Sistema Endocanabinoide Archives - APEPI https://apepi.org/tag/sistema-endocanabinoide/ Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal Tue, 27 May 2025 17:03:17 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 https://apepi.org/wp-content/uploads/2023/09/cropped-favicon-256px-32x32.png Sistema Endocanabinoide Archives - APEPI https://apepi.org/tag/sistema-endocanabinoide/ 32 32 THCV: Um canabinoide com novas possibilidades https://apepi.org/thcv-um-canabinoide-com-novas-possibilidades/ https://apepi.org/thcv-um-canabinoide-com-novas-possibilidades/#respond Fri, 13 Dec 2024 19:20:00 +0000 https://apepi.org/?p=14054 O THCV (Tetrahidrocanabivarina) é um dos fitocanabinoides que estão oferecendo novas possibilidades terapêuticos. Os seus benefícios envolvem efeitos ansiolíticos, anticonvulsivantes e de neuroproteção. Outros benefícios vêm sendo comprovados, como em relação a tratamentos de quadros de obesidade e diabetes.  Para você conhecer melhor o THCV, separamos aqui as principais informações sobre este canabinoide. Confira: A […]

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O THCV (Tetrahidrocanabivarina) é um dos fitocanabinoides que estão oferecendo novas possibilidades terapêuticos. Os seus benefícios envolvem efeitos ansiolíticos, anticonvulsivantes e de neuroproteção. Outros benefícios vêm sendo comprovados, como em relação a tratamentos de quadros de obesidade e diabetes. 

Para você conhecer melhor o THCV, separamos aqui as principais informações sobre este canabinoide. Confira:

A origem do THCV 

O THCV é mais um dos muitos canabinoides que surgem no processo de maturação da planta. Ele aparece a partir da descarboxilação em altas temperaturas do Ácido Tetrahidrocanabivarínico (THCVA). Embora os efeitos do tetrahidrocanabivarina venham sendo tratados como uma recente descoberta da medicina endocanabinoide, os primeiros estudos sobre este composto são de 1942.  

Ao contrário dos compostos mais comuns, como o CBD (canabidiol) e o THC (tetrahidrocanabidiol), o tetrahidrocanabivarina é encontrado em menores proporções na Cannabis. Comumente sua concentração está em torno de 0,2%. Desta forma, a extração deste canabinoide requer técnicas que preservem sua integridade.

THCV ou THC?

O THCV e o THC são homólogos. Isto significa que eles possuem estruturas moleculares semelhantes. No entanto, do ponto de vista químico, o tetrahidrocanabivarina tem uma cadeia de hidrocarbonetos ligeiramente mais curta em comparação com THC. Embora possam compartilhar algumas propriedades, os efeitos dos dois no corpo variam significativamente. 

Primeiramente, um está na psicoatividade. Enquanto o THC possui efeitos psicoativos, o tetrahidrocanabivarina não apresenta a capacidade de deixar “chapado” em baixas concentrações. O THCV pode inclusive ser utilizado para equilibrar os efeitos do THC. Outro efeito que pode ser observado é em relação ao apetite. Conforme veremos, o tetrahidrocanabivarina possui potencial para o controle da fome, enquanto o THC é utilizado conhecido pelo efeito “larica”. Ainda assim, ambos podem apresentar aplicações semelhantes por seus efeitos analgésicos e como neuroprotetor.

Como o THCV age no corpo?

Como sabemos, o corpo humano possui um conjunto de receptores chamado de sistema endocanabinoide. Este sistema pode ser dividido em CB1 e CB2. O THCV possui maior afinidade com os receptores CB1, encontrados principalmente no cérebro e sistema nervoso central. E regulam funções como a coordenação, memória, humor e percepção da dor.

Assim, o tetrahidrocanabivarina atua como um agonista do receptor CB1, causando um aumento na atividade do sistema endocanabinoide. Este processo pode ajudar na modulação de funções desreguladas, como cognição, memória e apetite.

THCV ajuda a emagrecer?

