias como o canabidiol (CBD), o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabigerol (CBG) são capazes de interagir com o sistema endocanabinoide e regular diversas reações metabólicas. Contudo, além dos benefícios da medicina endocanabinoide, a maconha oferece diversas opções, como o uso do cânhamo industrial. Do […]

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Já conhecemos diversos benefícios e aplicações da Cannabis para a saúde. Substâncias como o canabidiol (CBD), o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabigerol (CBG) são capazes de interagir com o sistema endocanabinoide e regular diversas reações metabólicas. Contudo, além dos benefícios da medicina endocanabinoide, a maconha oferece diversas opções, como o uso do cânhamo industrial. Do mesmo modo, os benefícios nutricionais da semente do cânhamo podem dar origem a um poderoso whey protein de maconha, além de outros suplementos alimentares, como o ômega 3.  

Venha conferir as aplicações nutricionais da semente da Cannabis e como ela pode ser importante na sua dieta. Saiba mais: 

O que é o Whey Protein de Maconha?

O whey protein de maconha é um suplemento em pó feito a partir da proteína da semente do cânhamo. Essas sementes são ricas em proteínas, fibras alimentares e ácidos graxos insaturados, como ômega 3 e ômega 6, além de vitaminas e minerais. O cânhamo é uma espécie de Cannabis com baixo teor de THC, com diversos usos industriais, que vão não só da produção de tecidos e materiais de construção, como também a biocombustíveis. 

Whey protein é o nome dado à proteína do soro do leite. Este composto alimentar é feito com o subproduto da fabricação de queijos. No entanto, a popularização dos suplementos de proteína em pó popularizou o nome whey a diversas outras fontes proteicas, como a proteína da soja, do arroz e da ervilha. 

Whey de Maconha: opção vegana e de alto valor biológico 

A proteína é um importante macro nutriente para a nossa saúde. Ela é crucial para a manutenção e construção de tecidos e músculos, formação de hormônios, reforço do sistema imunológico, entre outros. Assim, a suplementação proteica torna-se a alternativa para a complementação de muitas dietas

Nesse sentido, a busca por uma fonte de proteína de alto valor biológico é um desafio ainda mais específico para dietas veganas. Isto porque importantes fontes de proteína vegetal, como ervilha, arroz e oleaginosas, como aveia e amendoim, não apresentam boas concentrações de aminoácidos essenciais

A semente de cânhamo é rica em aminoácidos essenciais por combinar dois tipos de proteínas, a edestina e a albumina. Por isso, o whey de cânhamo também é rico em aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA).  A albumina é, inclusive, semelhante a proteína da clara do ovo. Por seu perfil de aminoácidos, a proteína da semente do cânhamo também é comparável à proteína de soja, apontada como a melhor opção de proteína vegana, mas com a vantagem de ser melhor digerível. 

No entanto, embora possua uma excelente concentração de proteínas, a semente do cânhamo também possui um composto chamado ácido fítico. O ácido fítico, também conhecido como fitato, é um componente natural de algumas espécies vegetais, como feijão, linhaça e aveia, e que as ajuda a fazer o armazenamento de fósforo. O ácido fítico pode atrapalhar o processo digestivo humano e de outros animais. Assim, técnicas como o cozimento ou remolho são importantes para potencializar a absorção da proteína do cânhamo. 

Semente de cânhamo como fonte de ômega 3 

Além da presença de proteínas, que compõem cerca de 31% da semente de cânhamo descascada, ela também é rica em gorduras, que compõem cerca de 49% de sua massa. Assim como outras sementes oleaginosas, o cânhamo é rico em gorduras insaturadas, que também são chamadas de gorduras boas, por seus diversos benefícios para a saúde

Entre as gorduras da semente do cânhamo estão o ácido linoleico (ômega 6) e o ácido alfa-linolênico (ômega 3). Dessa forma, as sementes do cânhamo podem servir para enriquecer o preparo de alimento, assim como pode ser um insumo para suplementos de ômega 3. Outra forma de consumo está no óleo comestível da semente do cânhamo, com finalidade semelhante ao azeite de oliva. 

Outros benefícios nutricionais 

A semente do cânhamo possui também diversas vitaminas e minerais importantes para o funcionamento do corpo. Entre as vitaminas estão o retinol (vitamina A), tiamina (B1), piritinol (B6), ácido fólico (B9), além do ácido ascórbico (vitamina C) e a vitamina E.  

