Giro na APEPI Archives - APEPI https://apepi.org/tag/giro-na-apepi/ Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal Tue, 27 May 2025 17:12:30 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 https://apepi.org/wp-content/uploads/2023/09/cropped-favicon-256px-32x32.png Giro na APEPI Archives - APEPI https://apepi.org/tag/giro-na-apepi/ 32 32 Pesquisa com óleo de Cannabis para pacientes de Alzheimer é aprovada, mas Governo segue sem promover regulamentação https://apepi.org/pesquisa-com-oleo-de-cannabis-para-pacientes-de-alzheimer-e-aprovada-mas-governo-segue-sem-promover-regulamentacao/ https://apepi.org/pesquisa-com-oleo-de-cannabis-para-pacientes-de-alzheimer-e-aprovada-mas-governo-segue-sem-promover-regulamentacao/#respond Fri, 14 Mar 2025 19:12:14 +0000 https://apepi.org/?p=14448 Aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, estudo pioneiro investigará os efeitos da Cannabis no Alzheimer, mas a falta de regulamentação ainda impede acesso seguro ao tratamento.  A Plataforma Brasil aprovou um estudo inovador que analisará os efeitos terapêuticos do óleo de Cannabis em pacientes com Alzheimer. A pesquisa, conduzida pelo professor José Eduardo […]

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Aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, estudo pioneiro investigará os efeitos da Cannabis no Alzheimer, mas a falta de regulamentação ainda impede acesso seguro ao tratamento. 

A Plataforma Brasil aprovou um estudo inovador que analisará os efeitos terapêuticos do óleo de Cannabis em pacientes com Alzheimer. A pesquisa, conduzida pelo professor José Eduardo Martinelli na Faculdade de Medicina de Jundiaí, conta com o apoio da APEPI – Associação de Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal.

Apesar do reconhecimento científico e da aprovação da CONEP – Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, a Anvisa e o Ministério da Saúde mantêm uma postura contraditória. Enquanto autorizam a pesquisa clínica, seguem sem regulamentar os óleos produzidos por associações de pacientes, deixando milhares de pessoas sem acesso legal e acessível ao tratamento.

“É inaceitável que o Estado reconheça o potencial terapêutico da Cannabis ao ponto de aprovar estudos rigorosos sobre sua eficácia, mas, ao mesmo tempo, não viabilize a regulamentação que garantiria o acesso dos pacientes a esses produtos de forma segura e legal”, afirma Margarete Brito, diretora e fundadora da APEPI.

A falta de regulamentação leva diversos médicos a prescreverem produtos importados, significativamente mais caros e menos fiscalizados. Enquanto isso, grandes empresas farmacêuticas já têm seus produtos aprovados e disponíveis no Brasil, criando um cenário de desigualdade no acesso à Cannabis medicinal.

A APEPI reforça seu compromisso com a pesquisa científica e a luta pelo direito dos pacientes, exigindo do governo coerência e urgência na regulamentação dos produtos das associações.

Sobre a APEPI

A APEPI é uma organização sem fins lucrativos que há anos luta pelo direito dos pacientes ao acesso seguro e ético à Cannabis medicinal. Atualmente, atende cerca de 11 mil pacientes, muitos gratuitamente, e possui uma unidade de cultivo com mais de 7 mil plantas de Cannabis no interior do RJ, totalizando aproximadamente 100 funcionários.

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Fazenda APEPI: Reflorestamento e preservação ambiental ao lado da saúde https://apepi.org/fazenda-apepi-reflorestamento-e-preservacao-ambiental-ao-lado-da-saude/ https://apepi.org/fazenda-apepi-reflorestamento-e-preservacao-ambiental-ao-lado-da-saude/#respond Mon, 10 Mar 2025 21:39:22 +0000 https://apepi.org/?p=14415 Há pouco mais de quatro anos, a APEPI obteve a primeira autorização para cultivar maconha para fins medicinais no Brasil. Desde então, para levar saúde a mais de 10 mil associados, é necessário não só investir em maquinários de última geração e em produção de qualidade, mas também em cuidado com o meio ambiente. A […]

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Há pouco mais de quatro anos, a APEPI obteve a primeira autorização para cultivar maconha para fins medicinais no Brasil. Desde então, para levar saúde a mais de 10 mil associados, é necessário não só investir em maquinários de última geração e em produção de qualidade, mas também em cuidado com o meio ambiente. A responsabilidade socioambiental é um dos compromissos da APEPI. Além do plantio agroecológico de Cannabis, a Fazenda Sofia Langenbach é pautada pelo compromisso com a recuperação da biodiversidade local. E uma dessas atividades é o reflorestamento da área, com espécies nativas da mata atlântica.

Os frutos do reflorestamento em Paty do Alferes 

Desde o início das atividades na fazenda, a APEPI já plantou mais de 2.300 árvores nativas. E as primeiras mudas cultivadas em 2021 já se tornaram frondosas árvores. É o caso de um dos guapuruvus, plantado em setembro daquele ano, e que hoje exibe seu longilíneo tronco. O crescimento das áreas de reflorestamento demonstra o sucesso da recuperação da biodiversidade local. 

Outros exemplos de espécies plantadas são o angico, jacarandá e pau-ferro. Essas espécies endêmicas ajudam a recuperar e recompor o solo, além de trazer maior harmonia ao ecossistema. Assim, a iniciativa não apenas promove a recuperação ambiental, mas também ajuda no processo de produção mais sustentável. 

Isso ocorre porque a vegetação do entorno ajuda a manter saudável o solo para o plantio da Cannabis. Ajudam também a harmonizar o clima e melhoram a relação do ambiente com as aves locais. A vegetação nativa forma também uma barreira biológica que impede o avanço de espécies invasoras. 