O potencial do THCV mais celebrado até agora tem sido o de ajudar o tratamento da obesidade. Diversos estudos em modelo animal vêm demonstrando o potencial do THCV para o controle do apetite, por meio de sua interação com a leptina, um hormônio que ajuda a regular reações como a fome, gasto energético e peso corporal. 

Em outra direção, pesquisas apontam não para o efeito do THCV na redução do apetite, mas em seu potencial para reduziu a intolerância à glicose e na melhora da tolerância à glicose e sensibilidade à insulina. Estes seriam, portanto, os fatores que auxiliam no emagrecimento.

THCV ajuda no controle do diabetes?

Por seus efeitos já mencionados, o THCV pode ajudar a reduzir os níveis de açúcar no sangue e melhorar outras condições que podem agravar este quadro. Sendo assim, o tetrahidrocanabivarina pode ser uma ferramenta para o controle do diabetes. Em especial para pacientes do tipo 2.

THCV para parar de fumar?

Um estudo analisou o potencial do THCV para o controle da dependência de nicotina em roedores. Os resultados principais demonstraram que o tetrahidrocanabivarina atenuou significativamente o comportamento de busca por nicotina e sintomas de abstinência. A conclusão é que o THCV pode ter potencial terapêutico para o tratamento da dependência de nicotina, principal substância encontrada no cigarro.

THCV e efeito sinergia

Estudos preliminares apontam para uma possível melhora do perfil glicêmico e lipídico de pacientes com diabetes tipo 2 quando não só pelo uso do THCV, mas também de sua associação com o CBD. Este pode ser um importante efeito comitativo deste canabinoide.

Como o tetrahidrocanabivarina naturalmente em diversos quimiotipos, ele faz parte do efeito sinérgico que ocorre com o uso de outros canabinoides. No caso dos óleos, este efeito acontece através dos produtos full spectrum, que preservam todos os canabinoides naturais da planta.

Agora que você já conhece os principais benefícios e aplicações do tetrahidrocanabivarina, fique ligado pois traremos muitas novidades sobre as aplicações terapêuticas desse e de outros canabinoides. E aproveite para conhecer o CBG, um poderoso anti-inflamatório e neuroprotetor.

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STJ autoriza o cultivo de cânhamo no Brasil  https://apepi.org/stj-autoriza-o-cultivo-de-canhamo-no-brasil/ https://apepi.org/stj-autoriza-o-cultivo-de-canhamo-no-brasil/#respond Wed, 13 Nov 2024 21:51:15 +0000 https://apepi.org/?p=11473 Nesta quarta-feira (13) a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em uma decisão histórica, concluiu o julgamento do Recurso Especial 2.024.250, que discutiu a possibilidade de autorização para importação e cultivo de variedades de Cannabis (cânhamo) para fins medicinais, farmacêuticos ou industriais, desde que possuam baixo teor de tetrahidrocanabinol (THC).   O colegiado, que […]

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Nesta quarta-feira (13) a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em uma decisão histórica, concluiu o julgamento do Recurso Especial 2.024.250, que discutiu a possibilidade de autorização para importação e cultivo de variedades de Cannabis (cânhamo) para fins medicinais, farmacêuticos ou industriais, desde que possuam baixo teor de tetrahidrocanabinol (THC).  

O colegiado, que reúne 10 ministros do STJ, é especializado em temas de direito público e não decide a respeito do uso para fins que não estão descritos na ação. A maioria seguiu o entendimento da Ministra Regina Helena Costa, relatora da matéria, que sugeriu parcial provimento para a autorização.  

O consenso da Primeira Seção estabeleceu que cabe ao Ministério da Saúde e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelecer os parâmetros regulatórios no prazo de até 6 meses, a contar da publicação do acórdão. 

Representantes da sociedade civil foram ouvidos ao início do julgamento. Em nome da APEPI, a diretora e fundadora da Associação, Margarete Brito, defendeu o ponto de vista dos pacientes e associados, que necessitam de maior segurança jurídica: 

— Frise-se bem que não somos indústria e nem pretendemos ser. Temos hoje um modelo de atividade que só existe no Brasil, que são as associações de pacientes. Entretanto, em março desse ano, o TRF-2 acolheu o recurso da Anvisa anulando a sentença da APEPI, com fundamento no princípio constitucional da separação de poderes e a ação foi suspensa por essa IAC 16 (Incidente de Assunção de Competência, parte da ação hoje julgada).   