Já entre os minerais presentes na semente do cânhamo estão o cálcio, ferro, magnésio, manganês, fósforo, sódio e zinco. Outro componente importante das sementes de cânhamo são as fibras alimentares, presentes principalmente na versão integral da semente. 

Como comprar whey protein de maconha? 

De acordo com as normas atuais da Anvisa, não há previsão legal para o comércio das sementes de cânhamo e seus derivados. Contudo, no último ano o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou o cultivo de cânhamo no Brasil. O tema aguarda a regulamentação por parte da União, que deve finalizar o processo até setembro de 2025

Enquanto no Brasil ainda não é possível utilizar o suplemento à base de cânhamo, em outros países como os EUA, França, China e Canadá utilizam o cânhamo não só por seus benefícios nutricionais, como também por diversos usos industriais da planta. No entanto, não só o whey protein de cânhamo pode ser um aliado do esporte e da performance. Os óleos de Cannabis podem ajudar no tratamento de lesões, melhora do apetite, entre outros benefícios

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Óleo de Cannabis: Tudo sobre o uso medicinal da maconha  https://apepi.org/oleo-de-cannabis-tudo-sobre-o-uso-medicinal-da-maconha/ https://apepi.org/oleo-de-cannabis-tudo-sobre-o-uso-medicinal-da-maconha/#respond Mon, 02 Jun 2025 22:00:50 +0000 https://apepi.org/?p=33429 O uso medicinal da Cannabis oferece uma alternativa para o tratamento de diversas patologias. No entanto, o preconceito contra a maconha e a desinformação afastam muitos pacientes de conhecer mais essa possibilidade. O fato é que a medicina endocanabinoide segue, sobretudo, avançando e mudando vidas. Para ajudar você a conhecer mais sobre o uso medicinal […]

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O uso medicinal da Cannabis oferece uma alternativa para o tratamento de diversas patologias. No entanto, o preconceito contra a maconha e a desinformação afastam muitos pacientes de conhecer mais essa possibilidade. O fato é que a medicina endocanabinoide segue, sobretudo, avançando e mudando vidas. Para ajudar você a conhecer mais sobre o uso medicinal da maconha, preparamos este guia com as principais informações sobre o óleo de Cannabis de modo geral e os óleos da APEPI. Confira: 

O que são os óleos de Cannabis da APEPI?

Os óleos da APEPI são remédios produzidos com extrato orgânico de Cannabis e base de Triglicerídeos de Cadeia Média (TCM). Servem para o tratamento de diversas patologias e condições clínicas, que vão de dores crônicas e inflamações, mas também a distúrbios do sono e ansiedade.

Para garantir a máxima qualidade, o laboratório da APEPI segue rigorosos padrões sanitários e laboratoriais. Todo o processo, desde o plantio até a entrega ao associado, é rastreado e controlado para garantir qualidade e segurança, para garantir a qualidade dos fármacos oferecidos. 

Para que serve o óleo de Cannabis? 

O óleo de Cannabis pode servir para diversos tratamentos. O remédio à base da maconha possui efeito anti-inflamatório, analgésico, neuroprotetor, relaxante e indutor do sono, além de outros. Por isso, pode servir para tratar dores crônicas, epilepsia, ansiedade, insônia, entre outras ações terapêuticas. Tudo isso ocorre pela interação da planta com o sistema endocanabinoide.  

Como comprar óleo de Cannabis da APEPI? 

Para adquirir os óleos da APEPI, o primeiro passo é ser associado. Após ingressar na família APEPI e ter uma receita válida, você pode comprar os óleos direto pela área do associado. Caso você precise saber mais sobre como se associar, fale com o acolhimento

Quais são os óleos oferecidos pela APEPI. 

Atualmente a APEPI oferece 6 tipos de óleos: Canabigerol (CBG); Doctor (CBD); MIX (CBD+CBG); Purple Wreck (THC);  Schanti 1000 (CBD+THC); e Schanti (CBD+THC). Cada um atende a uma finalidade prescrita pelo médico. 

O canabidiol (CBD), principal componente do Doctor, possui propriedades anti-inflamatória, ansiolítica, analgésica e neuroprotetora. Desta forma, possui aplicação para alívio da ansiedade, dor, inflamação, melhoria da qualidade do sono e tratamento de convulsões. 