O reflorestamento da área da Fazenda é uma parte das ações de sustentabilidade da APEPI. Toda a produção da Cannabis segue os modelos da agroecologia, com produção orgânica. Todo o material orgânico da produção da maconha é reutilizado como adubo, refazendo o ciclo da natureza. Além disso, a Fazenda também conta com estação de energia solar, tratamento de esgoto e horta orgânica para consumo interno. São ações sustentáveis que garantem não apenas a saúde dos associados, como também a do planeta. 

Cannabis pode ajudar o clima do planeta? 

O principal desafio dos tempos atuais é reduzir os impactos ambientais das atividades humanas. Os últimos anos têm registrado o aumento alarmante das temperaturas globais. E os impactos sobre a biodiversidade ameaçam a sobrevivência de diversas espécies, inclusive a humana. Neste sentido, a plantação de maconha pode ajudar a recuperação ambiental.  

Um dos primeiros impactos positivos é a respeito da retirada de carbono da atmosfera. Esse gás é considerado um dos principais responsáveis pelo efeito-estufa. De acordo com o Hudson Carbon (EUA), a planta é uma das culturas com maior potencial para sequestro de carbono. Ao analisar o potencial do cânhamo, espécie de Cannabis com baixo teor de THC (tetrahidrocanabinol), a entidade concluiu que a ele possui duas vezes mais capacidade de retirar dióxido de carbono (CO2) da atmosfera do que outros vegetais de mesmo porte. 

De acordo com a Hudson Carbon, um acre de cânhamo pode potencialmente remover até 11 toneladas de CO2 da atmosfera. Além de melhorar a qualidade do ar e ajudar o controle da temperatura, a maconha ajuda a recuperar o solo. Isto porque a planta possui sistema radicular profundo, o que fortalece o terreno e permite o manejo de outras culturas. Além disso, a Cannabis não necessita de pesticidas para crescer e florescer, o que favorece o manejo orgânico de outras espécies. 

Além de dar origem a remédios à base de CBD (canabidiol), o cânhamo também serve para diversos fins. O cânhamo industrial pode dar origem a tecidos, materiais de construção, entre outros. Seu uso oferece menor impacto ambiental do que os insumos tradicionais, como o algodão na indústria têxtil e o cimento ou outros materiais na construção civil. A produção à base de cânhamo pode até atingir emissão zero de carbono.

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APEPI lança novo Curso de Prescrição Medicinal de Cannabis com novidades exclusivas  https://apepi.org/apepi-lanca-novo-curso-de-prescricao-medicinal-de-cannabis/ https://apepi.org/apepi-lanca-novo-curso-de-prescricao-medicinal-de-cannabis/#respond Mon, 10 Feb 2025 17:27:03 +0000 https://apepi.org/?p=14027 A medicina endocanabinoide é uma das áreas de estudo mais inovadoras das últimas décadas. São diversas as patologias que podem ser tratadas com o uso dos canabinoides. No entanto, esta área ainda não faz parte das principais formações médicas do país. Para difundir o conhecimento e a divulgação científica, a APEPI promove mais uma edição […]

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A medicina endocanabinoide é uma das áreas de estudo mais inovadoras das últimas décadas. São diversas as patologias que podem ser tratadas com o uso dos canabinoides. No entanto, esta área ainda não faz parte das principais formações médicas do país. Para difundir o conhecimento e a divulgação científica, a APEPI promove mais uma edição do curso “Prescrição Medicinal de Cannabis”. 

Em sua nona edição, o curso abordará os principais aspectos sobre este ramo da medicina. Ao todo serão oito módulos, com metodologia 100% baseada em evidências científicas e na experiência clínica de especialistas. A formação aborda a medicina endocanabinoide de modo holístico. Desde o contexto histórico e legal da Cannabis até a prática ambulatorial e discussão de casos clínicos.

O que há de novo no Curso de Prescrição Medicinal de Cannabis?

Para a 9ª edição, o curso foi inteiramente atualizado e ampliado. E desta vez contará com dois módulos de prática ambulatorial. Esta etapa unirá teoria e prática, ensinando os alunos a realizar anamnese, definir dosagens e orientar pacientes. Os casos reais serão discutidos de modo coletivo para aprofundamento da prática. A prática ambulatorial de Cannabis medicinal é uma exclusividade da metodologia da APEPI. Outra novidade é aula bônus sobre o potencial terapêutico dos psicodélicos na saúde mental. 

Todas as videoaulas do curso ficarão disponíveis durante 1 ano. Os módulos contam também com aulas ao vivo, com espaço interativo no site. Mais um diferencial oferecido pela APEPI no curso “Prescrição Medicinal de Cannabis” é a visita à maior fazenda de maconha medicinal do Brasil. Durante a visita técnica na Fazenda Sofia Langenbach, os alunos conhecerão todas as etapas da produção dos óleos. Desde o cultivo agroecológico, livre de agrotóxicos, até o beneficiamento no Centro Avançado de Cultivo e Secagem (CACS) e a extração com maquinários de última geração, como o Rotaevaporador. 

As aulas da 9ª Edição curso “Prescrição Medicinal de Cannabis” começam em 15 de abril. As vendas já estão abertas e as vagas são limitadas e você já pode garantir a sua. Acessando o site você encontra todas as principais informações a respeito do curso. 