Desta forma, Margarete fez questão de destacar a importância da APEPI, que garante o direito à saúde a milhares de associados: 

— Mas a APEPI não pode parar. Hoje trabalhamos sem nenhuma proteção jurídica, atendendo mais de 10 mil pacientes, entre eles muitos gratuitamente, temos 70 funcionários de carteira assinada, uma fazenda de plantação de Cannabis com laboratório de extração dentro das boas práticas de manipulação, suporte e parceria com a Unicamp em projeto de pesquisa que elabora laudos de controle de qualidade dos produtos fornecidos para nossos associados. 

Cabe destacar que, embora represente um avanço para garantir o tratamento medicinal à base de Cannabis, a medida não abrange todos os aspectos relativos ao uso da maconha para fins medicinais. Primeiro ao se limitar ao plantio por entidades de pessoa jurídica, o que não garante o cultivo pessoal. Além disso, o THC, substância vedada, também possui diversas aplicações terapêuticas

O resultado está no âmbito do chamado incidente de assunção de competência. Assim, as conclusões da Primeira Seção do STJ se aplicam em processos semelhantes nas instâncias inferiores. Em relação ao julgamento, ainda cabem recursos, como embargos de declaração, comumente utilizados para elucidar pontos divergentes. É possível também recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), caso haja a questão envolva direitos constitucionais.  

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Cannabis pode auxiliar no tratamento de vícios e saída de medicação tarja preta https://apepi.org/cannabis-pode-auxiliar-no-tratamento-de-vicios-e-saida-de-medicacao-tarja-preta/ https://apepi.org/cannabis-pode-auxiliar-no-tratamento-de-vicios-e-saida-de-medicacao-tarja-preta/#respond Sat, 05 Oct 2024 22:26:32 +0000 https://apepi.org/?p=11035 O uso medicinal da Cannabis tem se expandido para diferentes tipos de tratamentos, muitos deles já com estudos e evidências científicas, atestando a eficácia da planta. Outras aplicações ainda estão em teste e apresentam resultados preliminares promissores. Uma dessas aplicações é a terapia com Cannabis para o desmame de medicações tarja preta, sobretudo medicamentos opioides, […]

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O uso medicinal da Cannabis tem se expandido para diferentes tipos de tratamentos, muitos deles já com estudos e evidências científicas, atestando a eficácia da planta. Outras aplicações ainda estão em teste e apresentam resultados preliminares promissores. Uma dessas aplicações é a terapia com Cannabis para o desmame de medicações tarja preta, sobretudo medicamentos opioides, e auxílio no tratamento de dependência química. 

As medicações de tarja preta, incluindo os opioides, são de extrema relevância para o alívio de sintomas como dores intensas e controle de doenças crônicas. Contudo, a popularização dessa classe de medicamentos tem alertado autoridades de saúde no Brasil e no mundo pelo risco de dependência e efeitos colaterais altamente prejudiciais ao organismo.  

Conforme o Relatório Mundial Sobre Drogas, publicado neste ano pelo Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crimes (UNODC), a crise global de opioides continua a crescer, com uma alta mortalidade ligada ao uso de opioides sintéticos, especialmente nos EUA e Canadá. Em 2022, mais de 100 mil mortes foram atribuídas a overdoses de opioides.  

Já a Fundação Oswaldo Cruz alerta para o aumento da prescrição dessas medicações no Brasil, estudos da instituição indicam que em 2019, opioides estiveram ligados a 0,9% das mortes em São Paulo. Além disso, uma das grandes preocupações dos órgãos e autoridades de saúde é o uso indiscriminado e a automedicação com os opioides, principalmente entre a população jovem. 

A Cannabis como alternativa 

Frente a essa realidade, terapias medicinais com Cannabis estão sendo testadas para a redução do uso de medicamentos e a via de saída da dependência química de opioides e outras drogas. O uso terapêutico da maconha para a redução do uso de outras substâncias está relacionado com as propriedades que a planta apresenta. 