O THC, principal componente do Purple Wreck, possui efeito sedativo, analgésico, antiemético, estimulador do apetite e anti-inflamatório. Assim, possui indicação de uso em casos de dores neuropáticas crônicas, distúrbios musculares, náuseas, vômitos e no tratamento de distúrbios alimentares.  

Já o CBG apresenta efeito relaxante muscular, antioxidante, anti-inflamatório, neuroprotetor e antibacteriano. É indicado, portanto, para artrites, doenças autoimunes, autismo, TDAH e redução da pressão intraocular. 

Os óleos que combinam diferentes canabinoides, como o MIX (CBD+CBG), o Schanti e Schanti 1000 (CBD+THC), possuem os benefícios em sinergia desses canabinoides. Além disso, todos os óleos de Cannabis da APEPI são full spectrum e utilizam a base TCM

O que é a base TCM usada nos óleos? 

TCM significa triglicerídeos de cadeia média. Um tipo de lipídeo natural que serve para a diluição do extrato da Cannabis. A base TCM possui mais benefícios, como melhor absorção e sabor mais neutro, além de seguir o padrão internacional de qualidade. 

O que é um óleo de Cannabis full spectrum? 

Os óleos full spectrum são remédios que conservam o que há de melhor na Cannabis. São produzidos através de um método que conserva não só os canabinoides, mas também os demais componentes, como terpenos e flavonoides.  

Dessa forma, o óleo full spectrum permite o efeito sinérgico (ou efeito entourage), que é a interação positiva entre os fitocanabinoides. 

Os óleos da APEPI passam por testes de qualidade? 

Embora haja o rigoroso controle interno, todos os lotes passam por análises independentes realizadas pelos laboratórios CIATox – Unicamp e Dall Phytolab. Os certificados de análise (COAs) ficam disponíveis no site da APEPI. Assim, você pode conferir o certificado referente ao seu óleo, através do número do lote que consta na embalagem.

Agora que você já sabe tudo sobre os benefícios e a qualidade dos óleos de Cannabis da APEPI, que tal dar o próximo passo rumo a um tratamento mais natural, seguro e eficaz? A Cannabis tem mudado vidas, aliviado dores e devolvido a esperança a milhares de famílias. Para começar, entre em contato com nosso time de acolhimento que estará pronto lhe ajudar.

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Cânhamo: Conheça a variante da maconha e suas possibilidades  https://apepi.org/canhamo/ https://apepi.org/canhamo/#respond Tue, 27 May 2025 14:54:40 +0000 https://apepi.org/?p=33371 A Cannabis é uma planta com inúmeras propriedades. Os benefícios do uso medicinal da maconha vêm sendo cada vez mais comprovados pela medicina. As interações entre o sistema endocanabinoide e os fitocanabinoides, como o canabidiol (CBD), tetrahidrocanabinol (THC) e o canabigerol (CBG), ajuda a regular diversas ações naturais do metabolismo. No entanto, além de ser […]

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A Cannabis é uma planta com inúmeras propriedades. Os benefícios do uso medicinal da maconha vêm sendo cada vez mais comprovados pela medicina. As interações entre o sistema endocanabinoide e os fitocanabinoides, como o canabidiol (CBD), tetrahidrocanabinol (THC) e o canabigerol (CBG), ajuda a regular diversas ações naturais do metabolismo. No entanto, além de ser uma aliada da saúde, a Cannabis ainda possui diversas aplicações. É o caso do cânhamo, uma variedade que pode servir para a produção de remédios, mas que também tem usos que vão da indústria têxtil à construção civil.  

Neste texto, vamos apresentar os principais aspectos e usos para o cânhamo. Este pode ser uma importante solução para a indústria, mais barata e com mais sustentável do que outros insumos. Venha conferir:  

O que é cânhamo?  

O cânhamo é uma variedade da Cannabis. Em geral, o cânhamo possui baixa concentração de THC (cerca de 0,3%). Também chamado de cânhamo industrial, pode ser usado para produzir roupas, calçados, tijolos ecológicos e até biocombustíveis. O cânhamo também apresenta propriedades medicinais. A flor do cânhamo serve para produzir óleo de CBD. Há também relatos de benefícios no chá de folhas de cânhamo, no entanto sem estudos que sugiram a sua eficácia.   