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Meio Ambiente e Cannabis: Conferência discute os benefícios da Maconha para a preservação ambiental  https://apepi.org/meio-ambiente-e-cannabis/ https://apepi.org/meio-ambiente-e-cannabis/#respond Thu, 30 Jan 2025 21:18:46 +0000 https://apepi.org/?p=13630 Na última semana aconteceu a 1ª Conferência Livre Nacional do Meio Ambiente, com o tema “Cannabis sativa e clima: diálogos para um futuro sustentável, promovido pela Sociedade Brasileira de Estudos da Cannabis – SEBC. Ao longo de cinco dias, o evento reuniu pesquisadores, ativistas e especialistas das mais diversas áreas. Os eixos temáticos debatidos foram mitigação […]

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Na última semana aconteceu a 1ª Conferência Livre Nacional do Meio Ambiente, com o tema “Cannabis sativa e clima: diálogos para um futuro sustentável, promovido pela Sociedade Brasileira de Estudos da Cannabis – SEBC. Ao longo de cinco dias, o evento reuniu pesquisadores, ativistas e especialistas das mais diversas áreas. Os eixos temáticos debatidos foram mitigação de danos, adaptação a desastres, transformação ecológica, justiça climática e educação ambiental. 

A APEPI esteve entre as entidades que apoiaram o evento, construído por diversos setores da sociedade civil. Ao todo, foram mais mil entidades e pessoas participantes e proponentes. As discussões deram origem a um documento com propostas e estratégias de enfrentamento às mudanças climáticas. Ele fará parte das discussões do 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, que ocorrerá em maio de 2025.

Cannabis pode ajudar no enfrentamento às mudanças climáticas 

O principal desafio dos tempos atuais é amenizar os impactos ambientais das atividades humanas. Os últimos anos têm registrado o aumento alarmante das temperaturas globais. E os impactos sobre a biodiversidade ameaçam a sobrevivência de diversas espécies, inclusive a humana. Neste sentido, a plantação de maconha pode ajudar a recuperação ambiental. 

Um dos primeiros impactos positivos é a respeito da retirada de carbono da atmosfera. Este gás é considerado um dos principais responsáveis pelo efeito-estufa. De acordo com o Hudson Carbon (EUA), a planta é uma das culturas com maior potencial para sequestro de carbono. Ao analisar o potencial do cânhamo, espécie de Cannabis com baixo teor de THC (tetrahidrocanabinol), a entidade concluiu que a ele possui duas vezes mais capacidade de retirar dióxido de carbono (CO2) da atmosfera do que outros vegetais de mesmo porte. 

De acordo com a Hudson Carbon, um acre de cânhamo pode potencialmente remover até 11 toneladas de CO2 da atmosfera. Além de melhorar a qualidade do ar e ajudar o controle da temperatura, a maconha ajuda a recuperar o solo. Isto porque a planta possui sistema radicular profundo, o que fortalece o terreno e permite o manejo de outras culturas. Além disso, a Cannabis não necessita de pesticidas para crescer e florescer, o que favorece o manejo orgânico de outras espécies. 

Além de dar origem a remédios à base de CBD (canabidiol), o cânhamo pode ser utilizado para diversos fins. O cânhamo industrial pode dar origem a tecidos, materiais de construção, entre outros. Seu uso oferece menor impacto ambiental do que os insumos tradicionais, como o algodão na indústria têxtil e o cimento ou outros materiais na construção civil. A produção à base de cânhamo pode até atingir emissão zero de carbono.

Por um futuro verde 

Além dos diversos benefícios da Cannabis para a saúde, ela é uma amiga da natureza. A planta representa uma ponte entre o presente e um futuro mais sustentável. Por sua capacidade de regenerar ecossistemas e melhorar o ar, ela pode nos ajudar a ter um futuro melhor. Para isso, o modelo de cultivo precisa ser como o das associações, que respeitam o meio ambiente e a biodiversidade local no plantio da Cannabis. Construir um futuro verde passa pela construção da sociedade impondo governos a repensar os modelos de produção. Só com união e inovação será possível reverter os danos que causamos ao planeta. 

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Donald Trump e Maconha: O que pode mudar no universo da Cannabis?  https://apepi.org/donald-trump-e-maconha-o-que-pode-mudar-no-universo-da-cannabis/ https://apepi.org/donald-trump-e-maconha-o-que-pode-mudar-no-universo-da-cannabis/#respond Wed, 22 Jan 2025 22:13:39 +0000 https://apepi.org/?p=13540 Nesta semana, Donald Trump tomou posse como presidente dos Estados Unidos da América. O empresário retorna à Casa Branca em um mandato previsto para durar até o início de 2029. Neste cenário, cabe refletir sobre o posicionamento de Donald Trump sobre maconha e o que pode mudar em relação à Cannabis medicinal e política de drogas em […]

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Nesta semana, Donald Trump tomou posse como presidente dos Estados Unidos da América. O empresário retorna à Casa Branca em um mandato previsto para durar até o início de 2029. Neste cenário, cabe refletir sobre o posicionamento de Donald Trump sobre maconha e o que pode mudar em relação à Cannabis medicinal e política de drogas em âmbito local e global.  

Representante da ala mais reacionária do Partido Republicano, Trump já tomou uma série de medidas que reduzem direitos , como o o fim do direito constitucional de cidadania automática aos nascidos nos EUA, a saída do país da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do acordo climático de Paris. Há também a promessa de retrocessos em outros direitos sociais e civis, além do ataque à soberania de outras nações. Buscamos então responder as principais questões que surgem no momento em relação à maconha. Confira: 

O que Donald Trump diz sobre maconha? 

O posicionamento de Trump sobre a Cannabis é repleto de controvérsias. Em seu primeiro mandato, uma das principais medidas do político foi dar fim ao chamado Memorando Cole. O documento era uma recomendação da era Obama para que o Departamento de Justiça não aplicaria a proibição federal da maconha em estados que promulgassem leis legalizando a planta. Isto porque dentro do ordenamento jurídico do país, cabe a cada estado definir seu código penal. 

Do mesmo modo, no primeiro governo de Trump houve a ameaça até em relação ao uso medicinal. Embora em sua primeira campanha o empresário tenha defendido o tema, representantes do governo demonstraram posicionamentos favoráveis a restrições. Jeff Sessions, então procurador-geral, chegou a solicitar fundos ao Congresso para processar estados por suas leis favoráveis a maconha medicinal.  