Devido ao poder analgésico de alguns canabinoides, estudos indicam que a Cannabis pode funcionar como um substituto ou coadjuvante, ajudando a reduzir doses de opioides e, em alguns casos, facilitando o desmame por completo. Desse modo, usuários de opioides podem continuar sem as dores, sem os efeitos indesejados causados pelos medicamentos. 

Além do poder analgésico, a Cannabis e, em especial, o canabidiol (CBD), possui propriedades neuroprotetoras e ansiolíticas que podem ajudar durante o processo de abstinência de drogas como o tabaco e o álcool. O tratamento com Cannabis, combinado com outras terapias, pode auxiliar na redução dos sintomas de abstinência, como ansiedade e irritabilidade, além de diminuir o desejo por essas substâncias. Isso torna a Cannabis uma opção potencialmente eficaz para tratar dependências, ajudando o paciente a lidar melhor com os desafios do processo de desintoxicação. 

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10 anos de APEPI: Óleos brasileiros a preço justo  https://apepi.org/10-anos-de-apepi-oleos-brasileiros-a-preco-justo/ https://apepi.org/10-anos-de-apepi-oleos-brasileiros-a-preco-justo/#respond Fri, 04 Oct 2024 22:41:42 +0000 https://apepi.org/?p=11040 A medicina endocanabinoide é uma das grandes descobertas das últimas décadas. São diversos estudos comprovando o uso de fitocanabinoides para o tratamento de múltiplas enfermidades. No entanto, o uso da Cannabis para fins medicinais não é novo. Fontes históricas apontam para o uso na Ásia Central e na China há cerca de 4.700 anos. O […]

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A medicina endocanabinoide é uma das grandes descobertas das últimas décadas. São diversos estudos comprovando o uso de fitocanabinoides para o tratamento de múltiplas enfermidades. No entanto, o uso da Cannabis para fins medicinais não é novo. Fontes históricas apontam para o uso na Ásia Central e na China há cerca de 4.700 anos. O preconceito e a guerra às drogas são parte das explicações para este conhecimento ter ficado perdido no tempo.  

No Brasil, o uso para fins medicinais foi aprovado pela Anvisa apenas em 2015. A aprovação foi o resultado da luta de associações de mães e pacientes. A primeira portaria autorizava apenas a importação de produtos à base de canabidiol. Somente em 2019, o órgão estabeleceu regras para a concessão de autorização sanitária para produção e comercialização no Brasil.   

Produção Nacional  

Atualmente, mais de um quarto dos pacientes fazem uso de medicações produzidas por associações brasileiras. Talvez, por serem os produtos que primeiro chegaram aos pacientes, os importados ainda mantêm a vantagem no mercado. Apesar disso, a liderança não significa que os produtos importados ofereçam uma qualidade maior que os nacionais. Nem tudo que é bom vem de fora, como diz aquela célebre canção.  

Os importados são melhores?  

Em termos de qualidade, os produtos importados precisam seguir os parâmetros estabelecidos pela Anvisa. Por sua vez, as associações fazem um rigoroso processo de controle de qualidade. A APEPI utiliza equipamentos semelhantes aos principais laboratórios do mundo. Além disso, realiza o controle rigoroso dos produtos por meio de análises independentes e certificados emitidos por importantes instituições. Qualidade igual ou superior a um preço justo. 

A importância das associações  

A produção nacional ajuda a fomentar o investimento em pesquisa científica no Brasil. Ao lado das universidades, as associações se destacam entre as entidades que pesquisam sobre maconha no Brasil. Recentemente, pesquisadores ligados à APEPI publicaram artigo sobre o impacto das associações no acesso à Cannabis Medicinal no país em um dos mais importantes periódicos científicos.  

Além de fomentar o desenvolvimento, as associações oferecem produtos de grande qualidade a um excelente custo-benefício. Enquanto o custo médio de importação pessoal de produtos à base de Cannabis é de R$ 480,10, podendo chegar a R$ 776,73 quando adquiridos em farmácias, os medicamentos oferecidos por associações podem ser muito mais vantajosos. Em comparação, a APEPI oferece óleos a seus associados por R$ 180,00, com pronta-entrega para todo o Brasil. Preço justo para viabilizar e democratizar tratamentos. 