As sementes do cânhamo também possuem importantes valores nutricionais. O óleo da semente do cânhamo pode ainda servir para a produção de biodiesel e cosméticos. Além da versatilidade de uso, o cânhamo é uma planta com forte interesse industrial também por aspectos ambientais. Em suma, a Cannabis é uma planta com forte potencial para recuperar o meio-ambiente. Pode ser, sobretudo, uma alternativa de insumo mais sustentável.  

Cânhamo industrial na área têxtil e construção civil 

As fibras obtidas através das folhas e do caule do cânhamo possuem grande versatilidade. Na indústria têxtil, ela oferece uma alternativa a matérias-primas como o algodão e o jeans, que consomem altas quantidades de água na produção. Assim, os fios e fibras podem dar origem a tecidos de roupas que vão de camisas a peças íntimas. Não só estas, como também a outras peças como cordas e calçados.  

A corda de cânhamo é conhecida por combinar resistência com um produto de origem natural. Seu uso é antigo, remonta ao tempo das grandes navegações, onde já era utilizada para produzir cordas e velas dos navios. O cânhamo também pode ser usado para produzir papeis e plásticos biodegradáveis.  

Já na construção civil, o cânhamo pode dar origem a materiais como blocos de tijolos e concreto (hempcrete). Os blocos de cânhamo possuem aplicação na alvenaria e revestimento, para regulação térmica e controle sonoro do ambiente. Outro aspecto é que o hempcrete é altamente resistente ao fogo e ao ataque de pragas, além de utilizar outros insumos naturais, como água e cal.  

Analogamente, o óleo de semente de cânhamo serve como um verniz para madeira. Ele atua na proteção do material contra mofo, pragas e desgaste natural, além de permitir a impermeabilização da madeira sem restringir a passagem do ar.  

Uso médico e nutricional do cânhamo  

Conforme vimos, o cânhamo pode ser usado para a produção de óleos medicinais de maconha, em especial o CBD. Embora haja relatos do uso do chá da folha do cânhamo, não há estudos robustos que possam sustentar seus benefícios terapêuticos, ao contrário do óleo de Cannabis.  

Outro uso do cânhamo para a saúde se dá por seu potencial nutricional. A semente do cânhamo é rica em proteínas, fibras alimentares e ácidos graxos insaturados, como ômega 3 e ômega 6. Além disso, possui baixa concentração de gordura saturada. Portanto, as sementes trituradas podem dar origem a um suplemento de proteína em pó, semelhante ao whey protein. Já o óleo da semente serve como óleo alimentar, semelhante ao azeite de oliva, ou suplemento dietético.  

O perfil lipídico do óleo permite também a sua aplicação para a produzir cosméticos, como óleos de hidratação corporal. Similarmente, também pode ser utilizado como base para a produção de sabonetes, xampus e detergentes.

Cannabis é o novo petróleo?  

Outra demonstração da versatilidade do cânhamo está no seu uso como biocombustível. O principal deles é o biodiesel, que pode tanto substituir o diesel derivado do petróleo quanto reduzir o seu uso direto. Estudos sugerem que o biodiesel de cânhamo pode ser utilizado sem perda significativa de eficiência dos motores. Além disso, o potencial de emissão de gases poluentes pode ser bem menor em comparação ao diesel.

Uma outra possibilidade é o uso da planta para gerar biomassa e biogás. Como combustível sólido, a biomassa de cânhamo pode apresentar rendimento energético 120% maior do que o da palha de trigo e semelhante ao do capim-canário, espécies utilizadas comumente para este fim. Assim, pode ser uma alternativa de cultura energética em regiões de clima frio do norte da Europa.  

Já o biogás do cânhamo obtém-se através da decomposição da planta, feita inclusive após o seu uso para diversas outras formas de uso industrial. O rendimento deste biogás pode inclusive ser maior do que o de espécies comuns para este fim, como o biogás de canola.  

Um aliado do meio ambiente

De modo geral, o cânhamo oferece uma possibilidade de insumos sustentável e com menos impactos ambientais do que formas mais tradicionais. A produção à base da planta pode até atingir emissão zero de carbono. Isto se deve às diversas vantagens que o cultivo da Cannabis oferece para o meio-ambiente.  

Estudos sugerem que a Cannabis é uma das culturas com maior potencial para sequestro de carbono da atmosfera. Ela possui até duas vezes mais capacidade de retirar dióxido de carbono (CO2) da atmosfera do que outros vegetais de mesmo porte.  