O cenário chegou a representar uma ameaça ao setor estabelecido de produção de cânhamo e indústria da Cannabis. No entanto, o republicano foi o responsável por assinar a Lei de Melhoria Agrícola, em 2018. Um dos pontos desta legislação foi a remoção do cânhamo da lista de espécies proibidas. Além do uso do industrial para a produção de diversos produtos, como papel e tecido, o cânhamo também possui aplicações medicinais. Isto porque algumas variações possuem boas concentrações de canabidiol (CBD), o canabinoide mais utilizado para fins terapêuticos. O cânhamo, também chamado de cânhamo industrial, apresenta pequenas concentrações de tetrahidrocanabinol (THC). 

O que esperar para o novo mandato de Trump? 

Donald Trump retorna ao governo em um momento crucial para o debate sobre maconha nos EUA e no mundo. No ano passado, o então presidente Joe Biden declarou ter planos de retirar a Cannabis da lista de substâncias perigosas (Lista I) e incluí-la na lista de substâncias com potencial terapêutico (Lista III) da Lei de Substâncias Controladas (CSA, na sigla em inglês).  

A mudança de classificação permitiria a ampliação do uso medicinal no país, além de abrir novas possibilidades de negócios. No entanto, a ação segue parada e dependerá do novo mandatário. É difícil prever qualquer tipo de decisão. Do mesmo modo, analisar os indicados de Trump para os cargos mais importantes sobre o tema mantém a incerteza. 

Harmeet Dhillon, escolhida para assumir o cargo de procuradora-geral assistente para direitos civis no Departamento de Justiça é abertamente crítica à maconha. A advogada já expressou diversas opiniões contrárias baseadas em preconceitos, como dizer que a maconha é a “porta de entrada” para outras drogas. Outra importante indicação foi a de Marty Makary para chefiar o FDA, departamento que regula questões de alimentos e drogas. O médico é um negacionista em relação à maconha medicinal. 

Em contrapartida, o presidente escolheu Robert F. Kennedy Jr. para o Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, em inglês). O político defende o fim da proibição da maconha e a legalização da Cannabis e de psicodélicos para fins terapêuticos. O órgão chefiado por Robert é responsável por supervisionar o FDA. 

Trump fará uma nova guerra às drogas? 

Durante o primeiro dia de governo, Trump assinou uma ordem executiva autorizando agências a atuarem dentro e fora do território estadunidense para desmantelar organizações criminosas. O texto fala em organizações civis, no entanto, especialistas alertam para o risco de invasões militares. Isto porque outro documento assinado por Trump após a posse abre a possibilidade de uso militar na defesa da integridade. Este documento cita a entrada de opioides como uma ameaça à soberania e estabelece que as forças armadas tenham como prioridade a defesa nacional. 

O termo guerra às drogas surgiu na década de 1970 quando Richard Nixon iniciou o processo global de criminalização de diversas substâncias e caça a seus usuários. Recentemente o NY Times revelou gravações que demostraram que Nixon considerava que a maconha não era “particularmente perigosa”.

O que muda no Brasil com Trump? 

Atualmente vivemos questões distintas sobre a Cannabis no Brasil. No último ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que portar maconha não é crime. Igualmente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou o cultivo de cânhamo, matéria que aguarda regulamentação dos órgãos competentes. Por outro lado, tramita no Congresso a PEC das Drogas, que visa criminalizar o porte de drogas em qualquer quantidade. Neste sentido, as mudanças no panorama político global podem fazer o pêndulo ir mais para um lado ou outro. 

Outro ponto é entender que as medidas protecionistas de Donald Trump podem impactar diretamente a maconha medicinal e questões econômicas. Isto porque, ao aumentar barreiras alfandegárias, taxas de juros e valorizar o dólar no mercado global, o governo poderá impactar diretamente a vida de milhares de pacientes. Uma significativa parte dos pacientes de Cannabis medicinal faz uso de medicamentos importados, que poderão ficar mais caros nos próximos anos. 

As incertezas geradas pela posse de Trump só reforçam a importância das associações de pacientes de maconha no Brasil. Plantar maconha, produzir óleos a preço justo com qualidade comprovada é o melhor caminho para garantir o direito dos pacientes. Cabe aos órgãos públicos garantirem a soberania brasileira e os interesses nacionais. Para isso, precisamos superar os absurdos do proibicionismo, regulamentando o plantio, a produção, além do uso adulto da maconha.

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Canabinol (CBN): Conheça os benefícios deste canabinoide https://apepi.org/canabinol-conheca-os-beneficios-do-cbn/ https://apepi.org/canabinol-conheca-os-beneficios-do-cbn/#respond Fri, 17 Jan 2025 20:36:03 +0000 https://apepi.org/?p=13533 A Cannabis oferece um universo de possibilidades para a medicina. O uso dos canabinoides pode ser uma forma efetiva de tratamento para diversas patologias. Por isso, a medicina endocanabinoide não para de crescer e buscar novas aplicações. Além dos componentes mais famosos, outros vêm sendo estudados e podem ser importantes alternativas. Este é o caso do […]

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A Cannabis oferece um universo de possibilidades para a medicina. O uso dos canabinoides pode ser uma forma efetiva de tratamento para diversas patologias. Por isso, a medicina endocanabinoide não para de crescer e buscar novas aplicações. Além dos componentes mais famosos, outros vêm sendo estudados e podem ser importantes alternativas. Este é o caso do canabinol (CBN). Venha conhecer um pouco mais deste canabinoide e suas possibilidades de uso. 