Gerando emprego e renda  

Não só as associações ajudam no progresso da ciência e em tratamentos mais baratos, como também auxiliam a economia. O processo de produção gera empregos em todas as etapas. São trabalhadores envolvidos em cultivo e colheita, além de fabricação, envase, distribuição e controle de qualidade. Quando adicionamos ainda as atividades-meio, como administrativas, o impacto das associações é ainda maior. São empregos gerados no Brasil, que ajudam a fazer a economia girar. 

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CBG: Tudo sobre o Canabigerol https://apepi.org/tudo-sobre-cbg-canabigerol/ https://apepi.org/tudo-sobre-cbg-canabigerol/#respond Fri, 20 Sep 2024 21:16:00 +0000 https://apepi.org/?p=10861 O Canabigerol (CBG) é um dos canabinoides mais promissores atualmente no tratamento com Cannabis Medicinal. Estudos recentes apontam as mais variadas aplicações terapêuticas dessa substância e tantas outras ainda estão em investigação. Então, para te deixar por dentro de tudo sobre o CBG, separamos aqui as principais informações a respeito desse fitocanabinoide. Qual é a […]

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O Canabigerol (CBG) é um dos canabinoides mais promissores atualmente no tratamento com Cannabis Medicinal. Estudos recentes apontam as mais variadas aplicações terapêuticas dessa substância e tantas outras ainda estão em investigação. Então, para te deixar por dentro de tudo sobre o CBG, separamos aqui as principais informações a respeito desse fitocanabinoide.

Qual é a origem do CBG?

Primeiramente, durante o período de crescimento da Cannabis, o ácido canabigerólico (CBGA) é convertido em outros fitocanabinoides à medida em que a planta amadurece. Então, com a exposição ao sol e ao calor, ele é transformado em canabigerol, canabidiol (CBD) e tetrahidrocanabinol (THC).

Aplicações terapêuticas do CBG

O canabigerol é um canabinoide que não apresenta efeitos euforizantes. Sendo assim, é uma ótima opção terapêutica a outras substâncias da planta, como o THC, por exemplo. São diversas as possibilidades já conhecidas sobre o seu uso. São destacadas suas propriedades antibacterianas, anti-inflamatórias, neuroprotetoras e antioxidantes, além de potenciais analgésicos e como relaxante muscular.

Onde comprar o CBG?

A APEPI produz e fabrica no Brasil o primeiro e, até hoje, único óleo à base de CBG dispensado nacionalmente. Este óleo foi extraído de um quimiotipo especialmente adaptado e aclimatado para este fim. Isto foi o resultado de um processo de inovação e pesquisa conduzido pela equipe farmacêutica e de agronomia da APEPI.

CBG como anti-inflamatório

No sistema endocanabinoide, o CBG interage com os receptores canabinoides CB1 e CB2, possuindo maior afinidade com este último. Conforme estudos demonstram que a sua capacidade de ativar o receptor CB2 possui correlação com a modulação de respostas inflamatórias, inibindo a produção de citocinas pró-inflamatórias.

CBG pode estimular o apetite?

Uma das demandas comuns de pacientes de Cannabis é relativo a regulação do apetite. Estudos preliminares em humanos e modelos em animais sugerem que o canabigerol possui potencial para estimular o consumo de alimentos. Um dos efeitos seria o estímulo à produção de grelina, conhecido com o “hormônio da fome”, por meio da regulação do sistema endocanabinoide.

Assim, o CBG pode ser um importante aliado em tratamentos de distúrbios alimentares, como anorexia. Pode ser indicado a pacientes oncológicos com supressão do apetite, entre outros.

CBG no tratamento do glaucoma?

Pesquisas recentes indicam o potencial do canabigerol para reduzir a pressão intraocular. Desta forma, pode ser benéfico para pacientes com glaucoma. Pode ser uma alternativa ao uso do THC por seus efeitos já apresentados aqui. No entanto, um médico deve definir a forma de uso, respeitando as especificidades e necessidades de cada paciente.