Além de melhorar a qualidade do ar e ajudar o controle da temperatura, a maconha ajuda a recuperar o solo. Isto porque a planta possui sistema radicular profundo, o que fortalece o terreno e permite o manejo de outras culturas. A Cannabis não necessita de pesticidas para crescer e florescer, o que favorece o manejo orgânico de outras espécies. 

É legal plantar cânhamo no Brasil?  

No final de 2024, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou o cultivo de cânhamo no Brasil. Atualmente falta ser regulamentado pela União, que deve finalizar o processo até setembro de 2025. A regulamentação seguirá regras definida por regras da Anvisa e os Ministérios da Saúde e Agricultura e Pecuária. 

Enquanto no Brasil o tema ainda caminha lentamente, em diversos países, como França, Austrália e Estados Unidos, o cultivo e a comercialização de produtos industriais à base da planta é uma importante ferramenta econômica e socioambiental. 

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União apresenta Plano de Ação ao STJ para regulamentar Cannabis  https://apepi.org/uniao-apresenta-plano-de-acao-ao-stj-para-regulamentar-cannabis/ https://apepi.org/uniao-apresenta-plano-de-acao-ao-stj-para-regulamentar-cannabis/#respond Tue, 20 May 2025 20:56:58 +0000 https://apepi.org/?p=33362 A Advocacia Geral da União (AGU) apresentou a um importante documento ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Trata-se do “Plano de Ação para regulação e fiscalização da produção e acesso a derivados de Cannabis para fins exclusivamente medicinais”, protocolado na noite do dia 19 deste mês. O texto é uma resposta à decisão da Corte que, […]

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Advocacia Geral da União (AGU) apresentou a um importante documento ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Trata-se do “Plano de Ação para regulação e fiscalização da produção e acesso a derivados de Cannabis para fins exclusivamente medicinais”, protocolado na noite do dia 19 deste mês. O texto é uma resposta à decisão da Corte que, no final de 2024, aprovou por unanimidade a possibilidade de autorização, determinando que a União deveria regulamentar o cultivo de Cannabis até maio deste ano. Entre diversos aspectos, o documento reconhece pela primeira vez em caráter oficial a importância das associações de pacientes. 

O Plano de Ação apresenta uma série de esforços interministeriais que vêm sendo tomados, além de etapas e ações pretendidas. Assim, de acordo com o documento, a consolidação das atividades deve durar até setembro deste ano. Entre as atividades já tomadas, a AGU destacou o processo de revisão da RDC nº 327/2019 da Anvisa. Esta resolução dispõe sobre os procedimentos para a autorização sanitária de fabricação e a importação de derivados da maconha. 

O cronograma apresentado sugere uma série de ações, entre as quais estão uma minuta técnica e a realização de discussões com a sociedade civil. Por fim, caberá ao Ministério da Saúde o papel de consolidar os trabalhos em uma Portaria técnica e submetê-la ao aval da Anvisa, no exercício das competências da Agência. Assim, o documento sugere maior protagonismo do Ministério da Saúde, que deverá ser o catalizador dos esforços entre os entes. 

União reconhece importância das associações 

Entre diversos pontos do Plano de Trabalho, cabe importante destaque aos arranjos produtivos já existentes no país. O texto menciona em primeiro ponto as associações de pacientes de Cannabis medicinal. Além de destacar que elas atendem cerca de 672 mil pacientes, o documento destaca a geração de mais de 560 empregos diretos. Desta forma, ao menos em caráter preliminar, há uma indicação de que a União deve regulamentar o cultivo da Cannabis reconhecendo as necessidades das associações. 

Nesse sentido, as associações estiveram recentemente em Brasília, para o encontro Repense o Óbvio. Além de debater o cenário atual e traçar panoramas futuros, o grupo protocolou uma carta de intenções nos Ministérios da Saúde e Agricultura e Pecuária. Da mesma forma, apresentou o texto ao Senado e à Câmara dos Deputados. 

É preciso regulamentar Cannabis com base na realidade 

O Plano de Trabalho apresentado pela União representa um importante marco positivo. Pode ser, portanto, o início de uma regulamentação que supere o histórico proibicionista contra a maconha. No entanto, o texto sugere algumas limitações no curto prazo. A principal delas está na restrição da concentração de tetrahidrocanabinol (THC).  