Para conhecermos o canabinol, precisamos passar pelos caminhos da maconha medicinal. Entre os fitocanabinoides, os mais utilizados pela medicina têm sido o canabidiol (CBD), o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabigerol (CBG). Estas substâncias possuem estudos mais robustos que comprovam a eficácia no uso. No entanto, muitos outros componentes da possuem aplicação terapêuticas. Assim, o CBN é um desses canabinoides que podem melhorar ou ampliar tratamentos.  

Além disso, precisamos entender o sistema endocanabinoide. Em resumo, possuímos estruturas celulares conhecidas como receptores CB1 e CB2, distribuídas por todo o corpo. Quando ingeridos, os canabinoides se conectam a estes receptores e ajudam a regular diversas reações metabólicas. Isto ocorre devido a semelhança entre os compostos da planta e diversas moléculas produzidas pelo organismo, como os hormônios. Sabendo isso, podemos compreender melhor o CBN. 

Qual é a origem do canabinol? 

O CBN surge através da maturação do THC, em virtude do contato com o oxigênio. Outro caminho para o surgimento do CBN é o aquecimento do THC em altas temperaturas. Assim, o canabinol é mais comumente encontrado em plantas mais velhas. Sua concentração, no entanto, costuma ser menor do que 1% entre todos os quimiotipos da Cannabis

Apesar de ser derivado do THC, o CBN não possui os mesmos efeitos psicoativos. O mesmo fenômeno ocorre com o THCV (tetrahidrocanabivarina), que se assemelha muito ao THC em estrutura molecular, e com o CBG, que possui aplicações similares ao THC. 

Quais as possíveis aplicações do Canabinol (CBN)? 

Estudos sugerem que a principal aplicação do canabinol está no auxílio natural para o sono, por ser capaz de induzir o estado de relaxamento.  Este mesmo tipo de ação é o que permite ao CBN ser uma opção como analgésico. O uso potencial do canabinol está em seu efeito anti-inflamatório.  

No sistema endocanabinoide, o CBN possui afinidade tanto com os receptores CB1 quanto com os receptores CB2. Semelhantemente a outros canabinoides, o CBN interage com o CB2 e ajuda a liberação de citocinas anti-inflamatórias. Pode, portanto, ser uma importante alternativa para o tratamento de dores crônicas, como nas artrites e artroses, que envolvem a inflamações locais. Do mesmo modo, pode também uma alternativa para atletas, no alívio de dores e no tratamento de lesões. 

Outro importante efeito do CBN está na neuroproteção. Um estudo com modelos animais demonstrou que o canabinol foi capaz de postergar significativamente os avanços da esclerose lateral amiotrófica (ELA). Desta forma, novos estudos são necessários para demonstrar esta e outras possibilidades de uso do CBN no tratamento de doenças neurodegenerativas. 

Mais uma possibilidade de uso do CBN é na redução da pressão intraocular. Estudos sugerem indicam o potencial terapêutico deste canabinoide para o tratamento do glaucoma. Ele pode ser também uma alternativa para pacientes que não possam fazer uso do THC. 

A importância da Maconha Medicinal

O uso da maconha na medicina é uma realidade que beneficia um incontável número de pacientes. Até aqui a ciência foi capaz de descobrir diversas possibilidades para o uso da planta. Novos estudos são necessários para comprovarmos novas aplicações terapêuticas e levar saúde e bem-estar para as pessoas. 

Investir em pesquisas sobre Cannabis é um dos compromissos da APEPI. Atuamos ao lado de importantes instituições de pesquisa e universidades, como Fiocruz e CIATox-Unicamp para buscar avanços na maconha medicinal e desenvolver opções de tratamento com preços acessíveis e justo, que possam garantir o direito à saúde.

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Tudo sobre o TCM: Conheça a base dos óleos da APEPI  https://apepi.org/tudo-sobre-o-tcm-conheca-a-base-dos-oleos-da-apepi/ https://apepi.org/tudo-sobre-o-tcm-conheca-a-base-dos-oleos-da-apepi/#respond Wed, 08 Jan 2025 20:12:17 +0000 https://apepi.org/?p=13387 No último ano, a APEPI – Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal passou a utilizar o TCM (triglicerídeos de cadeia média) como base para os óleos produzidos para os associados. A APEPI é a primeira a utilizar a Cannabis com TCM no Brasil. Esta é a base adotada como padrão de mercados internacionais mais […]

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No último ano, a APEPI – Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal passou a utilizar o TCM (triglicerídeos de cadeia média) como base para os óleos produzidos para os associados. A APEPI é a primeira a utilizar a Cannabis com TCM no Brasil. Esta é a base adotada como padrão de mercados internacionais mais desenvolvidos, como Estados Unidos, Uruguai e Europa. Mas você sabe o que é o TCM? Separamos aqui as perguntas e respostas mais frequentes sobre o tema. Confira tudo sobre o TCM aqui: 
 

O que é o TCM? 

TCM é a sigla para triglicerídeos de cadeia média. Ele é composto por uma combinação de óleos vegetais naturais derivados, principalmente, do óleo de coco. O nome se dá em função da estrutura molecular deste tipo de ácidos graxos.

De onde e como é extraído o TCM? 

A extração do óleo TCM é feita de espécies vegetais específicas. A mais comum delas é o coco. Outra espécie utilizada é a semente da palma (ou figo da índia), conhecido como óleo de palmiste.  

Além da extração, há um longo processo de depuração dos óleos. Primeiro, o TCM é separado de outros ácidos graxos, com base no comprimento da cadeia e no ponto de fusão. Logo depois, passa por um processo de esterilização e purificação. É neste processo em que o óleo adquire a coloração branca e o odor neutro.  

A etapa final da produção do TCM são os testes que garantam os padrões de pureza, estabilidade, ausência de contaminantes e a composição exata de ácidos graxos.