GBG + CBD, um poderoso mix:

Tanto o CBD quanto o CBG possuem aplicações similares quando analisamos suas capacidades anti-inflamatórias, analgésicas e neuroprotetoras. Quando combinados, os canabinoides podem ter potencializadas as ações por meio do efeito sinérgico, também conhecido como efeito entourage.

Em neuroproteção, a combinação pode ajudar a proteger o cérebro contra danos e promover a saúde cerebral, podendo ser útil no tratamento de condições neurodegenerativas, atuando no alívio dos sintomas da Doença de Alzheimer e do Mal de Parkinson.

O mix entre CBD+CBG também pode ajudar a melhorar a qualidade do sono, tornando-o mais profundo e restaurador. Também tem demonstrado eficácia em reduzir os sintomas nos tratamentos de síndromes ansiosas, como Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Transtorno do Pânico (TP), Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Do mesmo modo, a combinação pode ser útil a pessoas que sofrem de doenças inflamatórias crônicas, como artrite reumatoide, doença inflamatória intestinal, além de dores crônicas provocadas por artroses, fibromialgia, neuropatia e dores oncológicas.

Quais as diferenças entre CBG e CBD?

Conforme vimos, esses dois canabinoides possuem atuações semelhantes no sistema endocanabinoide. No entanto, também possuem efeitos diferentes aplicações específicas.

Para fins terapêutico, apenas um médico prescritor é capaz de definir a melhor estratégia para o tratamento, quer seja optando por ambos quer apenas um.

Portanto, agora que você já sabe tudo sobre o CBG, é fundamental destacar a importância do auxílio de um médico prescritor para entender as possibilidades de tratamento com cada canabinoide. Associados APEPI possuem vantagens exclusivas, como o acesso a nossa equipe de médicos especialistas. Para saber mais, clique aqui.

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Maconha na cabeça: Como a Cannabis interage com o GABA   https://apepi.org/maconha-na-cabeca-como-a-cannabis-interage-com-o-gaba/ https://apepi.org/maconha-na-cabeca-como-a-cannabis-interage-com-o-gaba/#respond Fri, 06 Sep 2024 19:53:00 +0000 https://apepi.org/?p=10978 Nos últimos anos, nos acostumamos a ouvir falar sobre a bioquímica que envolve o sistema nervoso. Este é um conjunto de complexas reações que vem cada vez mais sendo desvendadas pela ciência. Hoje, já somos capazes de compreendê-lo melhor. Por exemplo, o papel dos neurotransmissores, os responsáveis por transmitir informações entre as células nervosas. Há […]

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Nos últimos anos, nos acostumamos a ouvir falar sobre a bioquímica que envolve o sistema nervoso. Este é um conjunto de complexas reações que vem cada vez mais sendo desvendadas pela ciência. Hoje, já somos capazes de compreendê-lo melhor. Por exemplo, o papel dos neurotransmissores, os responsáveis por transmitir informações entre as células nervosas. Há neurotransmissores que enviam informações excitatórias, outros com ação inibitória e alguns são responsáveis por atuação moduladora. 

Um desses é o GABA (ácido gama-aminobutírico), o principal responsável pela ação inibitória dentro do sistema nervoso central. Na prática, este mensageiro avisa às principais regiões do cérebro — como o córtex cerebral, o hipocampo, o tálamo e o cerebelo — que é o momento de relaxar as atividades. E para esta missão, o sistema endocanabinoide pode ser um importante aliado. 

Como sabemos, os endocanabinoides ajudam a regular diversas reações em nosso organismo. Neste sistema, destacam-se os neurotransmissores como a AEA (anandamida) e o 2-AG (2-araquidonoilglicerol), que podem agir influenciando as atividades dos receptores GABA. Para tal, eles se ligam aos receptores canabinoides (CB1 e CB2) nos neurônios e ajudam a modular a liberação dos neurotransmissores, incluindo o GABA. 