O Plano sugere que a Anvisa regulamentará espécies de Cannabis que produzam teor de (THC) total menor ou igual a 0,3% p/p (peso por peso) na flor de maconha seca. Assim, valoriza a importância de quimiotipos com maior concentração de canabidiol (CBD).  

Contudo, a regulamentação poderá excluir o relevante uso do THC para fins medicinais. O uso do óleo de THC ou de uma combinação de óleo de CBD e THC pode ser utilizado para o tratamento de diversas patologias. Além disso, o THC é parte do efeito sinérgico, que ocorre com o uso de óleo full spectrum. 

O que falta para a União regulamentar a Cannabis? 

Agora com a apresentação do Plano de Trabalho, o próximo passo deve ser do poder judiciário. Isto porque o STJ deve agora se manifestar sobre o deferimento ou não do pedido. A partir disso, caberá ao Ministério da Saúde e demais órgãos envolvidos seguir o cronograma apresentado. Serão meses de discussões e atividades até o texto final. 

Do ponto de vista das associações, cabe agora manter a mobilização por uma regulamentação que contemple os direitos dos associados. Regulamentar o cultivo de Cannabis no Brasil deve passar por uma política que reconheça a importância das associações de pacientes que lutam há mais de uma década por saúde e justiça. 

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Associações discutem regulamentação e pressionam governo por mudanças https://apepi.org/associacoes-discutem-regulamentacao-e-pressionam-governo-por-mudancas/ https://apepi.org/associacoes-discutem-regulamentacao-e-pressionam-governo-por-mudancas/#respond Mon, 12 May 2025 20:57:28 +0000 https://apepi.org/?p=33270 A campanha “Repense o Óbvio”, que reúne associações canábicas de todo o país, passou por mais uma etapa crucial. O movimento, que convida a sociedade civil para discutir e pressionar as autoridades por regulamentação das atividades das associações, realizou um encontro em Brasília na última semana.   Durante o seminário, realizado no Memorial Darcy Ribeiro […]

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A campanha “Repense o Óbvio”, que reúne associações canábicas de todo o país, passou por mais uma etapa crucial. O movimento, que convida a sociedade civil para discutir e pressionar as autoridades por regulamentação das atividades das associações, realizou um encontro em Brasília na última semana.  

Durante o seminário, realizado no Memorial Darcy Ribeiro (Beijódromo), no Campus Darcy Ribeiro, da Universidade de Brasília (UnB), representantes das associações e especialistas puderam expor os principais pontos, desafios e possibilidades para a regulamentação das associações. 

Ao todo, o evento contou com quatro eixos temáticos: Regulação responsável – Equilíbrio entre segurança e acesso; Carta de Princípios; Sustentabilidade Financeira – Caminhos para Viabilidade Econômica; Modelos Regulatórios Internacionais e Adaptação ao Contexto Brasileiro. 

“Eu acho que é muito importante esse movimento, a união de todas as associações, respeitando as especificidades e diversidades de cada uma delas. E lembrando que tudo isso surge, na maioria disso, pelo amor aos nossos parentes. E é esse amor que a gente traz para essa causa (…) se a gente olhar para trás, a gente está conseguindo avançar. Devagar, mas está conseguindo. Eu acho que quanto mais a gente se une, mais a gente consegue avançar”, destacou Marcos Langenbach, diretor e fundador da APEPI. 

Movimento protocolou carta de intenções por regulamentação no Executivo e Legislativo 

Após as discussões do seminário, os representantes das associações promoveram mais um importante espaço de diálogo. Desta vez, com as entidades públicas. O coletivo protocolou sua carta de intenções nos principais órgãos responsáveis pelo tema. Inicialmente, o movimento dirigiu-se ao Ministério da Saúde e Ministério Agricultura, Pecuária e Abastecimento.  

Além dos órgãos do Executivo Federal, responsáveis por definir diretrizes sobre o tema, houve também a busca por diálogo com o Congresso Nacional. A fim de influenciar a pauta legislativa a repensar o óbvio, o coletivo também protocolou o manifesto na Câmara Federal e no Senado da República. O movimento “Repense o Óbvio” segue recolhendo assinaturas da sociedade civil e já conta com o apoio de mais de 6 mil pessoas. Para assinar o manifesto é só acessar https://repenseoobvio.com.br

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