Quantas calorias tem o TCM? 

Em termos gerais 1g de TCM contém 9 kcal (calorias). Esta medida equivale a 1g de qualquer tipo de óleo, compostos majoritariamente por lipídios (gordura).  

A utilização do seu óleo de Cannabis com TCM depende da dose prescrita pelo médico.  Em geral, as gotas dos óleos de Cannabis não apresentam quantidades significativas de calorias.

O TCM contém carboidratos, açúcar ou fibras? 

O TCM não possui açúcar ou outros carboidratos em sua composição. A mesma questão vale para outros macronutrientes, como proteínas e fibras.

O TCM pode ser aliado de uma vida mais saudável? 

O TCM é uma boa opção do ponto de vista nutricional. Embora o TCM forneça o mesmo número de calorias que outros óleos, eles são absorvidos pelo corpo de maneira mais eficiente.  

Isto se dá devido ao tamanho da sua cadeia carbônica. Assim, eles são rapidamente disponibilizados em moléculas de energia, o que pode resultar em uma sensação de disposição e com menos tendência ao acúmulo de gorduras em comparação a outros tipos de óleo. 

Essa característica faz com que o TCM seja uma boa alternativa para dietas de baixo carboidratos, como a dieta cetogênica. Além disso, o TCM pode ajudar na absorção de vitaminas lipossolúveis, como as vitaminas A, D, E e K, quando consumido com outros alimentos.

Além dos valores nutricionais, a base TCM conserva ainda mais os compostos da Cannabis, como os canabinoides e terpenos, por ser menos propensa à oxidação e reações indesejadas. E você, já sabia tudo isso sobre o TCM? Para saber mais sobre a Cannabis com TCM, clique aqui e confira nossa página especial. 

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Retrospectiva 2024: O universo da Cannabis neste ano  https://apepi.org/retrospectiva-2024-o-universo-da-cannabis-neste-ano/ https://apepi.org/retrospectiva-2024-o-universo-da-cannabis-neste-ano/#respond Fri, 27 Dec 2024 21:47:29 +0000 https://apepi.org/?p=13043 Quando pensamos nos grandes acontecimentos relativos à Cannabis neste ano, um dos principais fatos que vem à mente foi a decisão do STF de descriminalizar o porte de maconha. No entanto, 2024 também marcou outras transformações do ponto de vista jurídico. Alguns avanços, porém, algumas ameaças. Também foi um ano de transformações em outros segmentos, […]

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Quando pensamos nos grandes acontecimentos relativos à Cannabis neste ano, um dos principais fatos que vem à mente foi a decisão do STF de descriminalizar o porte de maconha. No entanto, 2024 também marcou outras transformações do ponto de vista jurídico. Alguns avanços, porém, algumas ameaças. Também foi um ano de transformações em outros segmentos, como no uso medicinal. Preparamos uma retrospectiva 2024 para você relembrar tudo o que rolou no universo da Cannabis neste ano. Confira: 

Portar maconha não é crime e outras mudanças legais 

Em junho, o Supremo Tribunal Federal finalizou uma saga que durou mais de uma década. A corte concluiu o julgamento do Recurso Extraordinário 635.659, decidindo descriminalizar o porte da maconha. Na decisão, os Magistrados definiram que portar até 40g ou seis plantas fêmeas é o quantitativo que permite considerar alguém como usuário. 

Já no segundo semestre, Superior Tribunal de Justiça – STJ aprovou a legalidade da importação de sementes e do cultivo de variedades de Cannabis por pessoas jurídicas para fins medicinais, farmacêuticos ou industriais, desde que possuam baixo teor de tetrahidrocanabinol (THC). A APEPI esteve presente na votação, por meio de Margarete Brito, diretora e fundadora da Associação. 

Na sentença, a Corte definiu que a Anvisa e os demais órgãos do Poder Executivo teriam até seis meses para regulamentar a matéria. Contudo, a Advocacia-Geral da União – AGU apresentou recurso pedindo a extensão do prazo para 1 ano. O órgão alega que o prazo maior seria crucial em virtude da complexidade do assunto. Enquanto o assunto tramita no ritmo da burocracia brasileira, milhões de interessados precisam de uma solução. A esperança é que a regulamentação venha mesmo no próximo ano. 

Maconha em SP e mudanças no Anvisa 

Neste ano o Governo do estado de São Paulo começou a fornecer produtos à base de Cannabis pelo SUS. A lei já havia sido aprovada no início do ano passado e regulamentada em dezembro. Para ter direito ao medicamento, os pacientes precisam de indicação médica para tratar síndromes raras ou distúrbios neurológicos, além de passar por acompanhamentos periódicos. 

Na reta final do ano, a Anvisa decidiu incluir flor de Cannabis na próxima edição da Farmacopeia Brasileira. Este documento é o código oficial que serve como guia farmacêutico para a produção de medicamentos no Brasil. Sendo assim, as flores se destinam à produção de fármacos e não para consumo próprio. 

Na contramão dos avanços, a Anvisa editou a Nota Técnica nº 51/2024, que reforçou a proibição da importação de flores de Cannabis por pessoa física, para uso próprio, mediante prescrição de profissional legalmente habilitado, bem como de extratos da planta. Enquanto demora a regulamentar e legitimar o cultivo das associações canábicas, o órgão também restringe questões de acesso aos pacientes. 

Crescimento da Cannabis Medicinal no país 

O uso da maconha para fins medicinais tem crescido com o passar dos anos. Isto se deve ao avanço da medicina endocanabinoide e da divulgação científica. Estudos sugerem que neste ano o Brasil atingiu um total de 672 mil pacientes de Cannabis. Este número representa um aumento de 56% em relação ao ano anterior. 