Logo, o resultado desta interação pode ter efeitos ansiolíticos, anticonvulsivantes e relaxantes musculares. Alguns canabinoides tendem a facilitar este processo. É o caso, portanto, do CBD (canabidiol) que atua também de forma indireta nesse sistema. Semelhantemente, ocorre o mesmo com o CBG (canabigerol), . Eles ajudam a inibir a enzima de degradação do GABA, aumentando o tempo de permanência desse neurotransmissor na fenda sináptica. O mesmo ocorre com o uso de um MIX entre os canabinoides.

GABA e maconha: os resultados da interação

Assim, o tratamento à base dos canabinoides pode ser uma eficaz alternativa ao tratamento com medicamentos tradicionais, como os benzodiazepínicos. Isto porque os benzodiazepínicos também atuam potencializando os efeitos inibitórios do GABA, mas seu uso prolongado pode levar à dependência e a diversos efeitos colaterais. Por outro lado, a Cannabis apresenta propriedades ansiolíticas e anticonvulsivantes, mas sem os mesmos riscos de causar dependência. 

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Canabigerol Medicinal: Quais são as indicações do CBG? https://apepi.org/quais-sao-as-indicacoes-do-cbg/ https://apepi.org/quais-sao-as-indicacoes-do-cbg/#respond Tue, 16 Jul 2024 18:07:53 +0000 https://apepi.org/?p=9502 Agora que você já conhece o que é canabigerol (CBG), desde o seu processo de surgimento a partir da maturação do ácido canabigerólico (CBGA) até a sua diferença em relação ao tetrahidrocanabinol (THC), por não possuir efeitos euforizantes, nosso próximo passo é apresentar os benefícios e potenciais do canabigerol para uso medicinal. Ao contrário do […]

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Agora que você já conhece o que é canabigerol (CBG), desde o seu processo de surgimento a partir da maturação do ácido canabigerólico (CBGA) até a sua diferença em relação ao tetrahidrocanabinol (THC), por não possuir efeitos euforizantes, nosso próximo passo é apresentar os benefícios e potenciais do canabigerol para uso medicinal.

Ao contrário do canabidiol (CBD) e do tetrahidrocanabinol (THC), cujos potenciais terapêuticos são conhecidos há décadas, o canabigerol (CBG) passou um pouco despercebido entre os estudiosos da maconha medicinal. Nos últimos anos, diversos estudos têm demonstrado os potenciais do CBG para o tratamento e amenização dos sintomas de diversas enfermidades.

Esses estudos recentes demonstram a aplicação do canabigerol por suas propriedades antibacterianas, anti-inflamatórias, neuro protetoras e antioxidantes, além de potenciais analgésicos e como um ótimo relaxante muscular. A APEPI é a única associação brasileira que produz óleos com canabigerol, extraídos do cultivo da Cannabis medicinal em nossa sede campestre.

Quando combinado com outros canabinoides, como o canabidiol, o mix entre as substâncias apresentam ainda outras possibilidades através do efeito sinérgico. Cabe destacar ainda quem apenas um médico prescritor será competente para definir as estratégias de tratamento, com a correta posologia e aplicação para cada caso. Associados APEPI possuem diversos benefícios, como acompanhamento com nossos médicos parceiros.

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Medicina Endocanabinoide ou Endocanabinologia? https://apepi.org/medicina-endocanabinoide-ou-endocanabinologia/ https://apepi.org/medicina-endocanabinoide-ou-endocanabinologia/#respond Fri, 12 Jul 2024 19:22:45 +0000 https://apepi.org/?p=9492 Por que precisamos bater nessa tecla? Porque assim como temos um sistema digestivo, nervoso, respiratório, nós temos um outro chamado sistema endocanabinoide, mas que os médicos não aprenderam na faculdade. A medicina endocanabinoide. Imagine que seu corpo é uma cidade grande e movimentada. O cardiologista é como o chefe dos engenheiros que cuidam das estradas e […]

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Por que precisamos bater nessa tecla? Porque assim como temos um sistema digestivo, nervoso, respiratório, nós temos um outro chamado sistema endocanabinoide, mas que os médicos não aprenderam na faculdade. A medicina endocanabinoide.

Imagine que seu corpo é uma cidade grande e movimentada. O cardiologista é como o chefe dos engenheiros que cuidam das estradas e dos semáforos, garantindo que o tráfego de carros (o sangue) flua suavemente por toda a cidade (seu corpo). Eles verificam o coração, que é como uma bomba central, e garantem que tudo está funcionando bem para que o sangue chegue a todos os lugares importantes. 