Cerca de 147 mil destes pacientes são membros das associações canábicas. Estas associações garantem produtos de qualidade a um preço justo. Atualmente a APEPI celebra a marca de 10 mil associados ativos. 

2025 promete ser um ano ainda mais importante. Para ficar por dentro de todas as novidades do universo da Cannabis no próximo ano, acompanhe nossas redes e nos ajude a construir um próximo ano ainda melhor. 

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Retrospectiva 2024: Um ano de avanços e vitórias  https://apepi.org/retrospectiva-2024-um-ano-de-avancos-e-vitorias/ https://apepi.org/retrospectiva-2024-um-ano-de-avancos-e-vitorias/#respond Fri, 27 Dec 2024 17:23:48 +0000 https://apepi.org/?p=12903 O ano de 2024 foi de muitos desafios, avanços e retrocessos no universo da Cannabis. O ano também marcou a consolidação do trabalho da APEPI, que completou sua primeira década de atuação. Atingimos neste ano também a histórica marca de 10.000 associados ativos, com mais de 50 mil frascos de óleos dispensados no ano. Isto […]

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O ano de 2024 foi de muitos desafios, avanços e retrocessos no universo da Cannabis. O ano também marcou a consolidação do trabalho da APEPI, que completou sua primeira década de atuação. Atingimos neste ano também a histórica marca de 10.000 associados ativos, com mais de 50 mil frascos de óleos dispensados no ano. Isto foi o resultado de um longo processo de fortalecimento, que continuará no próximo ano. Passando o ano à limpo, separamos alguns dos principais momentos da APEPI neste ano para você relembrar conosco. Confira nossa retrospectiva 2024: 

Superando desafios e semeando inovação 

O pioneirismo é uma marca da APEPI. Quando a Associação decidiu plantar Cannabis no Brasil para garantir tratamento acessível para mais pessoas, um dos muitos desafios foi aclimatar plantas. Adequá-las ao solo e ao clima nacional. Com poucos anos, a Fazenda Sofia Langenbach consolidou-se como a maior plantação de Cannabis medicinal do país. 

Se no ano passado o desafio foi desenvolver o CBG, um quimiotipo rico em canabigerol, neste 2024 lançamos o MIX. O novo óleo combina as propriedades do CBG com um outro potente canabinoide, o canabidiol (CBD). Outra novidade foi o lançamento do Schanti 1000, uma nova versão do Schanti, um óleo balanceado em CBD e THC (tetrahidrocanabinol).  

Para completar as novidades, veio a base TCM. O veículo passou a ser utilizado nos óleos da APEPI, seguindo o padrão internacional para produtos com Cannabis. Para o próximo ano, teremos outros lançamentos. Quer um spoiler? Confira o episódio do podcast “Não É Sobre Maconha” com a equipe farmacêutica da APEPI. A primeira temporada do podcast foi outro lançamento deste ano. 

APEPI na luta – do ativismo à arte 

Um importante pilar para a APEPI é a busca por direitos. Na batalha contra o proibicionismo, estivemos na Marcha da Maconha do Rio de Janeiro, para lembrar que saúde é direito de todos. Garantir tratamento digno passa diretamente por superar o preconceito e a guerra às drogas. 

Também estivemos presentes na Expo Cannabis, um importante evento que reúne diversos empreendimentos do setor. O espaço serviu para a troca de boas práticas socioambientais, além de fortalecer o antiproibicionismo. E nesta busca, um grande aliado é a arte. 

O Planet Hemp esteve na Fazenda APEPI para gravar o videoclipe da canção “Jardineiro”. Falando em mídia, foi neste ano também que recebemos o Globo Repórter, da TV Globo, para conhecer a Fazenda e debater sobre os benefícios da maconha para a saúde. 

Casa nova, estrutura renovada 

Foi neste 2024 que a APEPI inaugurou seu novo lar. A sede da Associação agora fica em uma acolhedora casa no bairro de Botafogo. Além de abrigar as atividades administrativas, a Casa APEPI também oferece um espaço para cursos, workshops e eventos em geral. 

É o caso dos cursos de uso medicinal da Cannabis, realizados pela APEPI Escola, que contaram com os módulos presenciais já na nova sede. Também neste ano houve o lançamento do curso voltado para profissionais de saúde, uma formação que amplia horizontes para as mais variadas áreas do conhecimento relacionadas com a saúde. 

E se na Sede Administrativa muita coisa mudou, na Fazenda APEPI também houve melhorias. Já no início do ano foi inaugurado o CACS, o Centro Avançado de Cultivo e Secagem. Este espaço segue rigoroso padrões sanitários e garante o controle de qualidade em todas as etapas do cultivo. 

Pesquisa para fazer ainda melhor 

2024 marcou um importante ano para as pesquisas com Cannabis. Foram registrados mais de 3 mil artigos sobre o tema no PubMed. Contribuindo para expandir a fronteira do conhecimento, a equipe farmacêutica da APEPI, liderada pela farmacêutica Claudete Oliveira, publicou artigo em renomada revista internacional.  

Também neste ano foi firmado mais um acordo entre a APEPI e uma instituição de pesquisa, a Universidade Federal de Viçosa. O foco da parceria são as pesquisas para o controle biológico de pragas. Os resultados serão de grande utilidade para a agricultura nacional. Com esta parceria, chegamos à marca de 35 universidades e centros de pesquisa parceiros da APEPI. São instituições como a Unicamp, que certifica os óleos produzidos pela Associação e a Fundação Oswaldo Cruz – FioCruz.  

Nesta retrospectiva 2024 vimos que o foi um ano tão importante. E 2025 tem tudo para avançarmos mais. Muita novidade virá, sempre tendo como objetivo melhorar a vida dos associados. Acompanhe nossas redes e nos ajude a construir um próximo ano ainda melhor. 

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THCV: Um canabinoide com novas possibilidades https://apepi.org/thcv-um-canabinoide-com-novas-possibilidades/ https://apepi.org/thcv-um-canabinoide-com-novas-possibilidades/#respond Fri, 13 Dec 2024 19:20:00 +0000 https://apepi.org/?p=14054 O THCV (Tetrahidrocanabivarina) é um dos fitocanabinoides que estão oferecendo novas possibilidades terapêuticos. Os seus benefícios envolvem efeitos ansiolíticos, anticonvulsivantes e de neuroproteção. Outros benefícios vêm sendo comprovados, como em relação a tratamentos de quadros de obesidade e diabetes.  Para você conhecer melhor o THCV, separamos aqui as principais informações sobre este canabinoide. Confira: A […]

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O THCV (Tetrahidrocanabivarina) é um dos fitocanabinoides que estão oferecendo novas possibilidades terapêuticos. Os seus benefícios envolvem efeitos ansiolíticos, anticonvulsivantes e de neuroproteção. Outros benefícios vêm sendo comprovados, como em relação a tratamentos de quadros de obesidade e diabetes. 

Para você conhecer melhor o THCV, separamos aqui as principais informações sobre este canabinoide. Confira:

A origem do THCV 

O THCV é mais um dos muitos canabinoides que surgem no processo de maturação da planta. Ele aparece a partir da descarboxilação em altas temperaturas do Ácido Tetrahidrocanabivarínico (THCVA). Embora os efeitos do tetrahidrocanabivarina venham sendo tratados como uma recente descoberta da medicina endocanabinoide, os primeiros estudos sobre este composto são de 1942.  

Ao contrário dos compostos mais comuns, como o CBD (canabidiol) e o THC (tetrahidrocanabidiol), o tetrahidrocanabivarina é encontrado em menores proporções na Cannabis. Comumente sua concentração está em torno de 0,2%. Desta forma, a extração deste canabinoide requer técnicas que preservem sua integridade.

THCV ou THC?

O THCV e o THC são homólogos. Isto significa que eles possuem estruturas moleculares semelhantes. No entanto, do ponto de vista químico, o tetrahidrocanabivarina tem uma cadeia de hidrocarbonetos ligeiramente mais curta em comparação com THC. Embora possam compartilhar algumas propriedades, os efeitos dos dois no corpo variam significativamente. 

Primeiramente, um está na psicoatividade. Enquanto o THC possui efeitos psicoativos, o tetrahidrocanabivarina não apresenta a capacidade de deixar “chapado” em baixas concentrações. O THCV pode inclusive ser utilizado para equilibrar os efeitos do THC. Outro efeito que pode ser observado é em relação ao apetite. Conforme veremos, o tetrahidrocanabivarina possui potencial para o controle da fome, enquanto o THC é utilizado conhecido pelo efeito “larica”. Ainda assim, ambos podem apresentar aplicações semelhantes por seus efeitos analgésicos e como neuroprotetor.

Como o THCV age no corpo?

Como sabemos, o corpo humano possui um conjunto de receptores chamado de sistema endocanabinoide. Este sistema pode ser dividido em CB1 e CB2. O THCV possui maior afinidade com os receptores CB1, encontrados principalmente no cérebro e sistema nervoso central. E regulam funções como a coordenação, memória, humor e percepção da dor.

Assim, o tetrahidrocanabivarina atua como um agonista do receptor CB1, causando um aumento na atividade do sistema endocanabinoide. Este processo pode ajudar na modulação de funções desreguladas, como cognição, memória e apetite.

THCV ajuda a emagrecer?

O potencial do THCV mais celebrado até agora tem sido o de ajudar o tratamento da obesidade. Diversos estudos em modelo animal vêm demonstrando o potencial do THCV para o controle do apetite, por meio de sua interação com a leptina, um hormônio que ajuda a regular reações como a fome, gasto energético e peso corporal. 

Em outra direção, pesquisas apontam não para o efeito do THCV na redução do apetite, mas em seu potencial para reduziu a intolerância à glicose e na melhora da tolerância à glicose e sensibilidade à insulina. Estes seriam, portanto, os fatores que auxiliam no emagrecimento.

THCV ajuda no controle do diabetes?

Por seus efeitos já mencionados, o THCV pode ajudar a reduzir os níveis de açúcar no sangue e melhorar outras condições que podem agravar este quadro. Sendo assim, o tetrahidrocanabivarina pode ser uma ferramenta para o controle do diabetes. Em especial para pacientes do tipo 2.

THCV para parar de fumar?

Um estudo analisou o potencial do THCV para o controle da dependência de nicotina em roedores. Os resultados principais demonstraram que o tetrahidrocanabivarina atenuou significativamente o comportamento de busca por nicotina e sintomas de abstinência. A conclusão é que o THCV pode ter potencial terapêutico para o tratamento da dependência de nicotina, principal substância encontrada no cigarro.

THCV e efeito sinergia

Estudos preliminares apontam para uma possível melhora do perfil glicêmico e lipídico de pacientes com diabetes tipo 2 quando não só pelo uso do THCV, mas também de sua associação com o CBD. Este pode ser um importante efeito comitativo deste canabinoide.

Como o tetrahidrocanabivarina naturalmente em diversos quimiotipos, ele faz parte do efeito sinérgico que ocorre com o uso de outros canabinoides. No caso dos óleos, este efeito acontece através dos produtos full spectrum, que preservam todos os canabinoides naturais da planta.

Agora que você já conhece os principais benefícios e aplicações do tetrahidrocanabivarina, fique ligado pois traremos muitas novidades sobre as aplicações terapêuticas desse e de outros canabinoides. E aproveite para conhecer o CBG, um poderoso anti-inflamatório e neuroprotetor.

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