Agora, imagine que essa cidade também tem um sistema de comunicação super avançado que ajuda todos os cidadãos (as células) a se comunicarem e a resolverem problemas rapidamente. O endocanabinologista é como o chefe dos engenheiros que cuidam desse sistema de comunicação. Eles verificam se todos os mensageiros (os canabinoides) estão funcionando corretamente e ajudando a cidade a manter a paz, a resolver problemas de dor, a controlar o apetite e a garantir que todos possam descansar bem. 

Recebemos diariamente perguntas como: “Você conhece algum neurologista, oncologista ou pediatra que prescreve Cannabis?” Porém, se esses especialistas não estudaram o sistema endocanabinoide, eles podem não estar completamente familiarizados sobre como os canabinoides interagem com o corpo e como prescrevê-los de maneira adequada para diferentes condições médicas.” 

Porém, tornar a “Medicina Endocanabinoide ou endocanabinologia” reconhecida como uma especialidade, vai levar muito tempo, porque envolve realizar e divulgar pesquisas científicas, criar programas de formação médica, estabelecer associações profissionais, desenvolver diretrizes clínicas e engajar-se com autoridades de saúde e o público para obter reconhecimento oficial. Hoje, o CFM (Conselho Federal de Medicina) não concorda com essa hipótese, e médicos que insistem nisso enfrentam processos administrativos. 

Por outro lado, hoje além da maior cidade da América Latina (São Paulo) estar fornecendo medicamentos à base de Cannabis no SUS, existem diversos produtos sendo vendidos nas farmácias e mais de 500 mil pacientes fazendo uso no Brasil. 

Isso é preocupante, porque sem especialização em Medicina Endocanabinoide, muitos médicos desconhecem os componentes do SEC (receptores CB1 e CB2, endocanabinoides, enzimas) e seu papel crucial na regulação de várias funções fisiológicas. O SEC é fundamental para a homeostase do corpo e seu desequilíbrio pode estar associado a várias doenças. Compreender como modulá-lo pode abrir novas possibilidades terapêuticas e isso deveria ser informado na faculdade de medicina. 

Médicos não especializados podem não estar cientes das diversas aplicações terapêuticas dos canabinoides, como o CBD e o THC, em condições como dor crônica, epilepsia, esclerose múltipla, ansiedade, depressão e distúrbios do sono. Isso pode resultar em prescrições inadequadas e riscos à segurança do paciente devido à falta de treinamento sobre potenciais efeitos colaterais e interações medicamentosas.

A Medicina Endocanabinoide é um campo dinâmico, com novas pesquisas emergindo constantemente. E sem especialização, médicos podem não estar atualizados com os avanços científicos mais recentes, limitando sua capacidade de oferecer tratamentos baseados em evidências. Protocolos de dosagem específicos e conhecimento das indicações e contraindicações são fundamentais para a segurança e eficácia dos tratamentos com canabinoides, algo que médicos sem especialização podem não dominar. Além disso, a personalização dos planos de tratamento para otimizar os benefícios terapêuticos e o monitoramento contínuo da resposta do paciente são habilidades críticas que requerem conhecimento especializado, ausente em médicos não especializados neste campo em expansão. 

Incluir o estudo da endocanabinologia na grade das faculdades de medicina é crucial para preparar os futuros médicos para uma compreensão abrangente dos sistemas biológicos e suas interações com os canabinoides. O sistema endocanabinoide desempenha um papel fundamental na regulação de várias funções fisiológicas, como dor, inflamação, sono e apetite. Ao educar os estudantes de medicina sobre o funcionamento desse sistema e as aplicações terapêuticas dos canabinoides, as faculdades podem capacitar os profissionais de saúde a oferecer tratamentos mais eficazes e personalizados para uma ampla gama de condições médicas. Além disso, a inclusão da endocanabinologia no currículo médico promove uma abordagem baseada em evidências e contribui para a pesquisa científica contínua nessa área promissora da medicina. 

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